quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Guerra aberta entre Belém e São Bento


Em título de primeira página, o Diário de Notícias, de hoje diz que "Cavaco explica pouco e declara guerra ao "partido do Governo". A questão das escutas e a declaração do presidente da República, são assunto do editorial, sob o título "Falar sem dizer nada". Nele, o articulista diz que o Presidente da República falou ontem ao País, "não esclarecendo nada do que era essencial esclarecer(se desconfia ou não de que a Presidência andou a ser "espiada" por elementos do gabinete de José Sócrates, como o Público noticiou no passado dia 18 de Agosto), e atirou mais lenha para a fogueira da guerra política com "o partido do Governo". Cavaco Silva, diz o editorialista, "resguardou-se no simbolismo do seu cargo para ser ambíguo no que era importante e até fazer demagogia". Depois de outras considerações e críticas às declarações de Cavaco, o editorial do DN diz que "não há memória de um discurso tão pobre de um Presidente da República Portuguesa", que "fez o pleno das críticas logo a seguir em todos os canais da televisão, e fragilizou-se ainda mais, não conseguindo iludir o essencial: que esta polémica resulta apenas de o Presidente da República não ser capaz de desfazer sem tibiezas nem artifícios um problema montado por um dos seus assessores que depois mudou de lugar, mas não foi deixado cair, e que isso está à vista de toda a gente". E termina, desta forma: "com um PR em crise de credibilidade, incapaz de assumir os erros, Portugal não está bem. José Sócrates vai poder gerir o País sem o contraponto de um Presidente de todos os portugueses, e Cavaco vai ter de pensar se tem condições para se recandidatar". O BE, o PCP e o CDS querem saber mais sobre este caso e exigem explicações complementares, enquanto o PSD, através do seu secretário-geral Marques Guedes, lamentou que o "esclarecimento" do PR não tenha sido feito antes das eleições, para que os portugueses votassem "de forma mais esclarecida". Registem-se ainda as declarações de Pacheco Pereira, um estratega da campanha eleitoral de Manuela Ferreira Leite, que afirmou ser "o fundamental da mensagem do PR o ele ter dito que "com intenção hostil" dirigentes do PS tentaram por duas vezes colar o Presidente ao PSD.

Fonte: Jornal "Diário de Notícias"




Desapareceram 30 milhões num negócio de Portas com submarinos


Depois da euforia do resultado das eleições legislativas, do passado domingo, beneficiando da queda do PSD, o caso dos submarinos volta a ensombrar Paulo Portas. O Ministério Público procura 30 milhões de Euros que foram pagos pelo consórcio alemão à ESCOM, empresa do Grupo Espírito Santo. Procuradores do MP entraram em três escritórios de advogados à procura de provas sobre o negócio da compra de dois submarinos conduzido, em 2004, por Paulo Portas, quando era ministro da Defesa. Um caso para acompanhar!

Fonte: "Diário de Notícias"

Autárquicas Famalicão - Protagonistas e Propostas




Fonte: JN

Autárquicas Famalicão - Protagonistas e Propostas




Fonte: JN

Autárquicas Famalicão - Protagonistas e Propostas




Fonte: JN

Autárquicas Famalicão - Protagonistas e Propostas




Fonte: JN

Armindo Costa homenageia professores


No "Dia do Município", a Câmara de VN de Famalicão promoveu uma homenagem simbólica aos professores recentemente aposentados, distinguindo 34 docentes do concelho com a medalha de reconhecimento municipal. A cerimónia realizou-se no Centro de Estudos Camilianos, em Seide, contando com a presença de muitos professores. Entre os premiados, conta-se Ivo Machado, que foi professor na Escola D.Sancho I durante 35 anos. Ouvido, este docente disse que esta homenagem deveria partir, antes de mais, das escolas, mas "como as escolas não entendem isso, esta é uma forma de acabar em beleza a carreira", defendendo "que os professores podem e devem ser grandes referências dos jóvens". No seu discurso, Armindo Costa, presidente da Câmara, tinha já sublinhado a gratidão do município aos professores, cujo trabalho considera ser muitas vezes invisível e incompreendido, acrescentando que "um professor é uma referência para a nossa vida", e que "nos olhos de cada um via a centelha do amor ao ensino e à vida, que não se apaga, já que a sociedade não pode esquecer a vossa missão pedagógica e educativa".

Fonte: Jornal "Opinião Pública"

terça-feira, 29 de setembro de 2009

5 de Outubro - Dia mundial do professor

INVESTIR NOS PROFESSORES


"Para construir o futuro, invistamos nos professores, agora!" é o lema escolhido pela UNESCO e pela Internacional de Educação para, este ano, assinalar o Dia Mundial dos Professores. Nada mais verdadeiro e adequado se tivermos em conta a realidade portuguesa, parecendo, até, que se pretendeu enviar um recado aos nossos políticos.
Depois de uma Legislatura em que os professores foram alvo dos ataques mais soezes desferidos pelo Governo e, em especial, pelos responsáveis do Ministério da Educação, o tempo é de natural expectativa. Nesse quadro, espera-se que os governantes assumam como primeiro e grande desafio da Legislatura, na Educação,
voltar a ganhar os professores: valorizando-os socialmente e reconhecendo publicamente a importância do seu papel na escola e na sociedade; respeitando a sua autonomia profissional para que se crie o espaço indispensável à afirmação da profissionalidade docente; fazendo saber que contam com os docentes, não apenas para que apliquem as medidas, mas,
também, apelando à sua participação na definição das políticas que as justificam; dignificando e valorizando o seu estatuto profissional e de carreira, eliminando as graves distorções nele introduzidas por via da imposição; melhorando as condições em que exercem a sua profissão? Nesse sentido, torna-se indispensável um forte investimento nos professores e educadores, agora! Um investimento e um esforço que não podem ser adiados se, efectivamente, houver intenção de construir um futuro melhor, orientado para o progresso e o desenvolvimento.
Os professores e educadores foram maltratados pelo Governo que cessa funções e esperam (exigem)uma postura diferente dos próximos governantes. Uma expectativa que, legitimamente, aumentou quando perceberam que o tema da Educação esteve no centro do debate político em período pré-eleitoral e ouviram os compromissos que os partidos assumiram ao longo da campanha.
Dados recentemente divulgados pela OCDE no âmbito do seu relatório "Education at a Glance 2009", confirmam que, em Portugal, se arrastam problemas graves que se reflectem em défices profundos de que não nos conseguimos livrar. A OCDE recomenda o investimento na Educação, o que não surpreende, pois sabemos que o combate àqueles défices, que se reflectem, com particular expressão, nas elevadas taxas de abandono e insucesso escolares, só será eficaz com uma forte aposta numa Escola Pública da mais elevada qualidade. Uma aposta que, para ser ganha, exige que se garanta um corpo docente qualificado, estabilizado, dignificado e valorizado. É, pois, muito feliz um lema destes, que considera determinante, para a construção do futuro, o investimento, agora, nos professores; são, por isso, legítimas as expectativas dos docentes em relação à Legislatura que agora se inicia; é, por fim, natural que os professores continuem a considerar a sua profissão como uma profissão de futuro. Um futuro que os professores querem construir, envolvendo-se de forma empenhada e apaixonada nessa construção. Sabem os professores, daí a sua expectativa, que depois da tempestade chega sempre a bonança, mas como também sabem que nada lhes chega do céu, a sua expectativa é acompanhada por uma grande determinação para continuarem a sua luta, porque da luta nunca se desiste! porque... se deve ser exigente!
Mário Nogueira
Secretário-Geral da FENPROF

