tag:blogger.com,1999:blog-23359493238866228252024-03-13T14:45:49.870+00:00LEMMAPrimeira tentativa de criar um jornal em Riba de Ave, teve um único número, publicado em Dezembro de 1952. É a memória desse título, desse projecto que "pretendia galgar as barreiras do atraso cultural do povo", que queremos homenagear,aprofundando o exercício da democracia e cidadania, nos caminhos que Abril abriu.Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.comBlogger429125tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-34964381730277177492012-03-20T16:14:00.003+00:002012-03-20T16:27:51.803+00:00O sangue das palavras<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4_Pu83TXo2qSZNfD7D4RDbnIWiNsyucRmb_eEBOZyeBmk9Rs_nlgfh4hM-PCUi2Wu3TSioGNiPL5bhaMptzsq3LPDhIF_RnSUZJdJeWZQVg2haA-MH-XS2fd1LZRYpyjayc0WxSbRY5vD/s1600/Ary%252520dos%252520Santos.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 78px; FLOAT: left; HEIGHT: 100px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5722016765986629794" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4_Pu83TXo2qSZNfD7D4RDbnIWiNsyucRmb_eEBOZyeBmk9Rs_nlgfh4hM-PCUi2Wu3TSioGNiPL5bhaMptzsq3LPDhIF_RnSUZJdJeWZQVg2haA-MH-XS2fd1LZRYpyjayc0WxSbRY5vD/s400/Ary%252520dos%252520Santos.jpg" /></a><br /><br /><div><span style="font-size:130%;"><strong><em>O poeta que nasce é uma criança </em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>parida pela água torturada </em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>uma nave que surge </em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>uma nuvem que dança </em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>ao mesmo tempo </em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>livre e condensada. </em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>O poeta que nasce </em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>é a matança da palavra demente</em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>e enjeitada que o chicote</em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>do poema torna mansa </em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>depois de possuída e mal amada. </em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>Quando o poeta nasce</em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>a madrugada aperta </em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>os versos num abraço rouco</em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>até que a noite fique esvaziada. </em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>E enquanto das palavras</em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>pouco a pouco </em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>surge a forma perfeita </em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>ou agitada </em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>no mundo morre </em></strong></span><span style="font-size:130%;"><strong><em>um deus</em></strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><em>ou nasce um louco. </em></strong></span><br /><strong><em><span style="font-size:130%;"></span></em></strong><br />(...) - <strong>Ary dos Santos<br /></strong>Nela</div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-33018521650644664552012-03-08T14:16:00.002+00:002012-03-08T14:20:01.110+00:00Dia Internacional da Mulher<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihvsrYXfPM3N63VVQ8Tm50la76oK0IpxExl1EbfbA1pxWXeD81NZrYyNgUx0YOIdq2EhlKKgtwPVcL4_LZIxKqBWR2BCXa5Det04bBGlCFgH4SB6UH6Nm9bRc-Q87NYROz5bXKC8RmJiFn/s1600/mulheres.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 257px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5717530770330322066" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihvsrYXfPM3N63VVQ8Tm50la76oK0IpxExl1EbfbA1pxWXeD81NZrYyNgUx0YOIdq2EhlKKgtwPVcL4_LZIxKqBWR2BCXa5Det04bBGlCFgH4SB6UH6Nm9bRc-Q87NYROz5bXKC8RmJiFn/s400/mulheres.jpg" /></a><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#cc33cc;"><strong>8 de Março</strong></span></div><br /><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#cc33cc;"><strong>O seu dia, os seus direitos,</strong></span></div><br /><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#cc33cc;"><strong>Os seus desejos…</strong></span></div><br /><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#cc33cc;"><strong>Hoje dê a si própria o seu espaço.</strong></span></div><br /><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#cc33cc;"><strong>Feliz Dia Internacional da Mulher !</strong></span></div><br /><br /><br /><div></div><br /><div>Enviado por Sérgo Ribeiro</div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-27758236331907643192012-02-29T14:20:00.004+00:002012-02-29T14:27:29.604+00:00Regresso ao fascismo?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoVlbfnK3i6ZVAq5fhGApiY82GoKmF0UzAZrOOni8_9q7yg6WQfo2jRgVya43PU1FlbD-gfUl1Hox7_yFALQMjnOYaccWlfKxLSF2byu98LNugc8V_ZqsUmSIPxkJ3_tfEPoGPjIy_lM2s/s1600/imagens+ru%25C3%25ADnas+gr%25C3%25A9cia.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 267px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5714563269883745346" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoVlbfnK3i6ZVAq5fhGApiY82GoKmF0UzAZrOOni8_9q7yg6WQfo2jRgVya43PU1FlbD-gfUl1Hox7_yFALQMjnOYaccWlfKxLSF2byu98LNugc8V_ZqsUmSIPxkJ3_tfEPoGPjIy_lM2s/s400/imagens+ru%25C3%25ADnas+gr%25C3%25A9cia.jpg" /></a><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#330099;"><strong><span style="font-size:180%;">Mikis Theodorakis</span> (para ler com atenção )<br /><br /><span style="color:#003333;">"Se os povos da Europa não se levantarem, os bancos trarão o fascismo de volta."- por Mikis Theodorakis -No momento em que a Grécia é colocada sob a tutela da Troika, que o Estado reprime as manifestações para tranquilizar os mercados e que a Europa prossegue nos salvamentos financeiros, o compositor Mikis Theodorakis apela aos gregos a combater e alerta os povos da Europa para que, ao ritmo a que as coisas vão, os bancos voltarão a implantar o fascismo no continente.<br />Entrevistado durante um programa político popular na Grécia, Theodorakis advertiu que, se a Grécia se submeter às exigências dos chamados ".parceiros europeus" será ".o nosso fim quer como povo quer como nação". Acusou o governo de ser apenas uma "formiga" diante desses "parceiros", enquanto o povo o considera "brutal e ofensivo". Se esta política continuar, "não poderemos sobreviver … a única solução é levantarmo-nos e combatermos".<br />Resistente desde a primeira hora contra a ocupação nazi e fascista, combatente republicano desde a guerra civil e torturado durante o regime dos coronéis, Theodorakis também enviou uma carta aberta aos povos da Europa , publicada em numerosos jornais… gregos. Excertos: "O nosso combate não é apenas o da Grécia, mas aspira a uma Europa livre, independente e democrática. Não acreditem nos vossos governos quando eles alegam que o vosso dinheiro serve para ajudar a Grécia. (…) Os programas de "salvamento da Grécia" apenas ajudam os bancos estrangeiros, precisamente aqueles que, por intermédio dos políticos e dos governos a seu soldo, impuseram o modelo político que conduziu à actual crise.<br />Não há outra solução senão substituir o actual modelo económico europeu, concebido para gerar dívidas, e voltar a uma política de estímulo da procura e do desenvolvimento, a um proteccionismo dotado de um controlo drástico das Finanças. Se os Estados não se impuserem aos mercados, estes acabarão por engoli-los, juntamente com a democracia e todas as conquistas da civilização europeia. A democracia nasceu em Atenas, quando Sólon anulou as dívidas dos pobres para com os ricos. Não podemos autorizar hoje os bancos a destruir a democracia europeia, a extorquir as somas gigantescas que eles próprios geraram sob a forma de dívidas.<br />Não vos pedimos para apoiar a nossa luta por solidariedade, nem porque o nosso território foi o berço de Platão e de Aristóteles, de Péricles e de Protágoras, dos conceitos de democracia, de liberdade e da Europa. (…)<br />Pedimos-vos que o façam no vosso próprio interesse. Se autorizarem hoje o sacrifício das sociedades grega, irlandesa, portuguesa e espanhola no altar da dívida e dos bancos, em breve chegará a vossa vez. Não podeis prosperar no meio das ruínas das sociedades europeias. Quanto a nós, acordámos tarde mas acordámos. Construamos juntos uma Europa nova, uma Europa democrática, próspera, pacífica, digna da sua história, das suas lutas e do seu espírito. Resistamos ao totalitarismo dos mercados que ameaça desmantelar a Europa transformando-a em Terceiro Mundo, que vira os povos europeus uns contra os outros, que destrói o nosso continente, provocando o regresso do fascismo".</span></strong></span></div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#003333;"></span></strong></div><br /><div><span style="font-size:130%;color:#330033;">Enviado por Helena Cunha</span></div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-1640574158633513962012-02-20T10:26:00.006+00:002012-02-20T10:41:13.623+00:00Em memória de MANUEL CUNHA - dois anos volvidos.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrrjwwt2JF2lnOFpyQRtca4p5v3uOlGEcKqHa2IleNq8cseQaEay7FJIV4GaJN6iltfALluUEjyOS7PVkc2PjsSqLiqUx4OCalZamw9w-97Xw41Lr-9MmsAe1S1T7beVNViyxxczCniFMh/s1600/Foto+blogue+Cila.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 175px; FLOAT: left; HEIGHT: 220px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5711164072195467458" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrrjwwt2JF2lnOFpyQRtca4p5v3uOlGEcKqHa2IleNq8cseQaEay7FJIV4GaJN6iltfALluUEjyOS7PVkc2PjsSqLiqUx4OCalZamw9w-97Xw41Lr-9MmsAe1S1T7beVNViyxxczCniFMh/s400/Foto+blogue+Cila.jpg" /></a><br /><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiStWCy3lEtucx_Jx2tahtBtdxmkJgBkTFgetcfl3WoArzDVnJwqL5uqlJ23tFnWqU3IluByT8tLtukK83KQw5aRiTHGpMJ6H3CcDJ0w6FErLm6_47r2jR47eppLSOywNdlWKRMMubWVU8I/s1600/Foto+blogue+Cila.jpg"></a><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663333;"><br /></span></em></strong><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663333;"><span style="color:#663300;">Neste dia 19 de Fevereiro de 2010, o Manuel Cunha deixou-nos. Com a sua partida todos ficamos mais pobres, perdemos um amigo, um pai, um avo, um bisavó, mas perdemos sobretudo um Homem lúcido que nos ouvia e nos aconselhava. Homens assim não partem. Como dizia o poeta ficam de pé ao nosso lado!<br /><br />Herdamos dele o LEMMA. Uma porta aberta para o mundo que tal qual existe hoje é apenas uma pequena chama em homenagem ao seu fundador.<br /><br />O LEMMA, foi para ele um instrumento de combatividade e militância. O seu fundador imprimiu-lhe um posicionamento sem cedências, a qualidade, a regularidade e a importância dos temas tratados ficam como testemunho do seu combate ad infinitum.<br /><br />São Homens como o Manuel Cunha que fazem parte da história da luta contra a ditadura que merecem ter os seus nomes escritos, semeados, multiplicados e que não nos cansamos de recordar.<br /><br /><br />Sérgio Ribeiro</span> </span></em></strong></div></div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-84702308862573534542012-02-15T14:32:00.008+00:002012-02-15T17:09:03.250+00:00ALAIN BADIOU ... sobre o comunismo !<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdasQF0Je1SPlMd68n4lCAltZtN5taUrmEB8Dxjzgnssdzm__rOk_kLoKnhn2K-yRWENtL8IM2V-u6q_DX4AqXAjMARCWwMoPTzGsP-qAP2vLDlF0XcVCUa8j9fGM06JJxU5mUwgzb47IQ/s1600/foto_mat_33451.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 210px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5709371083413128306" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdasQF0Je1SPlMd68n4lCAltZtN5taUrmEB8Dxjzgnssdzm__rOk_kLoKnhn2K-yRWENtL8IM2V-u6q_DX4AqXAjMARCWwMoPTzGsP-qAP2vLDlF0XcVCUa8j9fGM06JJxU5mUwgzb47IQ/s400/foto_mat_33451.jpg" /></a><span style="font-size:180%;"><br /></span><br /><div><span style="font-size:180%;color:#990000;"><strong>"O comunismo é a ideia da emancipação de toda humanidade" </strong></span></div><br /><br /><br /><div><span style="font-size:130%;"><span style="color:#663300;"><strong><em>O filósofo francês Alain Badiou é um homem que não teme riscos: nunca renunciou a defender um conceito que muitos acreditam ter sido queimado pela história: o comunismo. Em entrevista à Carta Maior, Badiou fala da “ideia comunista” ou da “hipótese comunista”. Segundo ele, tudo o que estava na ideia comunista, sua visão igualitária do ser humano e da sociedade, merece ser resgatado em um mundo onde tudo passou a ter um valor mercantil. Pensador crítico da modernidade, Badiou define o processo político atual como uma “guerra das democracias contra os pobres”.<br />Eduardo Febbro - Direto de Paris </em></strong><br /></span></span></div><br /><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Paris - Alain Badiou não tem fronteiras. Este filósofo original é o pensador francês mais conhecido fora de seu país e autor de uma obra extensa e sem concessões. Filosofia, matemática, política, literatura e até o amor circulam em seu catálogo de produções e reflexões. Sua obra, de caráter multidisciplinar, traz uma crítica férrea ao que Alain Badiou chama de “materialismo democrático”, ou seja, um sistema humano onde tudo tem um valor mercantil. Este filósofo insubmisso é também um homem de riscos: nunca renunciou a defender um conceito que muitos acreditam ter sido queimado pela história: o comunismo. Em sua pena, Badiou fala mais da “ideia comunista” ou da “hipótese comunista” do que do sistema comunista em si. Segundo o filósofo francês, tudo o que estava na ideia comunista, sua visão igualitária do ser humano e da sociedade, merece ser resgatado.