(Comentário ao Orçamento de Estado de 2012)
EMPOBRECIMENTO
Na Central de Camionagem
Nem riem os namorados,
A tristeza é a bagagem
Em fardos muito pesados.
Os homens passam sisudos,
Mulheres de caras sofridas,
Até os putos vão mudos
E as moças vão mal vestidas.
Os velhos vão desistir
Duma aprazada viagem,
Com os preços a subir
Os sonhos vão na voragem
Entopem as bilheteiras,
Já se contam os tostões,
Não há dinheiro nas carteiras
Foi para o cofre dos ladrões.
Altifalantes calados
Para não gastar energia,
Os passes foram cortados,
Descontos uma razia.
Suprimiram os horários
Por falta de segurança,
Rasgaram os calendários
Para sufocar a esperança.
Camionetas deprimidas
Estão de regresso à garagem
De paredes encardidas
O chão a pedir lavagem.
Voltas «apagada e vil
Tristeza», como lamento!
Em vez da «Pátria de Abril»
Portugal do sofrimento.
Novembro de 2011(Carlos Brito)
Enviado por: Sérgio Ribeiro
EMPOBRECIMENTO
Na Central de Camionagem
Nem riem os namorados,
A tristeza é a bagagem
Em fardos muito pesados.
Os homens passam sisudos,
Mulheres de caras sofridas,
Até os putos vão mudos
E as moças vão mal vestidas.
Os velhos vão desistir
Duma aprazada viagem,
Com os preços a subir
Os sonhos vão na voragem
Entopem as bilheteiras,
Já se contam os tostões,
Não há dinheiro nas carteiras
Foi para o cofre dos ladrões.
Altifalantes calados
Para não gastar energia,
Os passes foram cortados,
Descontos uma razia.
Suprimiram os horários
Por falta de segurança,
Rasgaram os calendários
Para sufocar a esperança.
Camionetas deprimidas
Estão de regresso à garagem
De paredes encardidas
O chão a pedir lavagem.
Voltas «apagada e vil
Tristeza», como lamento!
Em vez da «Pátria de Abril»
Portugal do sofrimento.
Novembro de 2011(Carlos Brito)
Enviado por: Sérgio Ribeiro