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Por que voto em Adelino Mota, do Bloco de Esquerda


Logo após ter sido tornada conhecida a candidatura de Adelino Mota, como candidato do Bloco de Esquerda, em Riba de Ave, às próximas eleições autárquicas de 11 de Outubro, tomei a decisão de o apoiar nessas eleições, dando-lhe conhecimento da minha decisão. Na mesma altura, informei-o de que só tornaria pública essa minha vontade no dia seguinte às eleições para a Assembleia da República, que ontem tiveram lugar, já que desejava evitar que essa minha decisão pudesse eventualmente ter qualquer implicação com as eleições legislativas, e isso tanto mais porque foi diferente o meu sentido de voto nas eleições de ontem. Esta declaração é, pois, a assunção pública de um compromisso assumido há tempos, divulgado no timing estabelecido e que hoje, como se sabe, adquiriu uma maior consistência. Feito este introito, que me pareceu conveniente por razões óbvias, que se reconhecerão, passemos ao essencial. Há uma experiência de gestão autárquica que está por fazer em Riba de Ave. É a experiência do Bloco de Esquerda. Todos os outros partidos geriram já a Junta em mais de um mandato, com o trabalho que se conhece, e que acabou por não merecer a continuação da confiança dos eleitores. É, portanto, chegada a altura de conceder uma oportunidade ao Bloco de Esquerda, e fazer-se a experiência do seu modo de gestão da coisa pública. Força política que, em crescendo, tem vindo a merecer o apoio de muitos milhares de portugueses, como o comprovaram as últimas eleições, nomeadamente as de ontem, o BE é um partido abrangente, de causas e de valores democráticos e progressistas. Localmente, o seu candidato Adelino Mota, é um activista de insuspeita lisura, com provas dadas de firmeza e determinação, quer na actividade sindical, que exerceu durante anos entre os operários têxteis, quer no desempenho de funções de deputado pelo BE na Assembleia Municipal e na Assembleia de Freguesia. Nas listas apresentadas, em Riba de Ave, pelos outros partidos não se regista qualquer renovação que indicie alterações do estilo de intervenção a que nos habituaram no passado, e que os eleitores acabaram por rejeitar. Ora, a repetição de candidatos provoca repulsas e cansaços, dando a ideia de ausência de alternativas e a convicção de serem sempre os mesmos e todos iguais, a reclamarem-se de um tempo excessivamente longo para se afirmarem, tempo que não se compagina com a urgência de resolver os problemas que afectam as pessoas, e que hoje está mesmo posto em causa pela própria legislação eleitoral. Por outro lado, a lógica das eleições é muito diferente, tratando-se de eleições autárquicas - entendida essa lógica como programas, protagonistas, objectivos e estratégias. E na prática, não vigorando o princípio da colegialidade do órgão executico da Junta - que remete para uma concepção presidencialista em que um qualquer autocrata põe e dispõe a seu bel-prazer(como sobram exemplos por aí) - o candidato Adelino Mota assume-se de uma prática política de abertura ao diálogo, de auscultação da opinião dos outros. Sem ressaibos de pessoalização, em que toda e qualquer crítica é tida como um ataque pessoal e o facciosismo uma postura indescartável, e também porque se faz acompanhar de jóvens candidatos com vontade e capacidade de incentivarem a vertente cultural na vida social local, sem a qual não há desenvolvimento ou afirmação de identidade, Adelino Mota merece o nosso apoio para um mandato de mudança, que verdadeiramente reponha Riba de Ave nos caminhos do progresso. O desenvolvimento local é o território da cidadania, por excelência. É preciso construir uma consciência social e política que a integre no discurso sobre os problemas locais, de que tem estado sistemáticamente fora, já que remetida para uma discussão nacional, distanciada. E, incontornavelmente, em sociedades como as de hoje, não há desenvolvimento local sem cidadania e sem democracia participada. Quem não apelar a essa participação, fecha-se e não contribui para o enriquecimento social, cultural e económico da comunidade. Adelino Mota, como inovação que de facto representa, e congregando, à partida, os anseios que animam todos os ribadavenses, justifica plenamente o apoio dos eleitores, em geral, nas eleições autárquicas do dia 11 de Outubro.

Manuel Cunha

O novo grupo parlamentar do Bloco de Esquerda


Nas eleições legislativas de ontem, o Bloco de Esquerda elegeu 16 deputados, pelos círculos eleitorais de Aveiro(1), Braga (1), Coimbra (1), Faro (1), Leiria (1), Lisboa (5), Porto (3), Santarém (1) e Setúbal (2). O coordenador do BE, Francisco Louçã, agradeceu aos mais de 550 mil eleitores que votaram no Bloco, que mostrou ser uma esquerda alternativa e de resposta, que derrotou a maioria absoluta do PS.

Fonte: Esquerda net

PS vence as eleições, perdendo a maioria absoluta

Perdendo 500.000 votos em relação às eleições legislativas de 2005, o PS ganhou, contudo, as legislativas de ontem, ficando o PSD a pouco mais de 7 pontos de distância do resultado dos socialistas. Esta vitória do PS, sem maioria absoluta, era o cenário mais provável admitido para as eleições. A perda da maioria absoluta constitui um factor da maior importância no quadro da luta contra a política de direita e por uma viragem na vida política nacional. Sem desvalorizar os cenários prováveis que continuam de promover uma política com apoios que permitam o prosseguimento da política de direita, o certo é que todos quantos aspiram a uma mudança de rumo têm agora condições de condicionar e influenciar o processo político, e de limitar novas ofensivas e ataques aos direitos dos trabalhadores e corrigir injustiças. Em terceiro lugar, um tanto surpreendentemente, ficou o CDS-PP, que beneficiou claramente da fraca votação do PSD. Em quarto lugar, fixou-se o Bloco de Esquerda, que ganhou cerca de 200.000 votos em relação às eleições de 2005. Em quinto lugar, colocou-se a CDU, que teve contudo uma subida de mais de 30.000 votos relativamente às legislativas de 2005. A vitória do PS é uma vitória de Pirro, que o colocou numa situação de ter de negociar futuramente as decisões governamentais ou com o CDS-PP ou PSD, ou BE e CDU, estes dois conjuntamente, já que nenhum deles garante só por si a maioria parlamentar com o PS. A distribuição de lugares na Assembleia da República ficou constituida do seguinte modo: PS, 96 Deputados; PSD, 78; CDS-PP, 21, BE, 16, e CDU, 15. Há outros aspectos da eleição de ontem que interessa analisar, quer a nível nacional quer a nível local e regional. Vamos fazer essa análise logo que tenhamos dados concretos para o efeito, e publicá-la-emos de seguida. Desde já, anotemos que o PS ganhou no Distrito de Braga, onde o BE elegeu 1 deputado, pela primeira vez, e venceu no concelho de Famalicão. De registar ainda que a CDU foi última em todas as freguesias do concelho de Famalicão, com excepção das freguesias de Arnoso Santa Eulália, Oliveira S.Mateus, Pedome, Riba de Ave e Sezures, sendo ultrapassada pelo Bloco de Esquerda. Entretanto, já está lançada a corrida para as eleições autárquicas do próximo dia 11 de Outubro, que constituem um novo momento para defender ao nível local projectos de ruptura e mudança, com vista à construção de um país de progresso e uma vida melhor, aspiração que passa profundamente por soluções que só a esquerda assegura e por candidatos credíveis. Trataremos as eleições autárquicas com o mesmo estatuto que criámos para as legislativas, ou seja, trabalharemos todas as informações que nos forem enviadas pelos partidos concorrentes para tal efeito, com tratamento igual para todos.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O voto, para uma verdadeira alternativa