</span></em></strong></div><br /><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Defensor incondicional de Marx e da ideia de uma internacionalização positiva da revolta, o horizonte de sua filosofia é polifônico: seus componente não são a exposição de um sistema fechado, mas sim um sistema metafísico exigente que inclui as teorias matemáticas modernas – Gödel – e quatro dimensões da existência: o amor, a arte, a política e a ciência. Pensador crítico da modernidade numérica, Badiou definiu os processos políticos atuais como uma “guerra das democracias contra os pobres”. O filósofo francês é um teórico dos processos de ruptura e não um mero panfletário. Ele convoca com método a repensar o mundo, a redefinir o papel do Estado, traça os limites da “perfeição democrática”, reinterpreta a ideia de República, reatualiza as formas possíveis e não aceitas de oposição e coloca no centro da evolução social a relegitimação das lutas sociais.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Alain Badiou propõe um princípio de ação sem o qual, sugere, nenhuma vida tem sentido: a ideia. Sem ela toda existência é vazia. Com mais de 70 anos, Badiou introduziu em sua reflexão o tema do amor em um livro brilhante e comovedor, no qual o autor de “O ser e o acontecimento” define o amor como uma categoria da verdade e o sentimento amoroso como o pacto mais elevado que os indivíduos podem firmar para viver. Sua lucidez analítica o conduz inclusive a dizer que o amor, porque grátis e total, está ameaçado pelo mundo contemporâneo.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;"></span></em></strong></div><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Revoluções árabes, movimento dos indignados, mobilização crescente dos grupos que estão contra a globalização, a luta ou a oposição contra as modalidades do sistema atual se multiplicaram e sofisticaram. Analisando o que ocorreu, o que você diria hoje a todos esses rebeldes do mundo para que sua ação conduza a uma autêntica construção?</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;"></span></em></strong></div><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Eu diria a eles que, para mim, mais importante que a consigna da anti-globalização, a qual parece sugerir que, por meio de várias medidas, pode-se re-humanizar a situação, incluindo a re-humanização do capitalismo, é a globalização da vontade popular. Globalização quer dizer vigor internacional. Mas essa globalização internacional necessita de uma ideia positiva para uni-la e não só a ideia crítica ou a combinação de desacordos e protestos. Trata-se de um ponto muito importante. Passar da revolta à ideia é passar da negação á afirmação. Somente no plano afirmativo poderemos nos unir de forma duradoura.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;"></span></em></strong></div><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Um dos princípios de sua filosofia consiste em dizer que uma vida que não está regida pelo signo da ideia não é uma vida verdadeira. Agora, como defender hoje essa ideia sob a ameaça do hiper-consumo, das falsidades e injustiças da democracia parlamentar e em um mundo onde nossa relação com o outro passa pela relação com o objeto e não com as ideias ou com os indivíduos? No mundo contemporâneo, a ideia é o produto e não a relação humana.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">A verdadeira vida é uma vida que aceita estar sob o signo da ideia. Dito de outro modo, uma vida que aceita ser outra coisa do que uma vida animal. Alguns dirão que há valores transcendentes, religiosos, e que é preciso submeter o animal; outros dirão, ao contrário, que devemos nos libertar desses valores transcendentes, que Deus está morto, que viva os apetites selvagens. Mas, entre ambas, há uma solução intermediária, dialética, que consiste em dizer que, na vida, através de encontros e metamorfoses, pode haver um trajeto que nos liga à universalidade. Isso é o que eu chamo “uma vida verdadeira”, ou seja, uma vida que encontrou ao menos algumas verdades.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Chamo "ideia" esse intermediário entre as verdades universais, digamos eternas para provocar um pouco os contemporâneos, e o indivíduo. Que é então uma vida sob o signo da ideia em um mundo como este? Faz falta uma distância com a circulação geral. Mas essa distância não pode ser criada só com a vontade, faz falta algo que nos ocorra, um acontecimento que nos leve a tomar posição frente ao que se passou. Pode ser um amor, um levante político, uma decepção, enfim, muitas coisas. Aí se põe em jogo a vontade para criar um mundo novo que não estará baseado na ordem do mundo tal como é, com sua lei de circulação mercantil, mas sim em um elemento novo de minha experiência. O mundo moderno se caracteriza pela soberania das opiniões. E a opinião é algo contrário à ideia. A opinião não pretende ser universal, é minha opinião e vale tanto quanto a opinião de qualquer outra pessoa. A opinião se relaciona com a distribuição de objetos e a satisfação pessoal. Há um mercado das opiniões assim como há um mercado das ações financeiras. Há momentos em que uma opinião vale mais do que outra; mais tarde essa opinião quebra como um país. Estamos no regime geral do comércio da comunicação no qual a ideia não existe. Inclusive se suspeita da ideia e se dirá que ela é opressiva, totalitária, que se trata de uma alienação. E por que isso ocorre? Simplesmente porque a ideia é grátis. Ao contrário da opinião, a ideia não entra em nenhum mercado. Se defendemos nossa convicção, o fazemos com a ideia de que é universal. Essa ideia é, então, uma proposta compartilhada, não se pode colocá-la à venda no mercado. Mas como tudo o que é grátis, a ideia está sob suspeita.</span></em></strong></div><br /><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Pergunta-se: qual é o valor do que é grátis? Justamente, o valor do grátis é que não tem valor no sentido das trocas. Seu valor é intrínseco. E como não se pode distinguir a ideia do preço do objeto a única existência da ideia está em um tipo de fidelidade existencial e vital para a ideia. A melhor metáfora para isso é encontrada no amor. Se queremos profundamente a alguém, esse amor não tem preço. É preciso aceitar os sofrimentos, as dificuldades, o fato de que sempre há uma tensão entre o que desejamos imediatamente e a resposta do outro. É preciso atravessar tudo isso. Quando estamos enamorados, trata-se de uma ideia e isso é o que garante a continuidade desse amor. Para se opor ao mundo contemporâneo pode-se atuar na política, mas estar cativado completamente por uma obra de arte ou estar profundamente enamorado é como uma rebelião secreta e pessoal contra o mundo contemporâneo. Esse é o principal problema da vida contemporânea. Estabeleceu-se um regime de existência no qual tudo deve ser transformado em produto, em mercadoria, inclusive os textos, as ideias, os pensamentos. Marx havia antecipado isso muito bem: tudo pode ser medido segundo seu valor monetário.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;"></span></em></strong></div><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Você é um dos poucos filósofos que defende o que você mesmo chama “a ideia comunista”. Como é possível defender a ideia comunista quando seu conteúdo histórico foi desastroso.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Penso que o conteúdo histórico das ideias sempre pode ser declarado desastroso. Os democratas nos falam da democracia, mas se olhamos de perto a história das democracias, ela está cheia de desastres. Para tomar o exemplo mais elementar, se tomamos a Primeira Guerra Mundial, ela foi lançada por democratas, democratas alemães, ingleses e franceses. Foi um massacre inimaginável, o qual já se demonstrou esteve ligado a apetites financeiros nas colônias africanas, apetites que não diziam respeito aqueles que seriam massacrados mais tarde. Houve milhões de mortos e de sacrificados em condições espantosas e, aceite-se ou não, isso é parte da história das democracias. Se interrogamos o conjunto das experiências históricas veremos que todo o mundo tem sangue até as orelhas.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">No que se refere à palavra “comunista” em si, da mesma maneira que ocorre com a palavra “democracia”, sempre se pode argumentar que ambas tem sangue até as orelhas. Mas, por acaso, é preciso sempre inventar outra palavra? Tomemos, por exemplo, o cristianismo. O cristianismo é São Francisco de Assis, a santidade verdadeira, o advento da ideia de uma verdadeira generosidade para com os pobres, a caridade, etc.,etc. Mas, do outro lado, também é a inquisição, o terror, a tortura e o suplício. Por acaso vamos dizer que é um crime alguém se chamar de cristão? Ninguém diz isso. Eu defendo uma espécie de absolvição dos vocábulos. Eles têm o sentido dado pela sequência histórica da qual falamos. De fato, o comunismo conheceu duas sequências histórias. A sequência histórica do século XIX, quando a palavra foi inventada e propagada para designar uma esperança histórica humana fundamental, a esperança da igualdade, da emancipação das classes oprimidas, de uma organização social igualitária e coletiva. Depois há outra sequência muito diferente onde se experimentou o comunismo, ou seja, se construiu uma forma de poder particular que buscou coletivizar a indústria e essas coisas, mas que, no final, se tornou uma forma de Estado despótico.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Eu proponho que não se sacrifique a palavra “comunismo” por causa desta segunda sequência, mas sim que ela seja resgatada com base na primeira sequência, possibilitando assim a abertura de uma terceira sequência. Nesta terceira sequência, a palavra “comunismo” significaria o que sempre significou: a ideia de uma organização social totalmente distinta da que conhecemos e que já sabemos que está dominada por uma oligarquia financeira e econômica absolutamente feroz e indiferente aos interesses gerais da humanidade. Eu proponho então voltar ao comunismo sob a forma da ideia comunista: a ideia comunista é a ideia da emancipação de toda a humanidade, é a ideia do internacionalismo, de uma organização econômica mobilizando diretamente os produtores e não as potências exteriores; é a ideia da igualdade entre os distintos componentes da humanidade, do fim do racismo e da segregação e também é a ideia do fim das fronteiras.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Não esqueçamos que as fronteiras são uma grande característica do mundo contemporâneo. O comunismo é tudo isso. Se alguém inventar uma palavra formidável para designar tudo isso, que não seja a palavra comunismo, eu aceito. Mas a história da política não é a história das palavras, mas sim a história dos novos significados que podem ter as palavras. Em geral se opõe a palavra “democracia” à palavra “comunismo”. Eu digo que uma palavra não é mais inocente do que a outra. Não lutemos pela inocência das palavras. Discutamos sobre o que significam e o que significa aquilo que eu digo.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;"></span></em></strong></div><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;"></span></em></strong></div><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Agora chegamos a Marx, ou melhor dizendo, aos dois Marx: o Marx marxista e o Marx de antes do marxismo. Qual dos dois você reivindica?</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Marx e marxismo têm significados muito distintos. Marx pode significar a tentativa de uma análise científica da história humana com base nos conceitos fundamentais de classe e de luta de classe, e também a ideia de que a base das diferentes formas que a organização da humanidade adquiriu no curso da história é a organização da economia. Nesta parte da obra de Marx há coisas muito interessantes como, por exemplo, a crítica da economia política. Mas também há outro Marx que é um Marx filósofo, que vem depois de Engels e que tenta mostrar que a lei das coisas deve ser buscada nas contradições principais que podem ser percebidas dentro das coisas. É o pensamento dialético, o materialismo dialético. No concreto, há uma base material de todo pensamento e este se desenvolve através de sistemas de contradição, de negação. Este é o segundo Marx. Mas também há um terceiro Marx que é o militante político. É um Marx que, em nome da ideia comunista, indica o que fazer: é o Marx fundador da Primeira Internacional, é o Marx que escreve textos admiráveis sobre a Comuna de Paris ou sobre a luta de classes na França. Há pelo menos três Marx e o que mais me interessa, reconhecendo o mérito imenso de todos eles, é o Marx que tenta ligar a ideia comunista em sua pureza ideológica e filosófica às circunstâncias concretas. É o Marx que se pergunta pelo caminho para organizar as pessoas politicamente na direção da ideia comunista. Há ideias fundamentais que foram experimentadas e que ainda permanecem e, em cujo centro, encontramos a convicção segundo a qual nada ocorrerá enquanto uma fração significativa dos intelectuais não aceite estar organicamente ligada às grandes massas populares. Esse ponto está totalmente ausente hoje em várias regiões do mundo. Em maio de 68 e nos anos 70, este ponto foi abandonado. Hoje pagamos o preço desse abandono que significou a vitória completa e provisória do capitalismo mais brutal. A vida concreta de Marx e Engels consistiu em participar nas manifestações na Alemanha e em tentar criar uma Internacional. E o que era a Internacional? A aliança dos intelectuais com os operários. É sempre por aí que se começa. Eu chamo então a que comecemos de novo: por um lado com a ideia comunista e, por outro, com um processo de organização sob esta ideia que, evidentemente, levará em conta o conjunto do balanço histórico, mas que, em certo sentido, terá que começar de novo.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;"></span></em></strong></div><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Caído, derrotado no abismo ou simplesmente ferido? Na sua avaliação, em que fase se encontra o capitalismo: em seu ocaso, como acreditam alguns, ou somente vivendo um recesso devido a suas enormes contradições internas?