Encerra hoje o período legal da campanha eleitoral para as Legislativas. No Domingo, são as eleições em que os portugueses vão escolher uma nova Assembleia da República e, consequentemente, um novo Governo. O debate de ideias, durante a campanha, passou ao lado da intervenção dos partidos, principalmente do PS, PSD e CDS-PP. Estes partidos têm mantido há mais de trinta anos um monopólio rotativo sobre a vida nacional, e o domínio deste “centrão”, interessado apenas num simulacro da Democracia, não a tem beneficiado. É que ela só se fortalece pela experiência alternativa das propostas que se colocam à governação, e pela participação activa dos cidadãos na coisa pública. O voto a que são chamados os eleitores de quatro em quatro anos não basta ao exercício da cidadania e sua intervenção política, e dá lugar a que, como temos visto, durante esse longo tempo os cidadãos sejam afastados das muitas decisões que interessam à sua vida. Não se estranha, por isso, que a campanha eleitoral tenha sido marcada por fait-divers e “factos” políticos(e sondagens muitas) fabricados para mera diversão e manipulação dos eleitores, e silenciar a discussão sobre os verdadeiros problemas que afectam a vida dos portugueses. Há quatro anos, pela primeira vez na sua história, o PS ganhou uma eleição com maioria absoluta. Recebendo um mandato para realizar as políticas que prometera levar a cabo, Sócrates e o seu Governo fizeram exactamente o contrário, e empenharam-se a governar contra as pessoas, apropriando-se do Estado para servir o partido e a clientela. A política neoliberal, liderada por Sócrates, gerou as desigualdades e as injustiças sociais mais profundas; mergulhou o país numa crise estrutural duradoura, com a maior taxa de desemprego de sempre, a pobreza, a insegurança e a corrupção. Atacou o Sistema Nacional de Saúde, a Educação, as Pensões de reforma. Criou o Código do Trabalho, esse instrumento inquisitorial ao serviço do patronato e contra os trabalhadores. Instalou o medo no quotidiano das pessoas e nas instituições, permitiu escândalos e abusos chocantes. Nunca é demais insistir no desmascaramento da patranha protagonizada pelo PS e pelo PSD – com o apoio cúmplice dos órgãos de informação do grande capital – em torno daquilo a que ambos chamam “alternativa”, e que é a questão central das eleições legislativas. Persistindo numa prática com décadas de existência, PS e PSD apresentam-se como alternativa um ao outro, quando as políticas de ambos são as mesmas: a política de direita que conduziu o País à situação dramática hoje existente. Se o PS ganhar as eleições, o que vai fazer é continuar a política que afundou o País; se for o PSD o vencedor, o que espera os portugueses é a continuação dessa mesma política, através de outros actores. O slogan “ou o PS ou a direita”, como a significar qualquer coisa como "ou o PS ou o caos", é uma chantagem, com a qual pretendem esconder que a única alternativa que se coloca nas eleições do próximo domingo é a da substituição das suas políticas por uma política de esquerda, feita com o povo e para o povo. Essa, sim, é sem dúvida nenhuma a verdadeira alternativa. Mas só poderá concretizar-se com o voto na verdadeira Esquerda. Faz, pois, do teu voto uma alavanca, para uma mudança a sério! Na tua mão está o teu futuro, e o futuro do País!

Comício da CDU em Lisboa reúne 7.000 pessoas

O Campo Pequeno, Lisboa, foi ontem à noite um campo imenso de força, de confiança e determinação. Cerca de 7 mil apoiantes da CDU encheram aquele que foi o maior comício desta campanha, de qualquer força política. Do balcão, da plateia e das galerias daquele histórico recinto pulsava a certeza de que no próximo domingo se confirmará o crescimento da CDU. Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, lembrou estar-se "a três dias decisivos de confirmar a CDU como a grande força alternativa necessária ao País e a uma nova política", a caminho da ruptura e da mudança para uma vida melhor. O vídeo que editamos abaixo é concludente da força deste comício, que só a CDU teve condições para realizar.





Bloco de Esquerda - Apresentação do Programa Eleitoral

Francisco Louçã apresenta o Programa Eleitoral do Bloco de Esquerda para as Legislativas.




Fonte: Esquerda net


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O que diz Vasco Graça Moura


"Na outra senhora, havia uns sujeitos de gabardine e bloco-notas em punho que iam assistir a colóquios e outras manifestações políticasitas subversivas. Essa era uma das mais sintomáticas manifestações da asfixia democrática desses tempos. Quem fosse assistir ou interviesse sujeitava-se a várias consequências desagradáveis. Actualmente, os métodos podem ter mudado, e já não haverá um tipo de gabardina e óculos escuros a fiscalizar o que se passa, mas o espírito de denúncia, de manobra inquisitorial e de asfixia mantém-se. Veja-se o que o ministro Santos Silva, émulo dos Torquemadas e Savonarolas da pureza de sangue ideológico e da repressão da batota eleitoral, acaba de debitar sobre o facto de José Manuel Fernandes se ter deslocado a Rio Maior para assistir a um acto de campanha eleitoral do PSD e do CDS. Espera-se que a lição tenha escarmentado José Manuel Fernandes e que, para a próxima, ele não se esqueça de pedir autorização, livre trânsito e passaporte ao Partido Socialista ou a algum dos seus responsáveis mais grados. Porque o respeitinho é muito bonito, este Governo é muito poderoso e quem se atreva a não bajular devidamente o PS leva nas trombas ou na carreira profissional". Só publicámos esta nota, porque estamos de acordo, globalmente, com o que diz Vasco da Graça Moura, que também nos merece apreço intelectual, pese embora as divergências políticas que nos separam. Já quanto a essa figurinha, que se dá pelo nome de José Manuel Fernandes, um servidor zeloso e venerando dos donos a quem serve, temos de confessar que é de náusea a impressão que nos deixa ao ouvi-lo.



http://videos.sapo.pt/CGkMCEDzEWnnQ20vTvYi

Fonte: Blogue "Jamais"




"Sócrates é um perigoso radical de mercado", diz Francisco Louçã


Discursando no Barreiro, Francisco Louçã apontou os malefícios trazidos pela governação de Sócrates. "O Código do Trabalho, pior que o de Bagão Félix, subsídio de desemprego retirado aos trabalhadores, promoção do trabalho temporário, multiplicação dos falsos recibos verdes, desprezo da função pública, ataque aos trabalhadores, promoção da desigualdade, cultura da injustiça". Para o líder do Bloco, o governo sempre teve dois pesos e duas medidas: enquanto promovia a violência social, beneficiava os mais fortes. "Foi por arrogância e por ter dois pesos e duas medidas que eu nunca ouvi um ministro dizer que quando passou um administrador pela Caixa Geral de Depósitos por 18 meses e de lá saiu com 10 mil euros de pensão para toda a sua vida, nunca ouvi uma palavra contra este abuso, isto é dois pesos e duas medidas. Uns privilegiados, outros perseguidos". Para Louçã, a alternativa que se coloca nestas eleições, é entre a esquerda e maioria absoluta, mostrando-se convicto de que no próximo domingo a esquerda ficará "mais forte", com a derrota da maioria absoluta.


Soares e Cavaco de mãos dadas


Na sua coluna de opinião, com o genérico de "Cortar à direita", que assina com regularidade no semanário famalicense "Cidade Hoje", Durval Tiago Ferreira, vereador pelo CDS-PP na Câmara Municipal(mas que não se recandidata às próximas eleições autárquicas), escreve esta semana uma crónica, com o título "Soares e Cavaco de mãos dadas", que é um tanto surpreendente. É essa crónica que, com a devida vénia, reproduzimos de seguida: "Depois de décadas de coabitação em campos quase sempre opostos, eis que Cavaco e Soares aparecem a desejar o mesmo desfecho para as próximas eleições legislativas: uma maioria relativa do PS. Cavaco quer garantir a sua reeleição. E sabe que uma vitória de Manuela Ferreira Leite se traduz num executivo débil, que não sobrevive sem o seu auxílio. Ao fazê-lo, desgastar-se-ia de tal forma que afastava o eleitorado de centro-esquerda, abrindo espaço a uma candidatura socialista. Por isso demitiu em plena campanha o seu principal assessor, Fernando Lima, isentando José Sócrates da acusação de escutas telefónicas à Presidência da Rapública, deixando o PSD em maus lençois. Por ua vez, é certo que Mário Soares apareceu ao lado do actual primeiro-ministro no comício do Porto. E até afirmou que este "é o político mais atacado desde o 25 de Abril". Sócrates comoveu-se porque não percebeu o presente envenenado. É que à imprensa, o ex-presidente admitiu como impossível uma maioria socialista e abriu a porta a um entendimento com o Bloco. Soares nunca apreciou o pendor social-democrata deste governo. Escreveu-o várias vezes, durante os últimos 4 anos e não deixará de responsabilizar o líder rosa por um resultado menos bom; tudo fazendo para que lhe suceda alguém da linha mais dura, com quem o BE aceite coligar-se. Cavaco e Soares partilham um longo e distinto percurso político, mas com um traço em comum: só pensam neles, no pressuposto de que o que é bom para eles é bom para o país. A História comprova-nos que raramente assim foi e, pelo que se vê, assim não será mais uma vez.
Fonte: Jornal "Cidade Hoje"

6 Razões para votar CDU

"O voto contra as injustiças e para uma vida melhor. O voto de quem quer uma ruptura com a situação e uma mudança a sério. O voto para condenar o Governo e derrotar a política de direita do PS e PSD. O voto que o Governo, a direita e o grande patronato mais temem. O voto que conta sempre para defender os interesses dos trabalhadores e do povo, e para construir uma política de esquerda. O voto para eleger deputados sempre comprometidos com os interesses dos trabalhadores e do povo".
Fonte: CDU


Suspeitas de vigilância a Belém ofuscam campanha eleitoral


A polémica parece ter ofuscado todos os problemas da campanha eleitoral, com o PS e o PSD emaranhados numa teia de acusações mútuas sobre o caso. Fernando Lima, recém-demitido, alegou ter "autorização" do Presidente da República para criar uma crise artificial. Ora, as dúvidas naõ fazem bem à democracia, Cavaco Silva deve falar, diz Francisco Louçã, e tem razão.Vital Moreira, no seu blogue, diz que "a desmontagem da "conspiração de Belém" contra Sócrates e o PS não é somente uma enorme derrota política de Cavaco Silva(e por extensão do PSD, que tinha cavalgado desavergonhadamente a intentona em seu proveito). É também uma estrondosa derrota moral, manchando indelevelmente a lisura da conduta do Presidente da República. Embora tendo afastado a face visível da maquinação política, a manutenção do seu silêncio sobre o caso, sem esclarecer as suas próprias responsabilidades pessoais, só agrava a embaraçosa situação do inquilino de Belém. Cavaco Silva está no pelourinho do julgamento público, só pode queixar-se de si mesmo. Já Pacheco Pereira, também no seu blogue, escreve: "O Presidente da República tem certamente coisas graves para dizer ao país e entendeu que se as dissesse interferia no acto eleitoral. Muito bem, compreende-se que o faça, embora também se interfira na campanha por omissão. Mas o Presidente rompeu o seu próprio silêncio e "falou" através da demissão do seu assessor de imprensa e, sendo assim, interferiu de facto na campanha eleitoral. Mais valia agora que dissesse tudo para não acordarmos no dia 28 sabendo coisas que mais valia fossem conhecidas já. Para contarem para a decisão de voto dos portugueses, com cujo resultado final ele já está inevitavelmente comprometido". Estamos perante um "fait-divers" ou de uma manifestação de "asfixia da democracia", de que fala Manuela Ferreira Leite? A quem aproveita? Veremos, daqui a três dias!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Não basta pensar. É preciso votar.


Recebemos do CDS-PP este postal, que é um prospecto da sua campanha eleitoral, com o slogan que colocámos em título. Intuimos que a remessa deste impresso é a resposta do partido à nota que apensámos na referência anterior, de hoje, à campanha eleitoral do CDS-PP no distrito. Cientes do compromisso que assumimos de dar espaço neste blogue a todos os partidos que nos abordassem para esse efeito, aqui estamos de pronto a divulgar o material que recebemos. Na comunicação que o integra, Telmo Correia diz que "em 27 de Setembro os portugueses podem penalizar quem merece ser penalizado, e dar força a quem o mereça. O PS e José Sócrates governaram mal, merecem ser penalizados. O CDS fez um bom trabalho, não basta darem-nos razão, precisamos de ter mais força". No próximo dia 27, "os portugueses vão ser chamados a escolher o seu futuro. Fazem-no num momento muito dificil da nossa história. A economia está em crise. No distrito de Braga, o desemprego atinge valores muito acima da média nacional. Nos vales do Ave e Cávado, encontramos situações de carência, de pobreza e de exclusão, que afectam famílias inteiras. Muitas empresas faliram. Muitos jóvens não têm caminho senão a emigração. A agricultura foi abandonada, os apoios aos agricultores esquecidos, os fundos europeus devolvidos e desperdiçados. Ao mesmo tempo, o crime aumenta, os conflitos com os professores não têm fim, as listas de espera na saúde não diminuem. Os sistemas político e judicial estão em descrédito. Pedimos agora o seu apoio. Comprometemo-nos a dar tudo pelo Distrito de Braga.