</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">O capitalismo é um sistema de roubo planetário exacerbado. Pode-se dizer que o capitalismo é uma ordem democrática e pacífica, mas é um regime de depredadores, é um regime de banditismo universal. E digo banditismo de maneira objetiva: chamo bandido a qualquer um que considere que a única lei de sua atividade é seu próprio proveito. Mas um sistema como este que, por um lado, tem a capacidade de se estender e, por outro, de deslocar seu centro de gravidade é um sistema que está longe de estar moribundo.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Não é o caso de acreditar que, pelo fato de estarmos em uma crise sistêmica, nos encontramos à beira do colapso do capitalismo mundializado. Acreditar nisso seria ver as coisas através da pequena janela da Europa. Creio que há dois fenômenos que estão entrelaçados. O primeiro é a derrocada da segunda etapa da experiência comunista, a falência dos Estados socialistas. Essa falência abriu uma enorme brecha para o outro termo da contradição planetária que é o capitalismo mundializado. Mas também abriu novos espaços de tensões materiais. O desenvolvimento capitalista de países do porte da China e da Índica, assim como a recapitalização da ex-União Soviética tem o mesmo papel que o colonialismo no século XIX. Abriu espaços gigantes de manobra, de clientela de novos mercados.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Estamos vivendo agora esse fenômeno: a mundialização do capitalismo que se fez potente e se multiplicou pelo enfraquecimento de seu adversário histórico do período precedente. Esse fenômeno faz com que, pela primeira vez na história da humanidade, se possa falar realmente de um mercado mundial. Esse é um primeiro fenômeno. O segundo é o deslocamento do centro de gravidade. Estou convencido de que as antigas figuras imperiais, a velha Europa, por exemplo, a qual apesar de sua arrogância tem uma quantidade considerável de crimes que ainda aguardam perdão, e os Estados Unidos, apesar do fato de ainda ocupar um lugar muito importante, são na verdade entidades capitalistas progressivamente decadentes e até um pouco crepusculares. Na Ásia, na América Latina, com a dinâmica brasileira, e inclusive em algumas regiões do Oriente Médio, vemos aparecer novas potências. O sistema da expansão capitalista chegou a uma escala mundial, mas o sistema das contradições internas do capitalismo modifica sua geopolítica. As crises sistêmicas do capitalismo – hoje estamos em uma grave crise sistêmica – não têm o mesmo impacto segundo a região. Temos assim um sistema expansivo com dificuldades internas.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Mas esses novos polos se desenvolvem segundo o mesmo modelo.Sim, e não creio que esses novos polos introduzam uma diferenciação qualitativa. É um deslocamento interno ao sistema que dá a ele margem de manobra.</span></em></strong></div><br /><br /><div><span style="font-size:130%;"><span style="color:#663300;"><strong><em>Há duas versões de um de seus livros mais importantes: trata-se do Manifesto </em></strong><strong><em>para a Filosofia. O primeiro Manifesto foi publicado há vinte anos, o segundo há dois. Se levamos em conta as revoluções árabes e as crises do sistema financeiro internacional, o que mudou fundamentalmente no mundo e no ser humano entre os dois manifestos?</em></strong></span></span></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">O que mudou mais profundamente é a divisão subjetiva. As escolhas fundamentais às quais estiveram confrontados os indivíduos durante o primeiro período estavam ainda dominadas pela ideia da alternativa entre orientação revolucionária e democracia e economia de mercado. Dito de outro modo, estávamos na constituição do debate entre totalitarismo e democracia. Isso exige dizer quer todo o mundo estava sob o influxo do balanço da experiência histórica do século XX. O primeiro Manifesto foi publicado em 1989, quase ao final do século XX. Em escala mundial, esta discussão, que adquiriu formas distintas segundo os lugares, se focalizou em qual poderia ser o balanço deste século XX. Por acaso, temos que condenar definitivamente as experiências revolucionárias? É preciso abandoná-las porque foram despóticas, violentas? Neste sentido, a pergunta era: devemos ou não nos unir à corrente democrática e entrar na aceitação do capitalismo como um mal menor?A eficácia do sistema não consistiu em dizer que o capitalismo era magnífico, mas sim que era o mal menor. Na verdade, tirando um punhado de pessoas ninguém pensa que o capitalismo é magnífico. Mas o que se disse nesse período foi que a alternativa era desastrosa. Há 20 anos estávamos neste contexto, ou seja, a reativação da filosofia inspirada pela moral de Kant. Ou seja, não é o caso de ter grandes ideias de transformação política voluntaristas porque isso conduz ao terror e ao crime, mas sim velar por uma democracia pacificada dentro da qual os direitos humanos estarão protegidos. Hoje esta discussão está terminada e está terminada porque todo mundo vê que o preço pago por essa democracia pacificada é muito elevado. Todo mundo toma consciência que se trata de um mundo violento, com outras violências, que a guerra segue rondando todo o tempo, que as catástrofes ecológicas e econômicas estão na ordem do dia e que, além disso, ninguém sabe para onde vamos.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Podemos imaginar que esta ferocidade da concorrência e esta constante submissão à economia de mercado durem ainda vários séculos? Todo mundo sente que não, que se trata de um sistema patrológico. Foi revelado que este sistema, que nos foi apresentado como um sistema moderado, sem dúvida em nada formidável, mas melhor que todos os demais, é um sistema patológico e extremamente perigoso. Essa é a novidade. Não podemos mais ter confiança no futuro desta visão das coisas. Estamos em uma fase de transição e incerteza. Introduziu-se a hipótese de uma espécie de humanismo renovado que poderíamos chamar de humanismo de mercado, o mercado, mas humano. Creio que essa figura, que segue vigente graças aos políticos e aos meios de comunicação, está morta. É como a União Soviética: estava morta antes de morrer. Creio que, em condições diferentes e em um universo de guerra, de catástrofes, de competição e de crise, esta ideia do capitalismo com rosto humano e da democracia moderada está morta. Agora será preciso não mais escolher entre duas visões constituídas, mas sim inventar uma.Dessa ambivalência provém talvez a sensação de que as jovens gerações estão perdidas, sem confiança em nada?Isso é o que sinto na juventude de hoje. Sinto que a juventude está completamente imersa no mundo tal como é, não tem ideia de outra alternativa, mas, ao mesmo tempo, está perdendo confiança neste mundo, está vendo que, na verdade, este mundo não tem futuro, carece de toda significação para o futuro. Creio que estamos em um período onde as propostas de ideias novas estão na ordem do dia, mesmo que uma boa parte da opinião não saiba disso. E não sabe porque ainda não chegamos ao final deste esgotamento interno da promessa democrática. É o que eu chamo de período intervalo: sabemos que as velhas escolhas estão acabadas, mas não sabemos ainda muito bem quais são as novas escolhas.Vários filósofos apontam o fato de que os valores capitalistas destruíram a dimensão humana. Você acredita, ao contrário, que ainda persiste uma potência altruísta no ser humano.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Devemos olhar o que ocorreu nas manifestações dos países árabes. Nunca acreditei que essas manifestações iam inventar um novo mundo de um dia para o outro, nem pensei que essas revoltas apresentavam soluções novas para os problemas planetários. Mas o que me assombrou foi a reaparição da generosidade do movimento de passa, quer dizer, a possibilidade de agir, de sair, de protestar, de pronunciar-se independentemente do limite dos interesses imediatos e fazê-lo junto a pessoas que, sabemos, não compartilham nossos interesses. Aí encontramos a generosidade da ação, a generosidade do movimento de massa, temos a prova de que esse movimento ainda é capaz de reaparecer e reconstituir-se. Com todos os seus limites, também temos um exemplo semelhante com o movimento dos indignados. O que fica evidente em tudo isso é que estão aí em nome de uma série de princípios, de ideias, de representações. Esse processo, obviamente, será longo. O movimento da primavera árabe me parece mais interessante que o dos indignados porque tem objetivos precisos, ou seja, a desaparição de um regime autocrático e o tema fundamental que é o horror diante da corrupção. A luta contra a corrupção é um problema capital do mundo contemporâneo. Nos indignados vimos a nostalgia do velho Estado providência. Mas volto a reiterar que o interessante em tudo isso é a capacidade de fazer algo em nome de uma ideia, mesmo que essa ideia tenha acentos nostálgicos. O que me interessa saber é se ainda temos a capacidade histórica de agir no regime da ideia e não simplesmente segundo o regime da concorrência ou da conservação. Isso para mim é fundamental. A reaparição de uma subjetividade dissidente, seja quais forem suas formas e suas referências, isso me parece muito importante.Você publicou um livro sobre o amor, que é de uma sabedoria comovedora. Para um filósofo comprometido com a ação política e cujo pensamento integra as matemáticas, a aparição do tema do amor é pouco comum.O amor é um tema essencial, uma experiência total. O amor está ameaçado pela sociedade contemporânea. O amor é um gesto muito forte porque significa que é preciso aceitar que a existência de outra pessoa se converta em nossa preocupação. No amor, o fundamental está em que nos aproximamos do outro com a condição de aceita-lo em minha existência de forma completa, inteira. Isso é o que diferencia o amor do interesse sexual. Este se fixa sobre o que os psicanalistas chamaram de “objetos parciais”, ou seja, eu extraio do outro alguns emblemas fetiches que me interessam e que suscitam minha excitação desejante. Não nego a sexualidade, pelo contrário. Ela é um componente do amor. Mas o amor não é isso. O amor é quando estou em estado de amar, de estar satisfeito e de sofrer e de esperar tudo o que vem do outro: a maneira como viaja, sua ausência, sua chegada, sua presença, o calor de seu corpo, minhas conversas com ele, os gostos compartilhados. Pouco a pouco, a totalidade do que o outro é torna-se um componente de minha própria existência. Isso é muito mais radical que a vaga ideia de preocupar-me com o outro. É o outro com a totalidade infinita que representa e com o qual me relaciono em um movimento subjetivo extraordinariamente profundo.Em que sentido o amor está ameaçado pelos valores contemporâneos?Está ameaçado porque o amor é gratuito e, desde o ponto de vista do materialismo democrático, injustificado. Por que deveria me expor ao sofrimento da aceitação da totalidade do outro? O melhor seria extrair dele o que melhor corresponde aos meus interesses imediatos e aos meus gostos e descartar o resto. O amor está ameaçado hoje porque é distribuído em fatias. Observemos como se organizam as relações nestes portais de internet onde as pessoas entram em contato: o outro já vem fatiado em fatias, um pouco como a vaca nos açougues. Seus gostos, seus interesses, a cor dos olhos, o corte dos cabelos, se é grande ou pequeno, loiro ou moreno. Vamos ter uns 40 critérios e, ao final, vamos nos dizer: vou comprar este. É exatamente o contrário do amor. O amor é justamente quando, em certo sentido, não tenho a menor ideia do que estou comprando.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">E frente a essa modalidade competitiva das relações, você proclama que o amor deve ser reinventado para nos defendermos, que o amor deve reafirmar seu valor de ruptura e de loucura.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">O amor deve reafirmar o fato de que está em ruptura com o conjunto das leis ordinárias do mundo contemporâneo. O amor deve ser reinventado como valor universal, como relação em direção da alteridade, daquilo que não sou eu e onde a generosidade é obrigatória. Se não aceito a generosidade, tampouco aceito o amor. Há uma generosidade amorosa que é inevitável. Sou obrigado a ir na direção do outro para que a aceitação do outro em sua totalidade possa funcionar. Essa é uma excelente escola para romper com o mundo tal como é. Minha ideia sobre a reinvenção do amor quer dizer o seguinte: uma vez que o amor se refere a essa parte da humanidade que não está entregue à competição, à selvageria; uma vez que, em sua intimidade mais poderosa, o amor exige uma espécie de confiança absoluta no outro; uma vez que vamos aceitar que este outro esteja totalmente presente em nossa própria vida, que nossa vida esteja ligada de maneira interna a esse outro, pois bem, já que tudo descrito acima é possível isso prova que não é verdade que a competitividade, o ódio, a violência, a rivalidade e a separação sejam a lei do mundo.A política não está muito afastada de tudo isso. Para você, há uma dimensão do amor na ação política?