Fernando Pimenta, candidato do PS a Oliveira S.Mateus


Fernando Pimenta, o já habitual candidato do PS à freguesia de Oliveira S.Mateus e cuja recandidatura era já do conhecimento público, apresentou-se aos eleitores através de um postal aberto, em que promete para breve a apresentação de um conjunto de projectos e iniciativas, que se compromete levar a cabo, caso venha a ser eleito. Esperemos!

Bloco de Esquerda devolve críticas do PSD sobre a lixeira



Adelino Mota, dirigente do BE em Famalicão, devolve as críticas do PSD sobre a sua ausência na sessão da assembleia municipal, assegurando que ela se deveu a razões de ordem pessoal de última hora, o que não permitiu logisticamente a sua substituição. O candidato do Bloco mostra-se espantado com as críticas do PSD, dado que a ausência do BE na sessão da assembleia municipal, onde só tem um deputado, foi a primeira que aconteceu ao longo dos quatro anos da legislatura, e não se tratava de nenhuma sessão para discutir em especial o problema da lixeira. Propriamente sobre a anunciada instalação de novos equipamentos na ETRSU, que vão elevar enormemente os seus níveis de poluição, Adelino Mota lembra que quando chamou a atenção da assembleia municipal para o facto, quer o PSD quer o CDS votaram a favor da proposta de concessão à "Resinorte" e, consequentemente, a favor da instalação da nova incineradora. Por outro lado, diz o líder bloquista, no programa do PSD, para Riba de Ave, não há uma linha sequer sobre o problema o que, mais do que tudo, não deixa dúvidas sobre o desinteresse ou mesmo aceitação do PSD com tal empreendimento. Ao invés, acrescenta Adelino Mota, o Bloco de Esquerda reafirma a sua total vontade de "combater, de todas as formas e feitios, que a incineradora seja construida em Riba de Ave". Estarão os outros partidos na disposição de assumirem igual compromisso, interroga-se Adelino Mota? É que não bastam palavras!


Fonte: Jornal "Opinião Pública"

Telmo Correia quer economia virada para as empresas


O cabeça de lista do CDS-PP, pelo círculo eleitoral de Braga, esteve na feira de Joane, acompanhado por Nuno Melo, em jornada de campanha eleitoral para as legislativas. Questionado sobre os problemas do distrito, o candidato do CDS falou da "necessidade de uma economia direccionada para as empresas", dizendo que "o seu partido tem defendido um plano específico para o Vale do Ave e Cávado, que aposte na formação profissional e que garanta linhas de crédito às empresas". Sendo de Joane, Nuno Melo, que está agora no parlamento Europeu, viu-se rodeado de manifestações de simpatia por seus conterrâneos. Queremos deixar registo de que a falta de informações e materiais sobre a campanha do CDS, tem originado uma ausência de noticiário por parte deste blogue, que no seu estatuto fez questão de afirmar a sua disponibilidade, em pé de igualdade, para todos os partidos.
Fonte: Jornal "Opinião Pública"

Campanha eleitoral da CDU para as legislativas

Campanha intensa a da CDU para as eleições legislativas. Neste vídeo, um encontro com trabalhadores e dirigentes sindicais, com Carvalho da Silva, e outras iniciativas.


terça-feira, 22 de setembro de 2009

CDU apresentou programa eleitoral para o concelho de Famalicão


Na conferência de imprensa que serviu para apresentação do programa eleitoral da CDU, o candidato à Câmara, Daniel Sampaio, começou por dizer que a coligação CDU se apresenta "como força política garante de direitos e de uma vida digna para todos os cidadãos de Famalicão, capaz de contribuir para a resolução dos problemas do concelho, sempre adiados durante estes últimos trinta anos de governação municipal". Frisando a importância de conquistar um lugar na vereação, o candidato da CDU mostrou-se confiante num bom resultado eleitoral, tomando como referência a votação alcançada nas eleições europeias. Em matéria de medidas programáticas, a CDU elencou uma vasta lista, em que preferencia o apoio às empresas e a criação de emprego; defende a efectiva descentralização municipal; reclama da Câmara uma relação mais próxima das juntas de freguesia, um gabinete de orientação administrativa e jurídica, no contexto da transferência de competências para as autarquias, defendendo a criação da figura do Provedor Municipal e um sistema de informação e apoio que assegure um atendimento personalizado aos munícipes, que responda e resolva as suas reclamações. No campo económico, defende políticas de apoio ao comércio tradicional e à indústria, atraindo empresas que criem postos de trabalho, acrescentando que há condições para apostar em novas actividades, tais como o artesanato, e que deve ser feito um esforço no apoio a pequenas empresas e no comércio tradicional, em detrimento das grandes superfícies. Defende que o CITEVE deve continuar em Famalicão, com apoios do município, e que sejam apoiadas empresas industriais ligadas à transformação de carne. Sugere a isenção de taxas e de impostos de licenciamento dessas pequenas empresas, e isentas da derrama as pequenas empresas que tenham um volume de negócios inferior a 500 mil euros. No âmbito dos apoios sociais, considera prioritária a construção de mais equipamentos, creches, infantários, escolas, lares, centros de dia e assistência domiciliária. Sugere que de parceria com o Governo e Centros de Saúde, sejam lançados programas de prevenção e tratamento e acções integradoras e de reinserção de toxicodependentes e outros grupos, socialmente excluidos. Ao nível da habitação, defende a construção de mais habitação social, e que o PDM seja revisto rapidamente para que se ponha fim à tomada de decisões pouco transparentes em matéria de ocupção do território. Nos transportes e acessibilidades, defende o alargamento do transporte público, urbano e interurbano e a melhoria da frota dos TUF. No ambiente, a CDU defende os espaços verdes e o Parque da Cidade, que interrompa a linha de avanço da área urbana e identifique Famalicão como um "Concelho Verde", e que o mesmo se estenda até à Quinta do Longo. Para as freguesias, a CDU defende uma rede de jardins e espaços de lazer. Em matéria de acessibilidades, a CDU defende a criação de novas e o melhoramento das existentes, apontando a importância da concretização da circular poente a Famalicão, com um traçado que se inicie na Trofa, passe por Ribeirão, Fradelos, Vilarinho e termine em Cruz, junto ao acesso da A3. No sector da segurança, realça a necessidade da construção de novos quarteis em Ribeirão e Riba de Ave, associando a este dossier a construção do novo quartel de bombeiros de Riba de Ave. Também para o Desporto e a Cultura, a CDU defende medidas inovadoras, como a criação da "Casa dos Artistas". Um programa ambicioso, que os eleitores irão sufragar.
Fonte: Jornal "O Povo Famalicense"

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Swing do Bloco Central

José Sócrates e Manuela Ferreira Leite são as estrelas deste concurso televisivo, interpretando o "Swing do Bloco Central". O júri que avalia esta dupla de bailarinos é composto por Belmiro de Azevedo, Américo Amorim e Ricardo Salgado. A não perder!
Fonte: Esquerda net



CDU - 5 Mil enchem Palácio de Cristal no Porto

Cinco mil pessoas encheram ontem a transbordar o Palácio de Cristal, no Porto, para o comício da CDU. Palácio cheio de cor e alegria, de homens e mulheres que são a força da CDU. Perante tal mobilização, Jerónimo de Sousa, no seu discurso, começou por destacar a "imensa confiança de uma força a somar apoios", para de seguida destacar o crescimento de uma "corrente de esperança, que vê na CDU, na sua acção e nas suas propostas, a oportunidade de um novo rumo e uma nova política. O PS, PSD e CDS praticam políticas semelhantes, disse o líder comunista, para realçar que "é o voto na CDU que conta para uma mudança de rumo, que só é possível construir com mais votos e mais deputados da CDU". O vídeo do comício, que apresentamos a seguir, dá bem conta da grandiosidade desta jornada da campanha eleitoral da CDU. Durante a parte da manhã de ontem, Jerónimo de Sousa visitou várias freguesias do Vale do Ave, tendo escutado inúmeras queixas contra a dramática situação de desemprego que nele se vive, e o não cumprimento das promessas que Sócrates fez nas eleições de 2005, com as quais enganou os trabalhadores.



domingo, 20 de setembro de 2009

José Eduardo dos Santos cumpre 30 anos como chefe de Estado de Angola


Passam hoje 30 anos sobre a posse de José Eduardo dos Santos como chefe de Estado de Angola, o que faz dele um dos líderes há mais tempo no poder, em todo o mundo. José Eduardo dos Santos sucedeu a Agostinho Neto, o líder carismático angolano, que dirigiu a luta armada do MPLA contra os colonizadores portugueses e era considerado um dos maiores líderes africanos. Após a morte de Agostinho Neto, em 1979, o actual líder angolano foi designado para ocupar o lugar de presidente da República da então RPA, com o país a braços com uma guerra fraticídia violenta, alimentada pelos grandes interesses do capitalismo internacional, que tinham no apartheid da África do Sul um aliado de peso. Herdou um país destroçado pela guerra civil, que se estima ter sido responsável por um milhão de mortos e dois a quatro milhões de deslocados. Em bom rigor, e com excepção de um pequeno período de cessar-fogo após os acordos de Bicesse de 1991, Angola só começou a viver em paz a partir de 2002, na sequência da morte de Jonas Savimbi, em 22 de Fevereiro, e da capitulação da Unita como força beligerante. Foram, pois, 27 anos de uma guerra sangrenta, que deixou o país destruido e a braços com problemas e dificuldades gravíssimos, desde uma população em estado de pobreza extrema e milhares de estropiados, até aos riscos de milhares e milhares de minas, que impossibilitavam a exploração de grande parte do território. Assinado o acordo de paz em 4 de Abril de 2002, o país iniciou passo a passo a caminhada para a pacificação e a recuperação da sua economia, num cenário de relações externas substancialmente diferentes das que tinham havido até aí. No ano passado, o MPLA venceu as eleições legislativas por um resultado esmagador(82%.), resultado fiscalizado pela comunidade internacional, que considerou todo o processo eleitoral legal e democrático. O país vive hoje numa democracia pluripartidária, com diversos partidos a figurarem no seu espectro político. Passados 30 anos da posse como chefe do Estado angolano, José Eduardo dos Santos dirige hoje um país que deu passos extraordinários no caminho do desenvolvimento e cuja economia exibe índices de crescimento, que são considerados notáveis. Há quem conteste a democracia angolana, que alguns dizem estar ainda longe de poder ser considerada insuspeita, designadamente ao nível da liberdade de expressão. Na Europa, temos a tentação de olhar África pelos nossos figurinos ocidentais, eles próprios a deixarem muito a desejar. E isso é um erro. A democracia em África e nomeadamente em Angola, é um processo inteiramente distinto do nosso, e só os africanos poderão torná-lo progressivamente consistente e maduro. Conhecemos alguma coisa de Angola. Por motivos familiares, já algumas vezes visitámos o país angolano e percorremos algumas das suas cidades. Conhecemos alguns dos seus órgãos de comunicação social, que recebemos regularmente, enviados por jornalistas amigos; temos também relações de grande amizade com alguns dos seus melhores escritores, cuja obra literária conhecemos bem; e, em boa medida, conhecemos o seu povo, os seus problemas e dificuldades, os seus anseios e esperanças; sonhos, medos e críticas, muitas críticas. Mas haverá país onde tais sentimentos não perturbem hoje o dia-a-dia dos povos? É esse conhecimento próximo, quase vivencial, dos problemas de Angola, que nos leva a esta visão confiante do seu futuro, pese embora as enormes dificuldades que o povo angolano tem pela frente e das quais, ele próprio, melhor do que ninguém, tem plena consciência. Mesmo a propósito, da revista "África 21", número de Setembro, que acabo de receber, retiro este parágrafo do artigo assinado pelo seu director, também nosso amigo, João Melo: "...o grande desafio é, sem dúvida, como fazer avançar o nosso país, não apenas no plano económico, mas também social e político, mantendo a estabilidade tão dificilmente conquistada pelos angolanos. A futura Constituição, mais do que a eleição imediata do Presidente, será uma peça crucial para atingir esse objectivo, com a participação de todos, Governo, oposição e sociedade civil". Ter de Angola a visão de décadas atrás é uma visão errática. Ficaram pelo caminho muitas ilusões e sonhos? Pois ficaram! Mas Angola é hoje um país respeitado internacionalmente. E com boa fé, ninguém pode negar que José Eduardo dos Santos, e o MPLA, deram um contributo valioso para este salto incontornável da imagem do país.

Professores voltaram à rua para penalizar Sócrates nas urnas


Os professores voltaram hoje à rua para penalizar o PS nas urnas nas eleições do dia 27. Esta acção de protesto foi organizada por um grupo de manifestantes dos movimentos independentes de professores, e não contou com a adesão dos sindicatos da Fenprof e da FNE, que foram os promotores das grandes manifestações de Março e outras. Em entrevista à SIC, em Junho, José Sócrates admitiu que errou na relação com os professores: "Errámos ao propor uma avaliação tão exigente, tão complexa e tão burocrática", disse, não garantindo a continuidade de Maria de Lurdes Rodrigues no Executivo, em caso de reeleição. No passado dia 13 foi mais concreto, ao afirmar que "novo governo, novos ministros em todas as pastas". Também Celeste Correia, Professora e deputada do Partido Socialista, disse ontem ao "Jornal Económico" que o Governo não soube gerir da melhor forma a relação com professores e sindicatos. Perguntada sobre se os professores vão penalizar o Partido Socialista, Celeste Correia respondeu: "Sim. Os professores são uma força social poderosa, com sindicatos poderosos. Acho que os professores custaram a maioria absoluta ao Partido Socialista, porque não foi boa a forma de implementar as medidas apresentadas. Com uma pessoa mais doce, talvez tivesse corrido melhor". Se o problema foi apenas o de falta de "doçura" no modo de tratar, é resposta que os professores não deixarão certamente de dar.

sábado, 19 de setembro de 2009

Escutas: "conexões político-partidárias ou governamentalização dos Serviços de Informação?