</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Sim, inclusive pode resultar perigoso. Se buscamos uma analogia política do amor eu diria que, assim como no amor onde a relação com uma pessoa tem que constituir sua totalidade existencial como um componente de minha própria existência, na política autêntica é preciso que haja uma representação inteira da humanidade. Na política verdadeira, que também é um componente da vida verdadeira, há necessariamente essa preocupação, essa convicção segundo a qual estou ali enquanto representante e agente de toda a humanidade. Do mesmo modo que ocorre no amor, onde minha preocupação, minha proposta e minha atividade estão ligadas à existência do outro em sua totalidade.O que pode fazer um casal jovem e enamorado neste mundo violento, competitivo, onde o projeto do casal já está ameaçado pela própria dinâmica do consumo e da competição?Creio que o projeto de um casal pode ser uma rama se não se dissolve, se não se metamorfoseia em um projeto que acabe se transformando, no fundo, na acumulação de interesses particulares. Na situação de crise e de desorientação atual o mais importante é segurar as mãos no timão da experiência pela qual estamos passando, seja no amor, na arte, na organização coletiva, no combate político. Hoje, o mais importante é a fidelidade: em um ponto, ainda que seja em apenas um, é preciso não ceder. E para não ceder devemos ser fieis ao que ocorreu, ao acontecimento. No amor, é preciso ser fiel ao encontro com o outro porque vamos criar um mundo a partir desse encontro. Claro, o mundo exerce uma pressão contrária e nos diz: “cuidado, defenda-se, não deixe que o outro abuse de ti”. Com isso está dizendo: “voltem ao comércio ordinário”.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Então, como essa pressão é muito forte, o fato de manter o timão no rumo certo, de manter vivo um elemento de exceção, já é extraordinário. É preciso lutar para conservar o excepcional que ocorre em nossas vidas. Depois veremos. Dessa forma salvaremos a ideia e saberemos o que é exatamente a felicidade. Não sou um asceta, não sou a favor do sacrifício. Estou convencido de que se conseguimos organizar uma reunião com trabalhadores e colocamos em marcha uma dinâmica, se conseguimos superar uma dificuldade no amor e nos reencontramos com a pessoa que amamos, se fazemos uma descoberta científica, então começamos a compreender o que é a felicidade. A felicidade é uma ideia fundamental. A construção amorosa é a aceitação conjunta de um sistema de riscos e de invenções.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;"></span></em></strong></div><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Você também introduz uma ideia peculiar e maravilhosa: devemos fazer tudo para preservar o que nos ocorre de excepcional.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;"></span></em></strong></div><br /><div><strong><em><span style="font-size:130%;color:#663300;">Aí está o sentido completo da vida verdadeira. Uma vida verdadeira se configura quando aceitamos os presentes perigosos que a vida nos oferece. A existência nos traz riscos, mas, na maioria das vezes, estamos mais espantados que felizes por esses presentes. Creio que aceitar isso que nos ocorre e que parece raro, estranho, imprevisível, excepcional, que seja o encontro com uma mulher ou o maio de 68, aceitar isso e suas consequências, isso é a vida, a verdadeira vida.</span></em></strong></div><br /><br /><div></div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#000000;">Tradução: Marco Aurélio Weissheimer</span></strong></div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong></div><br /><div><span style="font-size:130%;color:#cc6600;"><strong>Enviado por Helena Cunha</strong></span></div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-45288810614564021962012-02-09T14:50:00.005+00:002012-02-15T14:32:17.093+00:009 de Fevereiro - Anos de Augusta - viúva de Manuel Cunha<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ4vnc9Klr872P3xsBwcCKHcIfWGfoR_jRh84Bt7-fkP_h22Vkvw2rOr194beKd0iYvSYoBHr6-BYW6HpiYIKrKZj9g-FgASiyBKsCSaBn-CU2WB_KVcTZ0KR-9ZiOshNOLIKwYSym2htx/s1600/flores_silvestre.png"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5707155379548586786" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ4vnc9Klr872P3xsBwcCKHcIfWGfoR_jRh84Bt7-fkP_h22Vkvw2rOr194beKd0iYvSYoBHr6-BYW6HpiYIKrKZj9g-FgASiyBKsCSaBn-CU2WB_KVcTZ0KR-9ZiOshNOLIKwYSym2htx/s400/flores_silvestre.png" /></a><br /><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#330033;"><strong>Minha Sogra Mãe,</strong></span></div><br /><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#330033;"><strong></strong></span></div><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#330033;"><strong>Gostaria de lhe dizer muitas coisas bonitas, cheias de bondade, esperança, carinho...porque é e sempre foi uma mulher GRANDE, corajosa, generosa e amiga do seu semelhante!</strong></span></div><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#330033;"><strong>Que a idade não tenha reflexos de desmoronamento, mas antes, de enfrentar mais um desafio contra tudo quanto seja negativo e desmoralizante!</strong></span></div><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#330033;"><strong>Tem muito que vencer...caminhar...não esmorecer e, vencer o adormecimento a que a idade conduz...em lentidão...mas nunca em solidão!</strong></span></div><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#330033;"><strong>A primavera está aí pronta a recebê-la, a olhá-la e a vigiá-la! As flores do seu canteiro a esperam...assim como nós também esperamos que cuide delas, e ... muito também, de nós, seus filhos, netos e bisnetos.</strong></span></div><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#330033;"><strong>Todos já somos muitos...e todos também a amamos como se ama uma flor especial que nasceu neste dia, num canteiro algures plantado, por uma mãe, como a mãe, que não descura os seus rebentos.</strong></span></div><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#330033;"><strong>Agradecemos por estar connosco...só assim nos completamos e somos felizes!</strong></span></div><br /><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#330033;">É a rainha dos Álamos!</span></strong></div><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#330033;"><strong>Beijinhos e abraços por esta primavera e por outras que se seguirão, é o que toda a sua árvore, a árvore que deu frutos, que somos todos nós, lhe desejamos.</strong></span></div><br /><br /><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#330033;">PARABÉNS MÃE PELOS SEUS VIGOROSOS 83 ANOS!</span></strong></div><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><div></div><br /><br /><div><span style="color:#666666;">A nora Nela</span></div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-64315176062729530742012-02-09T14:18:00.001+00:002012-02-09T14:23:57.955+00:00AI, NÃO! NOS CALAM !!!<a href="https://www.youtube.com/watch?v=aUfU0nf1kpw&feature=player_embedded" target="_blank">https://www.youtube.com/watch?v=aUfU0nf1kpw&feature=player_embedded</a><br /><br />Sérgio RibeiroManuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-3309452047618351382012-02-01T14:46:00.007+00:002012-02-01T15:23:50.940+00:00CGTP - O novo líder - ARMÉNIO CARLOS -<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFHnzRU_3Pn52OQ0wmpMiF1oQmjKZxA5yyTUcV2gGWkXtjqmf94bUAwN6EG57wC5P2YEOb4wDWjIwqSPcMQ_LsqvpoDCYVvnuE6WjcSUUG7Ckvg0pDbXZnf6p0Lz5SaahZTp2kqrdzfJwZ/s1600/Arm%25C3%25A9nio+Carlos.jpg"><img style="WIDTH: 197px; HEIGHT: 256px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5704187174479338130" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFHnzRU_3Pn52OQ0wmpMiF1oQmjKZxA5yyTUcV2gGWkXtjqmf94bUAwN6EG57wC5P2YEOb4wDWjIwqSPcMQ_LsqvpoDCYVvnuE6WjcSUUG7Ckvg0pDbXZnf6p0Lz5SaahZTp2kqrdzfJwZ/s400/Arm%25C3%25A9nio+Carlos.jpg" /></a> <img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 251px; DISPLAY: block; HEIGHT: 201px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5704186916967083314" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJin6fJEqAfV67AQBpv9iz5UmeohJnlBY9cHKKj4h3w69iJ62zlFBNA-oLls2Ciej3p24PmhBrj8vzJCdA1BEGiqlV-QAc3kX7nEuxZJmNw7goxxrItznRuUxdmedxxCi3d5iIhHuFELhH/s400/Arm%25C3%25A9nio+C..jpg" /><br /><br /><div><br /><div><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx_QORX63zpSXGnIL21uheMWu8SPVQvel6mV7zzx2IJVSK6-wpWwEbarT_fSzRSu4sZy03LpYkjo2Wf4C8xHE3KldoMMht5z__tYPRlEkHy5jxlrv07_NatTR5d9Z4f3uIcu_1zOTs4jaf/s1600/Arm%25C3%25A9nio+e+Carvalho.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 275px; DISPLAY: block; HEIGHT: 183px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5704186911424240114" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx_QORX63zpSXGnIL21uheMWu8SPVQvel6mV7zzx2IJVSK6-wpWwEbarT_fSzRSu4sZy03LpYkjo2Wf4C8xHE3KldoMMht5z__tYPRlEkHy5jxlrv07_NatTR5d9Z4f3uIcu_1zOTs4jaf/s400/Arm%25C3%25A9nio+e+Carvalho.jpg" /></a> <strong><span style="font-size:180%;color:#330000;">Sai Carvalho da Silva e entra Arménio Carlos. </span></strong><br /><br /><strong><span style="font-size:130%;color:#990000;">Sai quem dignificou o sindicalismo durante muitos anos e entra um novo líder. </span></strong><br /><div><br /><div><br /><div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#990000;">E o novo líder começa com um bom discurso de enorme combatividade. </span></strong></div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#990000;">Aparentemente um osso duro de roer. </span></strong></div><br /><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#990000;">Volta a linguagem da luta de classes e as justas críticas ao triste acordo assinado pela UGT. </span></strong></div><br /><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#990000;">O estilo fez-me lembrar Álvaro Cunhal. </span></strong></div></div><br /><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#990000;">Não sei se isso é bom, se é mau. </span></strong></div><br /><div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;"><span style="color:#990000;">O tempo o dirá.</span> </span></strong></div><br /><br /><div></div><br /><div><span style="color:#cc9933;">in o MacLoulé. </span></div><br /><div><span style="color:#cc9933;">Sérgio Ribeiro</span></div></div></div></div></div></div></div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-90891354683143738092012-01-24T15:08:00.004+00:002012-01-24T15:27:02.240+00:00A pobreza do Sr. Presidente de Boliqueime!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqmiJ35vstY3BLOxcx61-ZnYVTP3qDfKq12CB9HnQbxFAj9y2XmrV3x_pBqSjeGnLxT_0JmHJSvxCDj7lz2I78rZIApyFavISqJKBVOIlnFglZ_786iadJEHptDuLhnkR1LHDimbuc8WrJ/s1600/cavaco++em+bel%25C3%25A9m.jpg"><img style="WIDTH: 260px; HEIGHT: 194px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5701219471918848306" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqmiJ35vstY3BLOxcx61-ZnYVTP3qDfKq12CB9HnQbxFAj9y2XmrV3x_pBqSjeGnLxT_0JmHJSvxCDj7lz2I78rZIApyFavISqJKBVOIlnFglZ_786iadJEHptDuLhnkR1LHDimbuc8WrJ/s400/cavaco++em+bel%25C3%25A9m.jpg" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGrRnExNpQd_-vRrAjn2Jvzlsc-RuW2pZUnrOfXvp3am3R_Ot-sUmKxizhsXE_9g91lLp3MYMrPHQIhK8e0i-okR8WBgBBCX2DftYTgYSvgmdAOpYKuNLlMASnAW0kO1jxdujnJw7Ru4rf/s1600/cavaco+pede+esmola.jpg"><img style="WIDTH: 205px; HEIGHT: 245px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5701217921196735618" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGrRnExNpQd_-vRrAjn2Jvzlsc-RuW2pZUnrOfXvp3am3R_Ot-sUmKxizhsXE_9g91lLp3MYMrPHQIhK8e0i-okR8WBgBBCX2DftYTgYSvgmdAOpYKuNLlMASnAW0kO1jxdujnJw7Ru4rf/s400/cavaco+pede+esmola.jpg" /></a><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizpzij9pytNvaxM33bEeQD3wtidr2ivc_PwDiAEO6DnsiPmVZ4SC1GlsSx9ocJDCGh-3i1bH3QQhoAM8xZMD4R2u4lK4jxsjwX4tFZm18EDDXI_NgJcvF4WSjKYz4YK_FMAJhXxm4UVhhM/s1600/cavaco+silva.jpg"><img style="WIDTH: 292px; HEIGHT: 173px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5701217924890729458" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizpzij9pytNvaxM33bEeQD3wtidr2ivc_PwDiAEO6DnsiPmVZ4SC1GlsSx9ocJDCGh-3i1bH3QQhoAM8xZMD4R2u4lK4jxsjwX4tFZm18EDDXI_NgJcvF4WSjKYz4YK_FMAJhXxm4UVhhM/s400/cavaco+silva.jpg" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYemmPum2YC2LEe6-4iKBDFa3QlUzK9jIPY_FBxNfQdEDib1xtFnvHJMsdtHdiCkhQhQUb7_BDbuSSwRP4ZA1md1C1QzFietDM0uyU7ckHAPB3OwotchnlqLCAMIPkMNGyPuj7OLBJaQJo/s1600/cavaco.jpg"><img style="WIDTH: 213px; HEIGHT: 237px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5701217919552674626" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYemmPum2YC2LEe6-4iKBDFa3QlUzK9jIPY_FBxNfQdEDib1xtFnvHJMsdtHdiCkhQhQUb7_BDbuSSwRP4ZA1md1C1QzFietDM0uyU7ckHAPB3OwotchnlqLCAMIPkMNGyPuj7OLBJaQJo/s400/cavaco.jpg" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIKj0NHvabhmn2bT4VlFbUsJihwZW3YO7dRPeTeL9pQmY01FAzkdf3CsZrDLKMuXMQBSHfYjQbx5a8-mf_W9AQ8JKQOguMKRbwd8HaZucEztJBrvEDC3vQoyjWvozPawI_ViyElUKvXpYp/s1600/cavaco+falido.jpg"><img style="WIDTH: 274px; HEIGHT: 184px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5701217916990994194" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIKj0NHvabhmn2bT4VlFbUsJihwZW3YO7dRPeTeL9pQmY01FAzkdf3CsZrDLKMuXMQBSHfYjQbx5a8-mf_W9AQ8JKQOguMKRbwd8HaZucEztJBrvEDC3vQoyjWvozPawI_ViyElUKvXpYp/s400/cavaco+falido.jpg" /></a> Ao que chegou ...<br /><br /><br /><div><br /><div><br /><div><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong>Vamos ser solidários com o Sr. Aníbal de Boliqueime! </strong></span></div><br /><br /><div><span style="font-size:180%;color:#cc6600;"><strong>Sempre que passar por Belém, lance uma moeda de um cêntimo para o jardim do Sr Silva! </strong></span></div><br /><br /><br /><div><span style="font-size:180%;"></span></div><br /><br /><div><span style="font-size:180%;">S. R.</span></div></div></div></div></div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-51775003817066280462012-01-24T14:25:00.008+00:002012-01-25T14:26:23.915+00:00GIMARÃES 2012 - CAPITAL DA CULTURA<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2KecnDyeQshJRRTESSnoAItRaec7waASLEgZGHrzcNipcRyhCq1nfXzRx2_Fp7eEyltFCF5eVSW8MQ7eYx8BKkqRVfWuK2QvTZo5p1EEBWgqPdLtrnWAqn9FjLnpf4z1uN2OeBdceLoz_/s1600/372854_142648515754832_27706910_n.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 163px; FLOAT: left; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5701575521983437698" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2KecnDyeQshJRRTESSnoAItRaec7waASLEgZGHrzcNipcRyhCq1nfXzRx2_Fp7eEyltFCF5eVSW8MQ7eYx8BKkqRVfWuK2QvTZo5p1EEBWgqPdLtrnWAqn9FjLnpf4z1uN2OeBdceLoz_/s400/372854_142648515754832_27706910_n.jpg" /></a><br /><br /><br /><div><br /><br /><br /><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>21 de janeiro: É o arranque oficial da Capital Europeia da Cultura (CEC). </strong></span><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>O programa da Capital Europeia da Cultura divide-se por mais de 600 espetáculos. </strong></span></div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Guimarães será a principal estrela da companhia, com aposta nas residências artísticas e na produção feita na cidade. </strong></span></div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div></div><br /><div>S. R.</div></div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-23362149616013009852012-01-04T14:50:00.004+00:002012-01-04T15:42:21.339+00:00PAUL DE GRAUWE<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-2Q5rdWzsrthhtx7ZCOOwnPKETW8mZTtqgUk_6IJSsOXbF5vQZTjN3_5xp3wXGeot0CnxxeNFWFjBZkvilZjhZHtvpR4MU9zy9E5hFAx0ZfudqsPpRoK3l4H3FzKG1u5NYh9m0S1yksJf/s1600/IMG_09552898781983678540861.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 224px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5693791887391208706" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-2Q5rdWzsrthhtx7ZCOOwnPKETW8mZTtqgUk_6IJSsOXbF5vQZTjN3_5xp3wXGeot0CnxxeNFWFjBZkvilZjhZHtvpR4MU9zy9E5hFAx0ZfudqsPpRoK3l4H3FzKG1u5NYh9m0S1yksJf/s400/IMG_09552898781983678540861.JPG" /></a><br /><br /><br /><div><em><span style="font-size:130%;color:#000000;"><strong>O economista belga elege a Alemanha como o maior perdedor com o fim da zona euro<br />Paul de Grauwe: </strong></span></em></div><br /><div><em></em></div><br /><div><em><span style="font-size:180%;color:#000000;"><strong>"Os portugueses é que estão a pagar aos alemães"<br /><br /></strong></span></em><strong><span style="font-size:130%;color:#663333;">Paul de Grauwe chama incompetente ao BCED.R.31/12/2011 00:00 Dinheiro Vivo<br />Paul de Grauwe tem uma visão diferente da crise da zona euro. São os contribuintes portugueses que estão a dar dinheiro aos alemães e não o contrário. Professor de Economia Internacional da Universidade Católica de Lovaina e conselheiro da Comissão Europeia, admite que Portugal nunca beneficiou realmente com o euro, mas desaconselha uma saída. Para o BCE não tem meias-palavras: ou são incompetentes ou estão a ser guiados por objectivos obscuros.<br />Em um ano, a zona euro estará mais integrada ou perto da separação?</span></strong></div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#663333;">É difícil saber. Estamos perante uma bifurcação. Podem acontecer duas coisas: uma implosão completa, com recessão e crises bancárias, ou os Estados membros e o BCE decidem fazer o mais correcto e evitam o colapso. Sou optimista; acredito no segundo cenário, mas não excluo o outro.<br />Mas o fim do euro é plausível?</span></strong></div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#663333;">A zona euro continua frágil e pode desintegrar-se, mas temos os meios para o evitar. Tudo depende do empenho de quem está no poder. Se colapsar é porque as pessoas em posições-chave o quiseram.<br />Algum país beneficiaria com isso?</span></strong></div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#663333;">Não. No longo prazo, talvez. Países como a Grécia poderiam desvalorizar a moeda, o que estimularia a economia. Mas seria muito disruptivo, principalmente para a banca. No curto e médio prazo, ninguém beneficiaria.<br />Nem a Alemanha?</span></strong></div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#663333;">Países como a Alemanha seriam os verdadeiros prejudicados. Essas economias beneficiaram antes da crise, com a acumulação de excedentes externos e forte crescimento. Durante a crise têm sido os que mais ganham. Estão a endividar-se quase de graça. A Alemanha pede emprestado de graça e depois empresta-vos, com um bom lucro, não é? Na Alemanha ouve-se que os contribuintes pagam aos portugueses, mas é o contrário. Os portugueses é que pagam aos alemães. Se tudo colapsar, perderão imenso.<br />Portugal continua a beneficiar por estar na zona euro?</span></strong></div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#663333;">Não sei se alguma vez beneficiou verdadeiramente. No futuro, Portugal poderá viver com a sua própria moeda, mas vai ser difícil passar desta situação para uma divisa própria. O problema é a transição. Será muito traumático e imprevisível. Não sei se seria boa ideia fazê-lo agora.<br />É inevitável reestruturar a dívida?</span></strong></div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#663333;">Não acho que seja inevitável como na Grécia. Portugal é um país honesto, apesar de ter muitos problemas. Depende das perspectivas de crescimento. Se houver crescimento, não é preciso reestruturar. Por agora, não teriam vantagem em negociar a dívida.<br />Temos um programa de austeridade muito exigente. É o caminho certo?</span></strong></div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#663333;">É demasiado intenso e duro. Se Portugal o fizesse sozinho talvez resultasse, mas com a Espanha, Itália e França a fazê-lo é muito difícil e não resulta. Além disso, a queda do PIB faz aumentar o rácio de dívida, o que torna os mercados mais nervosos e leva a uma maior pressão deflacionária.<br />Passos disse que os portugueses têm de empobrecer. Concorda?</span></strong></div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#663333;">É totalmente errado. Os portugueses têm de gastar e aumentar a produção. Reduzir o consumo sem aumentar a produção é empobrecer. A pobreza depende da capacidade produtiva.<br />Que alternativas deveriam ser seguidas pela Europa?</span></strong></div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#663333;">Bruxelas devia anunciar a extensão dos programas de emergência devido à recessão. Países como a Alemanha e a Holanda deviam interromper a austeridade e estimular o consumo privado, para que os países do Sul consigam sair da crise. Falta vontade ao Norte da Europa para aumentar a despesa. Os países com défices têm de ser ajudados pelos que têm excedentes.<br />As eurobonds são algum tipo de alternativa ou um pormenor?</span></strong></div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#663333;">Não são uma alternativa nem vão resolver a crise. Contudo, no longo prazo, é importante que sejam criadas para assinalar aos mercados o comprometimento com um projecto. Todos entendem que tem de haver união orçamental e as eurobonds são o primeiro passo nesse sentido.<br />O Banco Central Europeu (BCE) tem de ter um papel diferente?</span></strong></div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#663333;">Sim. Deve ser um credor de último recurso no mercado de obrigações. O BCE está a dar centenas de milhões de euros aos bancos sem preocupações de "risco moral" e não o faz com obrigações soberanas devido a esse mesmo risco. Se não se resolver a crise da dívida, dar liquidez aos bancos é tentar encher um balde furado. Atacar o problema na fonte seria muito mais eficaz. Infelizmente, o BCE não pensa assim, o que é inexplicável. Estão a ser guiados por questões dogmáticas, em vez de práticas. Só resolvendo a crise se salvam os bancos.<br />A preocupação do BCE com a inflação está a ir longe de mais?</span></strong></div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#663333;">Que fazem os bancos com a liquidez do BCE? A última coisa que querem é aumentar o crédito; estão a acumular reservas porque têm medo. Não há risco de inflação porque a liquidez fica nos bancos: é pressão zero. É a incompetência completa. Não sabem o que se passa - ou têm objectivos obscuros.<br />Mario Draghi pode trazer uma perspectiva diferente ?</span></strong></div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#663333;">Ele é uma esfinge: fala, mas não sei o que ele pensa. São puzzles. Sei é que está cheio de medo dos alemães.</span></strong></div><br /><br /><div><strong><span style="color:#663333;"></span></strong></div><br /><br /><div><span style="color:#993300;">Enviado por Sérgio Ribeiro</span></div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-73630513140779781132011-12-20T18:18:00.006+00:002011-12-22T15:26:01.069+00:00FELIZ ANO DE 2012 À FAMÍLIA CUNHA<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfS7UcGhFbYnMa9X8TD1EAUpv5VNKE5tE3vl6NvN1bGqn5PWs6dPY2KRikTxamWnA08UanH2MaL7Xa26yDIX6BQl-HBPsHy2E78JhjCTo-aN2-p5pgsfmpUUV-fEUtGuPsKTKJXtpB57Ah/s1600/natal+cunhas.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 286px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5688277390822603090" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfS7UcGhFbYnMa9X8TD1EAUpv5VNKE5tE3vl6NvN1bGqn5PWs6dPY2KRikTxamWnA08UanH2MaL7Xa26yDIX6BQl-HBPsHy2E78JhjCTo-aN2-p5pgsfmpUUV-fEUtGuPsKTKJXtpB57Ah/s400/natal+cunhas.jpg" /></a> <span style="font-size:180%;color:#cc0000;">AOS AMIGOS E LEITORES DO LEMMA<br /><br />FELIZ ANO DE 2012</span><br /><br /><br /><br /><div><span style="font-size:180%;"></span></div><br /><div><span style="font-size:180%;color:#993300;"><strong>São os votos do grande amigo Sérgio Ribeiro, colaborador deste blogue Lemma, que aos familiares "Cunha " ele vem aqui manifestar a sua grande e simpática mensagem de Natal!</strong></span></div><br />:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::<br /><br /><br /><br /><div><span style="font-size:180%;"></span></div>Nota :<br /><br /><br /><div><span style="font-size:180%;color:#000000;"><strong>Ao SÉRGIO RIBEIRO, <span style="color:#000099;">que pela amizade ímpar que sempre nutriu pelo autor deste blogue - MANUEL CUNHA e sua família - ... a ele ... só nos compete dizer: OBRIGADA AMIGO!!!... e ... </span></strong></span></div><br /><br /><div><span style="color:#3333ff;"><em><span style="font-size:180%;"><strong>B</strong></span><strong><span style="font-size:180%;">om Ano 2012 para ti também!!!</span></strong></em></span></div><br /><br /><div><strong><span style="font-size:180%;color:#330099;"></span></strong></div><br /><div><span style="color:#666666;">Manuela Ramos Cunha</span></div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-23262899727642984402011-12-09T15:15:00.002+00:002011-12-09T15:20:59.832+00:00Pai Natal tótó<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhR3vv-1Tcnnu6X_WK5HsPTXC76m-NXD6x56yTb9ZcM8dRriDvLiTD-3N3R1J6eyj-wkMsbGpy5OrxS3jbGLx44q5FSQc9qHnhaLtuVja394nT9ftckAKMl6hKEsMCOVwGumcRBNK_7rDdt/s1600/pai+e+natal+com+renas.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 213px; DISPLAY: block; HEIGHT: 237px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5684148649365333058" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhR3vv-1Tcnnu6X_WK5HsPTXC76m-NXD6x56yTb9ZcM8dRriDvLiTD-3N3R1J6eyj-wkMsbGpy5OrxS3jbGLx44q5FSQc9qHnhaLtuVja394nT9ftckAKMl6hKEsMCOVwGumcRBNK_7rDdt/s400/pai+e+natal+com+renas.jpg" /></a><br /><br /><div>Rodolfo </div><br /><br /><br /><div>A rena com um nariz encarnado entrou na oficina do Pai Natal e disse </div><br /><div>Estou farto de ser explorado fazes usura sobre o capital és um gnomo do banqueiro a governar<br />Sei muito bem que não dás nada a ninguém o que chamas distribuir é pôr outros a pagar<br />Só que a partir de agora é tudo a dividir!<br />Tu cortas nos transportes, eu dou-te com os pés<br />Já não empurro o trenó e grito às chaminés<br />o Pai Natal é totó.</div><br /><div></div><br /><div>S. R.</div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-630013595638488072011-11-23T14:44:00.003+00:002011-11-23T14:56:53.987+00:00EMPOBRECIMENTO<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho2cRImwjk-e2Y_jRiqKsg9aaxytQILslZi3hMtP_mKEVHnvwbBCiHizIE8nd58hvtLkzc1DHAF5fetPa3j9wSrxSKlb2f-9vaMPvoOMHChJTqxpjYuFwjtdFblOTsYy_FRICQ41pOvAPB/s1600/empobrecimento.bmp"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 144px; DISPLAY: block; HEIGHT: 122px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5678205230945224130" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho2cRImwjk-e2Y_jRiqKsg9aaxytQILslZi3hMtP_mKEVHnvwbBCiHizIE8nd58hvtLkzc1DHAF5fetPa3j9wSrxSKlb2f-9vaMPvoOMHChJTqxpjYuFwjtdFblOTsYy_FRICQ41pOvAPB/s400/empobrecimento.bmp" /></a><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgypH9VyzlH8GP5zktKwWe_QJKc_wNSwYwvItMOdxLZfSOlQO5nSc0340XJcvRLUhyphenhypheniIvNBLdvvt4UzJkfyB1h1Pb2tubaKoQhcTKD3rtSMsVlZgFhgFOFFwZyIfTIAckbb7d9jK2RsWgM9/s1600/or%25C3%25A7amento+estado.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 180px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5678205037312899570" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgypH9VyzlH8GP5zktKwWe_QJKc_wNSwYwvItMOdxLZfSOlQO5nSc0340XJcvRLUhyphenhypheniIvNBLdvvt4UzJkfyB1h1Pb2tubaKoQhcTKD3rtSMsVlZgFhgFOFFwZyIfTIAckbb7d9jK2RsWgM9/s400/or%25C3%25A7amento+estado.jpg" /></a><br /><br /><br /><div><br /><div><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>(Comentário ao Orçamento de Estado de 2012) </strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong></strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>EMPOBRECIMENTO </strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong></strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Na Central de Camionagem</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Nem riem os namorados,</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>A tristeza é a bagagem </strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Em fardos muito pesados.</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Os homens passam sisudos,</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Mulheres de caras sofridas,</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Até os putos vão mudos</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>E as moças vão mal vestidas.</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Os velhos vão desistir</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Duma aprazada viagem,</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Com os preços a subir</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Os sonhos vão na voragem</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Entopem as bilheteiras,</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Já se contam os tostões,</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Não há dinheiro nas carteiras</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Foi para o cofre dos ladrões.