A eventualidade do presidente da República estar a ser vigiado ou escutado é muito grave. Quando a história estiver toda contada, veremos. Para já, o caso das escutas, a oito dias das legislativas, obrigou o próprio Cavaco Silva a vir a público e abriu espaço a violentas críticas de vários dirigentes e militantes socialistas ao Chefe de Estado. "A polémica rebentou com a divulgação de um email, pelo "Diário de Notícias", de um jornalista de o "Público", que dizia ter sido chamado por Fernando Lima, assessor do Presidente, para passar a informação de que havia suspeitas de espionagem a Belém. A conversa terá, segundo o email publicado, sido autorizada pelo próprio Cavaco", que reagiu prontamente à divulgação da notícia e prometeu não deixar cair o caso, mas só depois das legislativas, altura em que, segundo afirmou, "não deixará de tentar obter mais informações sobre questões de segurança", deixando o alerta de que "o presidente da República não se deixa atrair para lutas político-partidárias", recado que foi entendido como dirigido ao PS. Dirigentes socialistas reagiram de imediato, tendo José Junqueiro reclamado na TSF desmentidos de Belém sobre notícias publicadas nos jornais "contra o Governo e o primeiro-ministro", e nos Açores, Carlos César, disse ser "injustificável" o silêncio de Cavaco Silva. Porém, o mais forte ataque ao Presidente veio de Paulo Pedroso, no seu blogue. O candidato do PS à Câmara de Almada, acusou a Presidência de "através de uma informação planeada e direccionada, prejudicar o Governo, para concluir: "Cavaco autorizou? Se sim, o caso afinal não é um disparate, é uma inventona". O que quer investigar Cavaco, ao dizer que vai tentar "obter mais informações sobre questões de segurança" após as eleições? Informações sobre as alegadas escutas ou sobre os procedimentos da Casa Civil? Afinal, a espionagem existiu ou não? E houve violação de correspondência? - Suspeição levantada pelo director de o "Público", que admitiu mesmo que o SIS, na dependência de S.Bento, estivessem envolvidos. Há campanha política por trás da história? A suspeita pode ser retirada das palavras de Cavaco Silva, ao dizer que "já quatro políticos tentaram puxar o Presidente da República para a luta político-partidária", referência que não pode deixar de reportar-se aos socialistas José Junqueiro e Vitalino Canas, que há um mês exigiram a Belém que esclarecesse se pessoas da Casa Civil estavam a colaborar no programa do PSD. No dia em que o Presidente da República admitiu querer mais informações sobre questões de segurança, remetendo qualquer iniciativa para depois das eleições, o Procurador Geral da República, Pinto Monteiro, disse estar "atento" às denúncias sobre eventuais escutas que envolvem a Presidência da República e o Governo. Será que a "cooperação estratégica" se transformou em conspiração estratégica"? Vamos lá ver o que nos mostram os próximos capítulos! Entretanto, prossegue a campanha eleitoral, e convém não esquecer que os verdadeiros problemas que afectam os portugueses, são o aumento preocupante do desemprego, a privação ou redução dos salários e a pobreza, e contribuirmos para que as eleições do dia 27 mudem o rumo destas políticas neoliberais.

Fonte: Jornal Económico

Pedro Soares, do BE, visitou o Centro de Saúde de Delães


O concelho de Famalicão tem 5,6 médicos de família por cada 10 mil habitantes, um número inferior à média nacional, que se situa nos 6,4, segundo dados recentes da Entidade Reguladora da Saúde. A esta baixa cobertura soma-se a elevada média de idade destes profissionais, que prestam serviço nas 14 extensões de saúde do concelho, pelo que a situação deverá agravar-se nos próximos anos. A constatação foi feita por Fátima Moreira, membro do Conselho Clínico do Agrupamento de Saúde de Famalicão, durante a visita que os candidatos do Bloco de Esquerda realizaram ao Centro de Saúde de Delães. Aquele equipamento, onde convivem dois modelos de gestão diferentes, ou seja, uma extensão de saúde clássica e uma unidade de saúde familiar(USF), levou aquela responsável a descrever prestação de cuidados como "uma saúde com duas caras", sendo que a USF é aquela que, na sua opinião, "melhor serve os doentes". Fonte: Esquerda net

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

"Coligação PSD/CDS não merece continuar no poder"


Reis Campos, candidato do PS à Câmara de VN de Famalicão, apresentou no Auditório da Fundação Cupertino de Miranda os candidatos socialistas às autarquias do concelho, aproveitando a oportunidade para dizer que a sua acção como presidente da Câmara será substancialmente diferente daquilo que tem sido a da coligação PSD/CDS-PP. "Eles apostam no espectáculo e nas festas contínuas. A Câmara do PS terá como preocupação central os problemas das pessoas e a sua resolução. Eles estão na Câmara para defender interesses pessoais e de grupo; nós estaremos na Câmara para defender os interesses de todos os famalicenses". Fernando Moniz, líder da concelhia socialista de Famalicão, abrira a sessão com fortes críticas ao executivo de Armindo Costa, reportando várias atitudes arbitrárias e antidemocráticas da coligação no poder, como a proibição dos presidentes de Junta falarem nas reuniões da Câmara, obrigar os cidadãos a falarem apenas depois da meia noite nas sessões da Assembleia Municipal, de desterrar funcionários da Câmara simpatizantes do PS, de mandar retirar cartazes do candidato Reis Campos, na freguesia do Calendário, entre muitas outras atitudes autoritárias e ilegais. Também Agostinho Fernandes, mandatário das listas socialistas, usou da palavra para dar conta da "honra que sentia em assumir esse papel, numa altura em que os famalicenses precisam de uma nova esperança, face a um poder que é incapaz de resolver os seus problemas". A finalizar, a palavra foi de Salvador Cabral, o pároco que encabeça uma lista renovada à Assembleia Municipal, e que se afirmou convicto de que este desafio "completa a sua acção pastoral", na medida em que "o trabalho de um sacerdote se faz com os homens e a comunidade e nunca fora dela". Estiveram presentas a este acto de apresentação de candidaturas figuras do partido, como António José Seguro, cabeça de lista do PS às Legislativas, por Braga, e Joaquim Barreto, presidente da Federação.
Fonte: Jornal "O Povo Famalicense"

BE reuniu com ACIF


"As pequenas e médias empresas estão esganadas pelo crédito bancário". A afirmação é de António Peixoto, presidente da Associação Comercial e Industrial de Famalicão, que ontem esteve reunido com Pedro Soares, cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda à Assembleia da República, e Ana Marcelino, candidata à Câmara de Famalicão. A reunião centrou-se em temas como o desemprego e as medidas de emergência a serem tomadas para o seu decréscimo. Pedro Soares acusou o Governo de ter estado quatro anos de costas voltadas para o distrito de Braga, chamando à luz factos como os cerca de 13 mil desempregados no concelho de Guimarães, que correspondem a cerca de 14% da população vimaranense, ou as cerca de sete mil famílias que, no distrito, dependem de subsídios mensais, o que corresponde a mais de 21 mil pessoas. Assim, Pedro Soares pretende pressionar o Governo a tomar medidas, dizendo que, com eleições à vista, o PS começa finalmente a reconhecer os erros num distrito em que a densidade populacional mostra ter reflexos em decisões políticas.