</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Altifalantes calados</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Para não gastar energia,</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Os passes foram cortados,</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Descontos uma razia.</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Suprimiram os horários</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Por falta de segurança,</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Rasgaram os calendários</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Para sufocar a esperança.</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Camionetas deprimidas</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Estão de regresso à garagem</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>De paredes encardidas</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>O chão a pedir lavagem.</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Voltas «apagada e vil</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Tristeza», como lamento!</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Em vez da «Pátria de Abril»</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>Portugal do sofrimento.</strong></span><br /><br />Novembro de 2011(Carlos Brito)<br /><br />Enviado por: Sérgio Ribeiro</div></div></div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-45215278034315646282011-11-16T15:57:00.001+00:002011-11-16T16:02:29.466+00:00MERKEl E OS GREGOS<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJcXVTIKy46x7tCN5SfC5eD4lTnh743auoA1ZrNSClqrVneD3cxPtb0mWEk4_ewteSClV4i5srzfjjQHdofflWNIRN6yLRJNWgV566zC-CDXaEeeMqkBxXSxZF-aLFzcdAWvS_R1mpglmi/s1600/badalhocas.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 319px; DISPLAY: block; HEIGHT: 261px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5675623445208663458" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJcXVTIKy46x7tCN5SfC5eD4lTnh743auoA1ZrNSClqrVneD3cxPtb0mWEk4_ewteSClV4i5srzfjjQHdofflWNIRN6yLRJNWgV566zC-CDXaEeeMqkBxXSxZF-aLFzcdAWvS_R1mpglmi/s400/badalhocas.jpg" /></a><br /><br /><br /><div>S. R.</div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-54309118645575097432011-11-10T15:55:00.002+00:002011-11-10T16:00:35.992+00:00Poema de Joaquim Pessoa<span style="font-size:130%;">Poema de Joaquim Pessoa - Absolutamente recomendável:</span><br /><br /><strong><span style="color:#cc6600;"><br />Poema de agradecimento à corja </span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Obrigado, excelências. </span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Obrigado por nos destruírem o sonho e a oportunidade de vivermos felizes e em paz. </span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Obrigado pelo exemplo que se esforçam em nos dar de como é possível viver sem vergonha, sem respeito e sem dignidade. </span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Obrigado por nos roubarem. Por não nos perguntarem nada. Por não nos darem explicações. Obrigado por se orgulharem de nos tirar as coisas por que lutámos e às quais temos direito. Obrigado por nos tirarem até o sono. E a tranquilidade. E a alegria. </span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Obrigado pelo cinzentismo, pela depressão, pelo desespero. </span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Obrigado pela vossa mediocridade. E obrigado por aquilo que podem e não querem fazer. Obrigado por tudo o que não sabem e fingem saber. </span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Obrigado por transformarem o nosso coração numa sala de espera. </span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Obrigado por fazerem de cada um dos nossos dias um dia menos interessante que o anterior. Obrigado por nos exigirem mais do que podemos dar. </span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Obrigado por nos darem em troca quase nada. </span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Obrigado por não disfarçarem a cobiça, a corrupção, a indignidade. Pelo chocante imerecimento da vossa comodidade e da vossa felicidade adquirida a qualquer preço. E pelo vosso vergonhoso descaramento. </span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Obrigado por nos ensinarem tudo o que nunca deveremos querer, o que nunca deveremos fazer, o que nunca deveremos aceitar. </span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Obrigado por serem o que são. </span></strong><br /><strong><span style="color:#cc6600;">Obrigado por serem como são. Para que não sejamos também assim. E para que possamos reconhecer facilmente quem temos de rejeitar. </span></strong><br /><span style="color:#cc9933;">Joaquim Pessoa --------------------------------------------------- </span><br /><span style="color:#cc9933;">Joaquim Pessoa nasceu no Barreiro em 1948. Iniciou a sua carreira no Suplemento Literário Juvenil do Diário de Lisboa. O primeiro livro de Joaquim Pessoa foi editado em 1975 e, até hoje, publicou mais de vinte obras incluindo duas antologias. Foram lhe atribuídos os prémios literários da Associação Portuguesa de Escritores e da Secretaria de Estado da Cultura (Prémio de Poesia de 1981), o Prémio de Literatura António Nobre e o Prémio Cidade de Almada. Poeta, publicitário e pintor, é uma das vozes mais destacadas da poesia portuguesa do pós 25 de Abril, sendo considerado um "renovador" nesta área. O amor e a denúncia social são uma constante nas suas obras, e segundo David Mourão Ferreira, é um dos poetas progressistas de hoje mais naturalmente de capazes de comunicar com um vasto público. Bibliografia: "O Pássaro no Espelho", "A Morte Absoluta", "Poemas de Perfil", "Amor Combate", "Canções de Ex cravo e Malviver", "Português Suave", "Os Olhos de Isa", "Os Dias da Serpente", "O Livro da Noite", "O Amor Infinito", "Fly", "Sonetos Perversos", "Os Herdeiros do Vento", "Caderno de Exorcismos", "Peixe Náufrago", "Mas.", "Por Outras Palavras", "À Mesa do Amor", "Vou me Embora de Mim".</span><br /><span style="color:#cc9933;"></span><br /><span style="color:#c0c0c0;">Nela</span>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-56730372585249625132011-10-24T14:54:00.000+01:002011-10-24T14:57:01.133+01:00TABACO<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-GE5ZgnH6xGxLj4d2VHpa9GYkMxSwWR0u_F5o0Af1-n7kxlle6zoCJTERh2Qvss2CDz2e_OjBs6p9Q6_D0-ONLzaHltLeuVvDVLXHUd3TomI50uY2kdl__XaJDMfsxfr_ki4eDgo4fCay/s1600/TABACO.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5667057214490497234" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-GE5ZgnH6xGxLj4d2VHpa9GYkMxSwWR0u_F5o0Af1-n7kxlle6zoCJTERh2Qvss2CDz2e_OjBs6p9Q6_D0-ONLzaHltLeuVvDVLXHUd3TomI50uY2kdl__XaJDMfsxfr_ki4eDgo4fCay/s400/TABACO.jpg" /></a><br /><br /><div>Enviado: Sérgio Ribeiro</div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-50241621462087039152011-10-24T14:50:00.001+01:002011-10-24T14:53:58.162+01:00MANIFESTOUm manifesto de grande indignação!<br /><br />Sr. primeiro-ministro, depois das medidas que anunciou sinto uma força a crescer-me nos dedos e uma raiva a nascer-me nos dentes, como diria o Sérgio Godinho. V. Exa. dirá que está a fazer o que é preciso.<br />Eu direi que V.Exa. faz o que disse que não faria, faz mais do que deveria e faz sempre contra os mesmos. V.Exa. disse que era um disparate a ideia de cativar o subsídio de Natal.<br />Quando o fez por metade disse que iria vigorar apenas em 2011. Agora cativa a 100% os subsídios de férias e de Natal, como o fará até 2013.<br />Lançou o imposto de solidariedade. Nada disto está no acordo com a troika. A lista de malfeitorias contra os trabalhadores por conta de outrem é extensa, mas V.Exa. diz que as medidas são suas, mas o défice não.<br />É verdade que o défice não é seu, embora já leve quatro meses de manifesta dificuldade em o controlar. Mas as medidas são suas e do seu ministro das Finanças, um holograma do sr. Otmar Issing, que o incita a lançar uma terrível punição sobre este povo ignaro e gastador, obrigando-o a sorver até à última gota a cicuta que o há-de conduzir à redenção.<br />Não há alternativa? Há sempre alternativa mesmo com uma pistola encostada à cabeça. E o que eu esperava do meu primeiro-ministro é que ele estivesse, de forma incondicional, ao lado do povo que o elegeu e não dos credores que nos querem extrair até à última gota de sangue.<br />O que eu esperava do meu primeiro-ministro é que ele estivesse a lutar ferozmente nas instâncias internacionais para minimizar os sacrifícios que teremos inevitavelmente de suportar.<br />O que eu esperava do meu primeiro-ministro é que ele explicasse aos Césares que no conforto dos seus gabinetes decretam o sacrifício de povos centenários que Portugal cumprirá integralmente os seus compromissos — mas que precisa de mais tempo, melhores condições e mais algum dinheiro.<br />Mas V.Exa. e o seu ministro das Finanças comportam-se como diligentes directores-gerais da troika; não têm a menor noção de como estão a destruir a delicada teia de relações que sustenta a nossa coesão social; não se preocupam com a emigração de milhares de quadros e estudantes altamente qualificados; e acreditam cegamente que a receita que tão mal está a provar na Grécia terá excelentes resultados por aqui. Não terá. Milhares de pessoas serão lançadas no desemprego e no desespero, o consumo recuará aos anos 70, o rendimento cairá 40%, o investimento vai evaporar-se e dentro de dois anos dir-nos-ão que não atingimos os resultados porque não aplicámos a receita na íntegra.<br />Senhor primeiro-ministro, talvez ainda possa arrepiar caminho. Até lá, sinto uma força a crescer-me nos dedos e uma raiva a nascer-me nos dentes.<br /><br />(Nicolau Santos, Expresso, 15/10/2011)<br />Enviado Sérgio RibeiroManuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-60435818838672644942011-10-13T15:11:00.004+01:002011-10-13T15:27:13.060+01:00O Silva das vacas...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCTx1XbBsSWvOAm4PPXVCqLJkXuoBw_sE5aGpV6v8vdjLeOT_5MF1i7qzVsfYPAWjDOuSNVBY2OqN1xouc-cmNF8S7cbFmG4oUowV7zPrVq8hEE92k83IjkXIs-S2gvhk8cDJ7hw3-mUwh/s1600/silva+das+vacas.bmp"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 191px; FLOAT: left; HEIGHT: 136px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5662983083702077506" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCTx1XbBsSWvOAm4PPXVCqLJkXuoBw_sE5aGpV6v8vdjLeOT_5MF1i7qzVsfYPAWjDOuSNVBY2OqN1xouc-cmNF8S7cbFmG4oUowV7zPrVq8hEE92k83IjkXIs-S2gvhk8cDJ7hw3-mUwh/s400/silva+das+vacas.bmp" /></a><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtbwEDtyJC6lmfLlOZ5bO7_T9_viMp9fpJ39dy3nDPp2TTxQcirbeAkBIY92F6ZbDDg03mTIRk84xxCkLMZjCssKq0FnfYI7ukfhPdw18SbE8Az6pm4wEkQF_3uq_J1NSwKkFrjj4uUG4A/s1600/silva+das+vacas.bmp"></a>Foto net</div><br /><br /><div><br /><div><strong><span style="color:#003333;">O Silva das Vacas </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;"></span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">Algumas das reminiscências da minha escola primária têm a ver com vacas. Porque a D.ª Albertina, a professora, uma mulher escalavrada e seca, mais mirrada que uva-passa, tinha um inexplicável fascínio por vacas. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">Primavera e vacas. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">De forma que, ora mandava fazer redacções sobre a primavera, ora se fixava na temática da vaca. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">A vaca era, assim, um assunto predilecto e de desenvolvimento obrigatório, o que, pela sua recorrência, se tornava insuportavelmente repetitivo. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">Um dia, o Zeca da Maria “gorda”, farto de escrever que a vaca era um mamífero vertebrado, quadrúpede ruminante e muito amigo do homem a quem ajudava no trabalho e a quem fornecia leite e carne, blá, blá, blá, decidiu, num verdadeiro impulso de rebelião criativa, explicar a coisa de outra forma. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">E, se bem me lembro ainda, escreveu mais ou menos isto:</span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">“A vaca, tal como alguns homens, tem quatro patas, duas à frente, duas atrás, duas à direita e duas à esquerda. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">A vaca é um animal cercado de pêlos por todos os lados, ao contrário da península que só não é cercada por um. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">O rabo da vaca não lhe serve para extrair o leite, mas para enxotar as moscas e espalhar a bosta. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">Na cabeça, a vaca tem dois cornos pequenos e lá dentro tem mioleira, que o meu pai diz que faz muito bem à inteligência e, por não comer mioleira, é que o padre é burro como um tamanco. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">Diz o meu pai e eu concordo, porque, na doutrina, me obriga a saber umas merdas de que não percebo nada como as bem-aventuranças. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">A vaca dá leite por fora e carne por dentro, embora agora as vacas já não façam tanta falta, porque foi descoberto o leite em pó. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">A vaca é um animal triste todo o ano, excepto no dia em que vai ao boi, disse-me o pai do Valdemar “pauzinho”, que é dono do boi onde vão todas as vacas da freguesia. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">Um dia perguntei ao meu pai o que era isso da vaca ir ao boi e levei logo um estalo no focinho. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">O meu pai também diz que a mulher do regedor é uma vaca e eu também não entendi. Mas, escarmentado, já nem lhe perguntei se ela também ia ao boi.</span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">”Foi assim. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">Escusado será dizer que a D.ª Albertina, pouco dada a brincadeiras criativas, afinfou no pobre do Zeca um enxerto de porrada a sério. Mas acabou definitivamente com a vaca como tema de redacção. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">Recordei-me desta história da D.ª Albertina e da vaca do Zeca da Maria “gorda”, ao ler que Cavaco Silva, presidente da República desta vacaria indígena, em visita oficial ao Açores, saiu-se a certa altura com esta pérola vacum: </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">“Ontem eu reparava no sorriso das vacas, estavam satisfeitíssimas olhando o pasto que começava a ficar verdejante”! </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">Este homem, que se deixou rodear, no governo, pelo que viria a ser a maior corja de gatunos que Portugal politicamente produziu; este homem, inculto e ignorante, cuja cabeça é comparada metaforicamente ao sexo dos anjos; este político manhoso que sentiu necessidade de afirmar publicamente que tem de nascer duas vezes quem seja mais honesto que ele; este “cagarola” que foi humilhado por João Jardim e ficou calado; este homem que, desgraçadamente, foi eleito presidente da República de Portugal, no momento em que a miséria e a fome grassam pelo país, em que o desemprego se torna incontrolável, em que os pobres são miseravelmente espoliados a cada dia que passa, este homem, dizia, não tem mais nada para nos mostrar senão o fascínio pelo “sorriso das vacas”, satisfeitíssimas olhando o pasto que começava a ficar verdejante”! Satisfeitíssimas, as vacas?! </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">Logo agora, em tempos de inseminação artificial, em que as desgraçadas já nem sequer dispõem da felicidade de “ir ao boi”, ao menos uma vez cada ano!</span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">Noticiava há dias o Expresso que, há mais ou menos um ano e aquando de uma visita a uma exploração agrícola no âmbito do Roteiro da Juventude, Cavaco se confessou “surpreendidíssimo por ver que as vacas, umas atrás das outras, se encostavam ao robô e se sentiam deliciadas enquanto ele, durante seis ou sete minutos, realizava a ordenha”! </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">Como se fosse possível alguma vaca poder sentir-se deliciada ao passar seis ou sete minutos com um robô a espremer-lhe as tetas!!</span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">Não sei se o fascínio de Cavaco por vacas terá ou não uma explicação freudiana. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">É possível. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">Porque este homem deve julgar-se o capataz de uma imensa vacaria, metáfora de um país chamado Portugal, onde há meia-dúzia de “vacas sagradas”, essas sim com direito a atendimento personalizado pelo “boi”, enquanto as outras são inexoravelmente “ordenhadas”! </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">Sugadas sem piedade, até que das tetas não escorra mais nada e delas não reste senão peles penduradas, mirradas e sem proveito.</span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">A este “Américo Tomás do século XXI” chamou um dia João Jardim, o “sr. Silva”. Depreciativamente, conforme entendimento generalizado. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">Creio que não. Porque este homem deveria ser simplesmente “o Silva”. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;"></span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">O Silva das vacas. Presidente da República de Portugal. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">Desgraçadamente. </span></strong><br /><strong><span style="color:#003333;">(Luís Manuel Cunha in Jornal de Barcelos de 05 de Outubro de 2011.) </span></strong><br /><strong></strong></div><br /><br /><br /><div><strong><span style="color:#000000;">Enviado por Sérgio Ribeiro</span></strong></div></div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-47103788807414228122011-10-11T16:14:00.002+01:002011-10-11T16:20:28.928+01:00IVA a 23% e SALÁRIOS MÍNIMOS<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNCC6Ex3yWjJ3POavgxxyZk9vsBoMpBkwkbbIuEZvPJoL5qArGmENdHKw9HUHFJirXwAkTb_jHcC3eHzq3I6T_r45-mLQXKMZpYlLFM_w6-0WcPe1Uaz_h48tJXqcs2X2ZkfP0_-y9t9xs/s1600/IVA+imagesCAW04L2E+i.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 227px; DISPLAY: block; HEIGHT: 222px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5662254402667206306" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNCC6Ex3yWjJ3POavgxxyZk9vsBoMpBkwkbbIuEZvPJoL5qArGmENdHKw9HUHFJirXwAkTb_jHcC3eHzq3I6T_r45-mLQXKMZpYlLFM_w6-0WcPe1Uaz_h48tJXqcs2X2ZkfP0_-y9t9xs/s400/IVA+imagesCAW04L2E+i.jpg" /></a><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#000000;"><strong>Afirma o Sr Ministro das Finanças que o aumento da taxa do IVA para 23% nas facturas do gás e da electricidade é o que se pratica na maioria dos países europeus.</strong></span></div><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#000000;"><strong></strong></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;color:#000000;"><strong>Então comparemos também os SALÁRIOS MÍNIMOS NA EUROPA:</strong></span></div><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#000000;"><strong></strong></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;color:#000000;"><strong>Suíça - 2.916,00€</strong></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;color:#000000;"><strong>Luxemburgo - 1.757,56€</strong></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;color:#000000;"><strong>Irlanda - 1.653,00€</strong></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;color:#000000;"><strong>Bélgica - 1.415,24€</strong></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;color:#000000;"><strong>Holanda - 1.400,00€</strong></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;color:#000000;"><strong>França - 1.377,70€</strong></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;color:#000000;"><strong>Reino Unido - 1.035,00€</strong></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;color:#000000;"><strong>Espanha - 748,30€</strong></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;color:#000000;"><strong>Portugal - 485,00€<br /></strong></span></div><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#000000;"><strong>Estarão a brincar connosco???</strong></span></div><br /><br /><div></div><br /><div>Enviado por Miguel Cunha</div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-58217927399279985292011-10-07T15:28:00.016+01:002011-10-07T15:56:14.186+01:005 de Outubro de 1910 - O TRIUNFO DA RÉPUBLICA<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqLbKY70wZOY0jrV0zcswc6WxrkUKZyq-TuuPeH3j3iQcx5LnmhMVs8jgy-LUC1qDoIg9DcPFX9pI5q3g_AnAbpRU7w1Q5-o4d_lrZ4FS713gs8BMZkXANTUdsg5t48bdNzisk74pSmCog/s1600/6%25C2%25AA.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 258px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660759904266579650" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqLbKY70wZOY0jrV0zcswc6WxrkUKZyq-TuuPeH3j3iQcx5LnmhMVs8jgy-LUC1qDoIg9DcPFX9pI5q3g_AnAbpRU7w1Q5-o4d_lrZ4FS713gs8BMZkXANTUdsg5t48bdNzisk74pSmCog/s400/6%25C2%25AA.jpg" /></a><br /><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrmr5RM5dS8CHShXhPenLt-ehO509FxCbg6QKmQS6-C3F1KwsWlWV4x4De4kD4lB4Q3mIZ_4JXgm0WCjGt4tvQVDg4FwCfkeH2KH_L91S1jjuYQc3gypU3Nzewu7UcigHf-LR-VKfGEYPP/s1600/1%25C2%25AA.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660759150061364834" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrmr5RM5dS8CHShXhPenLt-ehO509FxCbg6QKmQS6-C3F1KwsWlWV4x4De4kD4lB4Q3mIZ_4JXgm0WCjGt4tvQVDg4FwCfkeH2KH_L91S1jjuYQc3gypU3Nzewu7UcigHf-LR-VKfGEYPP/s400/1%25C2%25AA.jpg" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4gTiTk8JLPm7ga92hNYN7Yy7v8A9A27gqy3-VkoQRNoxV4a9N7xSbetVV8Gi_DnYl1ukW47_p-s1lQKUfXW9DqvynzvLbVHRSKHgRAwngDgtz8fLrGMjs70FGBr6WeouljQvrk8sSZqZb/s1600/2%25C2%25AA.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 257px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660759042442239522" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4gTiTk8JLPm7ga92hNYN7Yy7v8A9A27gqy3-VkoQRNoxV4a9N7xSbetVV8Gi_DnYl1ukW47_p-s1lQKUfXW9DqvynzvLbVHRSKHgRAwngDgtz8fLrGMjs70FGBr6WeouljQvrk8sSZqZb/s400/2%25C2%25AA.jpg" /></a><br /><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp6Krv7QK4gUjA4y0zIVXWD8lBv8uj3jy_M7O_ZE10XB2bBA91H6inCaVoGFz5Ebi-7NqFNfnSiIRmZIohx7YcyETxb7dNVZ35va9O0q7ZMjGwrWnGYd2hTHNFGNcpcASIavPWkih-KwVa/s1600/3%25C2%25AA.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 295px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660758928871857330" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp6Krv7QK4gUjA4y0zIVXWD8lBv8uj3jy_M7O_ZE10XB2bBA91H6inCaVoGFz5Ebi-7NqFNfnSiIRmZIohx7YcyETxb7dNVZ35va9O0q7ZMjGwrWnGYd2hTHNFGNcpcASIavPWkih-KwVa/s400/3%25C2%25AA.jpg" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip4wUHLAN-arZ-DB_h4uVPLEzg903x_uIUPPpDJ544rTue2W0BUFhZ_v8_gqPDUWpgY4aEYrUsOOTh8QsfozihNGI7QHKRMpADKAbttiYF6yDxEAg5WYUZCf4Wjtz-bz_NJCVMosGs3En8/s1600/4%25C2%25AA.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 285px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660758811884456066" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip4wUHLAN-arZ-DB_h4uVPLEzg903x_uIUPPpDJ544rTue2W0BUFhZ_v8_gqPDUWpgY4aEYrUsOOTh8QsfozihNGI7QHKRMpADKAbttiYF6yDxEAg5WYUZCf4Wjtz-bz_NJCVMosGs3En8/s400/4%25C2%25AA.jpg" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinsUKSol40brozwtlxd6O0BndP0qmnuN2fPFEqx_-XZYj9sgmIhu4SZqWHORXvDc0QtHy92vCTWSUyVss0U7XbWlQCHDRMxitSXjs73CQSrSjIZTLGsI1GRgKWThmcLtLyU8oO3YhgZD7z/s1600/5%25C2%25AA.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660758718609434290" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinsUKSol40brozwtlxd6O0BndP0qmnuN2fPFEqx_-XZYj9sgmIhu4SZqWHORXvDc0QtHy92vCTWSUyVss0U7XbWlQCHDRMxitSXjs73CQSrSjIZTLGsI1GRgKWThmcLtLyU8oO3YhgZD7z/s400/5%25C2%25AA.jpg" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><div><br /><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-nRP8uTnhBXuo1pbJvt5rXaJJmZ0_vUT9anl0H_KuHdpekjQ8lYRjK5LmpqlQXRzqulUJWgNQS7i1eJ25Gea9XwwqgnLt0MEzoD26L4w6T9liTvounSFHiGqWm1kCJmi391pHj7yjAhhp/s1600/7%25C2%25AA.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 280px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660758502582231458" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-nRP8uTnhBXuo1pbJvt5rXaJJmZ0_vUT9anl0H_KuHdpekjQ8lYRjK5LmpqlQXRzqulUJWgNQS7i1eJ25Gea9XwwqgnLt0MEzoD26L4w6T9liTvounSFHiGqWm1kCJmi391pHj7yjAhhp/s400/7%25C2%25AA.jpg" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc65Kyk9WKDkbGHPRX2ekFyKEUjxzhxGdGUxPwuGiB_V3NmvufHKF3AW9kll4kmO6DZ5rkbIa44ZKdXKEI52cZ60HwN8NQLaIVXfzJAyDMqWTGgHeqVJrerpXKeAlAS00xJDQF7yzYMcGg/s1600/8%25C2%25BA.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 150px; DISPLAY: block; HEIGHT: 250px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660758346862651298" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc65Kyk9WKDkbGHPRX2ekFyKEUjxzhxGdGUxPwuGiB_V3NmvufHKF3AW9kll4kmO6DZ5rkbIa44ZKdXKEI52cZ60HwN8NQLaIVXfzJAyDMqWTGgHeqVJrerpXKeAlAS00xJDQF7yzYMcGg/s400/8%25C2%25BA.jpg" /></a><br /></div><br /><br /><br /><div><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9TNZoqlpNu1UwexEMRfSOZXPNF4gghxgysVdIhiXeMD4JWK1p8hcGOXvSTuP4NSeprVqmT-aSZRRLwFOFDgJchyphenhyphenQdt5LDrHWqHuZBVfwfdV7e2F-4dXDeBWWe3r4skjCzt1OecXs81SYK/s1600/10%25C2%25BA.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 265px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660758216256339106" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9TNZoqlpNu1UwexEMRfSOZXPNF4gghxgysVdIhiXeMD4JWK1p8hcGOXvSTuP4NSeprVqmT-aSZRRLwFOFDgJchyphenhyphenQdt5LDrHWqHuZBVfwfdV7e2F-4dXDeBWWe3r4skjCzt1OecXs81SYK/s400/10%25C2%25BA.jpg" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkgR7iuVMuz0V4L0X75oYFPknI4F9WUZSdVl8ffC0nDYQefG3gKmj8sH-1g4ti7zKF3xz0nQ6a3_oTTH5qWoXDs4gk4_63yqvf9n46Y2TSVeww6nPn0eHE4fFZDTLR6ctmTzEvafZdNoXq/s1600/11%25C2%25BA.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 265px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660758088661969602" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkgR7iuVMuz0V4L0X75oYFPknI4F9WUZSdVl8ffC0nDYQefG3gKmj8sH-1g4ti7zKF3xz0nQ6a3_oTTH5qWoXDs4gk4_63yqvf9n46Y2TSVeww6nPn0eHE4fFZDTLR6ctmTzEvafZdNoXq/s400/11%25C2%25BA.jpg" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 281px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660757793231765538" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbcHC1ngHQRrLFPyOsnmVO4s1ecMfbBzZ5uQ15gdD6q_ywm6G_hlkbIlmf2lpmSVfn_by5dfd6I7tA6SXScBD2ZeEdg_LDMpC4QVXhNXiGddDY36GWIZoQWH-iwJrnjVcdO0ujX66o20dZ/s400/12%25C2%25BA.jpg" /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div><strong><span style="font-size:180%;color:#000000;">5 de outubro de 1910 - O triunfo da Républica<br /></span></strong></div><br /><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#330033;">Ruas da ConspiraçãoO Rossio e o Café Gelo "A grande sala revolucionária"como lhe chamava Aquilino Ribeiro, encontravam-se regularmente republicanos.</span></div><br /><br /><br /><div><span style="font-size:130%;color:#330033;">Além do Café Gelo houve em Lisboa vários outros cafés que são referidos como ponto de encontro de revolucionários republicanos. De acordo com uma reportagem publicada em 1911 na Ilustração Portuguesa, havia também o “café dos anarquistas”,na travessa da Trindade, e “A Brazileira, onde se reuniram diversos revolucionários”ou ainda o “Café Colon”, na Travessa da Palha, também ponto de reuniãode revolucionários.</span></div><br /><br /><br /><div><span style="color:#330033;"><span style="font-size:130%;">Imagens da República em cima.</span><br /><br /></span><span style="font-size:130%;"><span style="color:#660000;"><strong>MULHERES NA REPÚBLICACAROLINA BEATRIZ ÂNGELO (1877-1911)</strong> </span></span></div><br /><br /><br /><div><span style="font-size:180%;color:#330033;">Médica e militante nas primeiras organizações de mulheres queem Portugal lutaram por direitos civis e políticos, Carolina Beatriz Ângelo teve uma vida breve mas muito intensa. Pioneira em várias frentes, foi a primeira médica no país a exercer aprática cirúrgica e a primeira mulher em Portugal a exercer o direito de voto, numa época em que o sufrágio feminino era reclamado no país, mas não reconhecido. Aproveitando uma omissão na primeira lei eleitoral da República- que não contemplava nem excluía o sufrágio feminino - Carolina Beatriz Ângelo, viúva ecom uma filha a cargo, conseguiu, ao fim de uma batalha jurídica, ser incluída nos cadernos eleitorais, alegando ser economicamente independente, como requeria a lei.</span></div><br /><br /><br /><div><span style="font-size:180%;color:#330033;">E a 28 de Maio de 1911, na freguesia de S. Jorge de Arroios,onde foi inscrita com o nº 2.513, exerceu o seu direito de voto para a Assembleia Nacional Constituinte. " Fui assistir à abertura das Constituintes e digo-lhe que nunca em minha vida senti tamanha comoção. Sim, o que eu senti, o que todos sentimos só se experimenta uma vez na vida.</span></div><br /><br /><div></div><br /><div><span style="color:#993300;">"( CAROLINA BEATRIZ ÂNGELO, IN CARTA A ANA DE C. OSÓRIO, DE 2/7/1911 )</span></div><br /><br /><div></div><br /><div>Enviado por Sérgio Ribeiro</div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-17243078230525335552011-09-30T15:52:00.002+01:002011-09-30T15:58:49.588+01:00RENOVAÇÃO COMUNISTA<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV_tC1Xp7VstZ5QlknyKzjqgjI_iRVHtXQDqK3CNvAR-WgCYVGi0UuQ6aWNyWEBCCdXpfFRoX0me0eZXDDGV36ZDEiNRKv98GDawnSuRRtQadILZdiXVzasNz0Mw1IgMT_TTh1v9f-FKO6/s1600/Karl+Marks.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 272px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5658167093555317506" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV_tC1Xp7VstZ5QlknyKzjqgjI_iRVHtXQDqK3CNvAR-WgCYVGi0UuQ6aWNyWEBCCdXpfFRoX0me0eZXDDGV36ZDEiNRKv98GDawnSuRRtQadILZdiXVzasNz0Mw1IgMT_TTh1v9f-FKO6/s320/Karl+Marks.jpg" /></a><br /><br /><div><strong><em><span style="color:#990000;"><span style="font-size:130%;color:#660000;">Renovação Comunista<br />O estado de encolher obrigatório<br /></span><br />Até às próximas legislativas, sejam elas quando forem, e perante as consequências políticas dos resultados eleitorais de 5 de Junho, se a resposta do centro-esquerda e da esquerda parlamentar aos anos de chumbo social que se começou a abater sobre a vida dos portugueses se mantiver num plano equivalente ao que se passou até à queda do XVIII governo, a direita irá ter pela frente anos de wine and roses bastando-lhe ir renovando os seus actores políticos para manter o mesmo rumo da governação do país.<br /><br />E não será porque o movimento sindical decida cruzar os braços e resignar-se ou porque a esquerda extra-parlamentar, movimentos sociais, manifestos, greves, e o tutti quanti destas situações deixem de manifestar a sua oposição ao memorando de entendimento e as suas adjacência, porventura com mais radicalidade do que aquelas que se têm verificado agora. Ainda estamos na fase do primeiro estranha-se. Quando a extensão dos efeitos do encolher obrigatório se fizerem sentir na profundidade das rotinas dos portugueses fazendo delas um quotidiano insuportável, quando as segundas linhas da segurança social – a solidariedade familiar – começarem a abrir brechas, a tergiversação sobre quem foi o culpado talvez dê lugar à necessidade urgente de por cobro à carnificina social que está a atingir a sociedade portuguesa. Congelar vencimentos e pensões, programar o despedimento de funcionários públicos, promover de êxodo de milhares de jovens, aumentar o IVA de bens e serviços, limitar o acesso e a oferta de cuidados de saúde, encerrar e limitar o funcionamento de estabelecimentos de ensino, privatizar o que era rentável para os cofres do Estado, a isto não se chama austeridade. É literalmente um blitkzrieg sobre as condições de vida da maioria absoluta dos portugueses. Sejam eles de direita, de esquerda, dos vários centros ou hipoteticamente de coisa nenhuma. Presume-se que não era bem neste programa que os eleitores que votaram nesta maioria estavam a pensar, ou que ele só se aplicaria aos “malandros” dos eleitores de esquerda. Agora já se sabe que quando as dores atacam, alguns vão conseguindo escapar, mas o critério não é a opção partidária. Trata-se, portanto, de pensar a resposta política que as actuais condições exigem. As que sumariamente foram inventariadas mais as que resultam de uma desarticulação entre os processos formais e informais de oposição a esta política. Se o movimento de refluxo e o défice de oposição está a ser aproveitado pelo governo para redesenhar o mapa social e económico do país será aí que as perguntas devem ser colocadas. Não as que as tendências dos gráficos respondem. Mas as perguntas que obrigam uma mudança na aplicação dos compromissos assumidos com as organizações internacionais. Isso exige mais do que avanços e recuos tácticos, à velha maneira, mas uma refundação na forma e nos termos dos acordos que a situação exige. E esse objectivo não pode deixar de ser simultaneamente um desígnio: as desigualdades sociais que no todo explicam a situação em que estamos jamais se deverão repetir. Será esse o ponto de chegada para quem estiver disponível para assinar o outro memorando de entendimento.<br /></span></em></strong><br /><em><span style="color:#330033;"><strong>Cipriano Justo</strong></span></em></div><br /><div></div><br /><div><span style="color:#666666;">Enviado por Sérgio Ribeiro</span></div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-14134000908767479112011-09-21T10:32:00.004+01:002011-09-21T10:51:21.369+01:00Poesia roubada<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZAv5Oww5Vkg8KHlGT4ujP8P0OnPRXt1FpjYW309Fm0aXsOdRs9_LoULtDsS-zZldeNN_cN0VdN59FOjsxkYxfV-JvY-hsHMKHigNFkyh9_1ahF7ZMWt0DGCkSn4IM_AJwJSHTUH060m_w/s1600/neruda.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 151px; FLOAT: left; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5654746635553665106" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZAv5Oww5Vkg8KHlGT4ujP8P0OnPRXt1FpjYW309Fm0aXsOdRs9_LoULtDsS-zZldeNN_cN0VdN59FOjsxkYxfV-JvY-hsHMKHigNFkyh9_1ahF7ZMWt0DGCkSn4IM_AJwJSHTUH060m_w/s200/neruda.jpg" /></a><br /><br /><br /><div><strong><em><span style="color:#330033;">Mentem os que disseram que eu perdi a lua,</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="color:#330033;">os que profetizaram meu porvir de areia,</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="color:#330033;">asseveraram tantas coisas com línguas frias:</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="color:#330033;">quiseram proibir a flor do universo.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="color:#330033;">"Já não cantará mais o âmbar insurgente</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="color:#330033;">da sereia, não tem senão povo.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="color:#330033;">"E mastigaram seus incessantes papéis</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="color:#330033;">patrocinando para minha guitarra o esquecimento.</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="color:#330033;">Eu lhes lancei aos olhos as lanças deslumbrantes</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="color:#330033;">de nosso amor cravando teu coração e o meu,</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="color:#330033;">eu reclamei o jasmim que deixavam tuas pegadas</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="color:#330033;">Eu me perdi de noite sem luz sob tuas pálpebra</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="color:#330033;">se quando me envolveu a claridade</span></em></strong></div><br /><br /><div><strong><em><span style="color:#330033;">nasci de novo, dono de minha própria treva.</span></em></strong></div><br /><br /><div>Pablo Neruda</div><br /><div>Retirado do blog - "Amor feito poesia" - <a href="http://poesiaseternas2.blogspot.com/">http://poesiaseternas2.blogspot.com/</a></div><br /><div>Nela</div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-38790971951679401192011-09-16T14:54:00.003+01:002011-09-16T14:58:49.108+01:00Nenhum home é uma ilha ...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqxMsrGCw57Xii8XJiBY-8Qs_dlr52bE3diwIDT_hIc-d2mekEytDICYwRSN32YzY6KZ1xO7NsWsIdA8Pm0UtO4J5pvCj-YFeGyfG7Ukrs8w9uq-L1BWqXsqigpsALv17P2-ip7CzKFsxV/s1600/homem+ilha.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 269px; DISPLAY: block; HEIGHT: 187px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5652955836710020930" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqxMsrGCw57Xii8XJiBY-8Qs_dlr52bE3diwIDT_hIc-d2mekEytDICYwRSN32YzY6KZ1xO7NsWsIdA8Pm0UtO4J5pvCj-YFeGyfG7Ukrs8w9uq-L1BWqXsqigpsALv17P2-ip7CzKFsxV/s400/homem+ilha.jpg" /></a><br /><br /><div><a href="http://www.blogger.com/profile/16783638067742873863" rel="nofollow">Paulo Sempre</a> disse...<br /></div><br /><div><span style="color:#663300;">NENHUM HOMEM É UMA ILHA ISOLADA.</span></div><br /><div><span style="color:#663300;">CADA HOMEM É UMA PARTÍCULA DO CONTINENTE, UMA PARTE DA TERRA;</span></div><br /><div><span style="color:#663300;">SE UM TORRÃO É ARRASTADO PARA O MAR, A EUROPA FICARÁ DIMINUÍDA, COMO SE FOSSE A CASA DO TEU AMIGO OU DA TUA PRÓPRIA CASA.</span></div><br /><div><span style="color:#663300;">A MORTE DE QUALQUER HOMEM DIMINUI-ME, PORQUE SOU PARTE DO GÉNERO HUMANO.</span></div><br /><div><span style="color:#663300;">E, SE DOBRAM OS SINOS,</span></div><br /><div><span style="color:#663300;">NÃO PERGUNTES POR QUEM DOBRAM OS SINOS - </span></div><br /><div><span style="color:#663300;">ELES DOBRAM POR TI."</span></div><br /><div><span style="color:#663300;"></span></div><br /><div><span style="color:#663300;">(John Donne) </span></div><br /><div><span style="color:#663300;"></span></div><br /><div><span style="color:#663300;">Blog " FILHOS DE UM DEUS MENOR "</span> </div><br /><div><a href="http://filhosdeumdeusmenor.blogspot.com/">http://filhosdeumdeusmenor.blogspot.com/</a></div><br /><div></div><br /><div><span style="color:#666666;">Manela ramos Cunha</span></div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2335949323886622825.post-72502527666054273252011-09-15T15:39:00.004+01:002011-09-15T16:40:37.405+01:00Sozinhos até no meio da multidão<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhieoUA1PpasWU-WizqFqgekxW10YqCdqVAFhPwiBhXT6tH4nvo8e82p0TZPodugE_aw9XrIhkB-1p8Iw0xAdJRkKIstf_TCuHg3lfoiYvEKZnrkNCq65e382VWs3_oGK3ZMXcBthI3E0zO/s1600/FORAS_%257E1.JPG"><strong><span style="color:#663300;"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 288px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5652596324954847634" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhieoUA1PpasWU-WizqFqgekxW10YqCdqVAFhPwiBhXT6tH4nvo8e82p0TZPodugE_aw9XrIhkB-1p8Iw0xAdJRkKIstf_TCuHg3lfoiYvEKZnrkNCq65e382VWs3_oGK3ZMXcBthI3E0zO/s400/FORAS_%257E1.JPG" /></span></strong></a><strong><span style="color:#663300;"><br /></span></strong><br /><br /><br /><br /><div><strong><span style="color:#990000;">15 Setembro 2011<br /></span></strong><a name="1219557787966256948"></a><br /><a href="http://filhosdeumdeusmenor.blogspot.com/2011/09/sozinhos-ate-no-meio-da-multidao.html"><strong><span style="color:#990000;">"SOZINHOS ATÉ NO MEIO DA MULTIDÃO"</span></strong></a><strong><span style="color:#990000;"><br /></span></strong><a style="MARGIN-LEFT: 1em; MARGIN-RIGHT: 1em" href="http://4.bp.blogspot.com/-34C9VYCP-EI/TnIKlq4FOpI/AAAAAAAAEMo/9kBrLcRWtWM/s1600/For%25C3%25A7as+de+Seguran%25C3%25A7a.jpg" imageanchor="1"></a><br /><strong><span style="color:#990000;">"A verdadeira liberdade é um acto puramente interior, como a verdadeira solidão: devemos aprender a sentir-nos livres até num cárcere, e a estar sozinhos até no meio da multidão."<br /><br />(Massimo Bontempelli)<br /></span></strong></div><br /><div><strong><span style="color:#663300;"><br /><span style="color:#330000;">«Troika é a designação atribuída à equipa composta pelo Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia. Tem origem na palava russa troika, que designa um comité de três membros. Na política, a palavra troika designa uma aliança de três personagens do mesmo nível e poder que se reúnem para a gestão de uma entidade ou para completar uma missão.<br />A troika é assim composta por uma equipa de consultores, analistas e economistas responsáveis pela negociação com os países que solicitam um pedido de resgate financeiro, de forma a consolidar as suas contas públicas. Esta equipa desloca-se aos países e analisa exaustivamente as despesas e receitas dos Estados durante algumas semanas, contando com a colaboração dos vários organismos do Estado e dos partidos da oposição, assim como das ordens profissionais e associações de apoio ao consumidor.<br />Após a análise da troika é elaborado um memorando, onde são apresentadas medidas a executar para estabilizar as contas públicas, os prazos e os montantes de dinheiro que serão entregues ao país.»<br />Agora todos vamos estabilizar as contas públicas....Os que as desequilibraram - esse ficam de fora - andam algures "semi-escondidos" - lá fora e cá dentro - não vá o Povo - na sua revolta - pedir-lhes contas..<br />Afinal...tudo o vento levou...<br /></span></span></strong></div><br /><div><span style="color:#996633;"><strong>PAULO </strong></span></div><br /><div></div><br /><div><a href="http://filhosdeumdeusmenor.blogspot.com/">http://filhosdeumdeusmenor.blogspot.com/</a> - <span style="color:#996633;"><strong>Blog - "FILHOS DE UM DEUS MENOR"</strong></span></div><br /><div><span style="color:#996633;"><strong>PAULO SEMPRE</strong></span></div><br /><div></div><br /><div>Manuela Ramos Cunha - Cerejas de Maio) e Blog LEMMA - MANUEL CUNHA</div>Manuel Cunhahttp://www.blogger.com/profile/03499676239861838637noreply@blogger.com1