"Eleições Legislativas" - o que escreve Miguel Urbano Rodrigues, escritor e jornalista


As eleições legislativas portuguesas vão realizar-se num momento em que a humanidade atravessa uma das maiores crises dos últimos séculos. Na Europa e nos EUA os media, repetindo o que afirmam os governantes e os senhores do capital, insistem em defini-la como financeira e passageira. Mentem conscientemente, porque sabem estar perante uma crise global do capitalismo, estrutural e duradoura. O discurso dos partidos da burguesia nesta campanha é, por isso mesmo, um novelo de mentiras. Esconder do povo a realidade tem sido um objectivo permanente dos dirigentes e candidatos do PS, do PSD e do CDS. Atribuir a responsabilidade da gravíssima situação que o país atravessa - como fazem Sócrates e a sua gente - quase exclusivamente à crise internacional, apresentada como financeira, é não somente uma inverdade como um acto de hipocrisia. Aliás o Governo, imitando o dos EUA, está preocupado não com o desemprego e a pobreza, mas sobretudo em acudir aos banqueiros e a outros responsáveis pela "turbulência" e pelos escândalos que atingiram os mercados financeiros. Sócrates suavizou a arrogância. Em campanha pelo país sorri agora muito e repete-se monocordicamente, elogiando a grandeza e lucidez da sua política, enquanto anuncia futuros êxitos miríficos. A mensagem é pouco inteligente. Durante três anos aplicou uma política neoliberal ortodoxa; fez a apologia das privatizações, invocando a necessidade de "modernizar" Portugal. Agora, numa pirueta, critica o neoliberalismo e afirma que a direita pretende destruir as suas "políticas sociais". É muito descaramento reivindicar políticas sociais quem promoveu o desemprego, tentou destruir o que resta do Serviço Nacional de Saúde e desencadeou na frente da Educação uma ofensiva contra os professores, que levou estes a sair às ruas em gigantescas manifestações de protesto. Sócrates, um populista de direita e político mediocre e inculto, a ser derrotado nas eleições, seria apenas lembrado no fim de carreira por haver chefiado um dos governos mais reaccionários que o País teve desde o 25 de Abril.

Fonte: Resistir.info

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Mais 123 mil vão perder o emprego até ao próximo ano


Portugal integra o grupo de países em que o pior impacto da crise ainda está para vir. A economia portuguesa bateu no fundo. O Governo ensaia mensagens de optimismo para encobrir a realidade da situação e já veio manifestar a "esperança" de que as previsões não se concretizem, mas o pior está ainda por acontecer, avisou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico(OCDE), que admite que mais 123 mil trabalhadores percam o emprego até 2010, em Portugal. O plano anti-crise foi dos mais reduzidos em percentagem do PIB. A retoma do crescimento da economia também não é animador. A recuperação será mais lenta do que nos outros países, sendo o risco maior o da passagem dos novos desempregados - as pessoas mais vulneráveis como jóvens, imigrantes e temporários - à condição de desemprego de longo prazo. Portugal tem das maiores taxas de pobreza nas famílias que trabalham. São os novos pobres, ou a classe sanduiche, como lhe chamou o sociólogo Pedro Adão e Silva. Dados do INE revelam que 18% da população portuguesa vive no limiar da pobreza. A taxa de desemprego deverá chegar a 11,7% no próximo ano. Contra o bloco central do silêncio e da mentira, temos de erguer a nossa voz, e votar no dia 27 por uma ruptura com esta política.

Fonte: Jornal i

Miguel Lopes lidera novamente a lista da CDU em Riba de Ave


Na qualidade de independente, Miguel Lopes volta a apresentar-se como cabeça-de-lista da CDU em Riba de Ave. Em declarações prestadas ao "Cidade Hoje", o candidato afirma a convicção de poder, tal como no passado, prestar o melhor serviço à terra. Numa nota informativa distribuida à população, que lamentavelmente não recebemos, Miguel Lopes diz que foi "incentivado por muitas pessoas de vários quadrantes partidários", e que o seu propósito central é "transformar Riba de Ave numa terra onde seja agradável viver, com segurança, com qualidade de vida e que se afirme como próspero núcleo urbano". Assume que é preciso mudar, anotando que "a nossa terra, nos últimos oito anos, estagnou em comparação com os principais núcleos urbanos do concelho, resultado de um trabalho autárquico apático". E para exemplificar, dá conta que enquanto os centros escolares de Joane e Ribeirão avançam, "Riba de Ave nem sequer tem projecto". "Riba de Ave, Mudar de Rumo", é o lema de uma equipa de homens e mulheres "de competência reconhecida, dedicados, empenhados e cheios de vontade". Realçando o trabalho desenvolvido quando esteve na presidência da Junta, promete "ser uma voz firme de oposição à pretendida construção de uma incineradora, na Quinta do Mato". Recorde-se que Miguel Lopes esteve 12 anos à frente da Junta de Freguesia de Riba de Ave.

Fonte: Jornal "Cidade Hoje"

Durão Barroso reeleito presidente da Comissão Europeia


Durão Barroso foi reeleito por mais cinco ano como presidente da Comissão Europeia. No Parlamento Europeu, votaram a favor 382 deputados, contra 219 e 117 abstiveram-se. O apoio a Barroso veio principalmente do Grupo Popular Europeu, com votos de uma parcela de Liberais e de Socialistas portugueses e espanhois, apesar do grupo rosa ter assumido que se ia abster. O Parlamento Europeu apontara críticas a Barroso, nomeadamente ao nível da resposta à crise económica. Entre os deputados portugueses houve opiniões diferentes. Edite Estrela congratulou-se e Ana Gomes absteve-se. Paulo Rangel manifestou-se eufórico com a reeleição, enquanto deputados do PC e BE manifestaram claras discordâncias. Também os líderes do PCP e BE manifestaram-se desfavoravelmente, no seguimento do voto contra dos seus deputados no PE. Jerónimo de Sousa sintetizou que "é a continuidade de uma Europa neo-liberal, militarista e federalista", enquanto Louçã, na mesma linha, disse que "já conhecemos muito bem Durão Barroso, quando esteve cá e se foi embora. A Comissão Barroso não responde à Europa, é uma Europa sem futuro". Só os líderes do PS, PSD e CDS se manifestaram favoravelmente, como que a lembrar que podem estar aí para o que der e vier. Veremos!...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A Câmara Municipal leva a Fátima dez mil idosos


No próximo sábado, cerca de dez mil idosos de Famalicão vão concentrar-se em Fátima, por iniciativa e a expensas da Câmara Municipal, uma iniciativa que irá envolver mais de 180 autocarros, assim como ambulâncias das três corporações de bombeiros do concelho, para garantir assistência em caso de alguma emergência. Para o presidente da Câmara, Armindo Costa, este "passeio" é uma das habituais iniciativas da Câmara, "para promover o bem-estar dos idosos e aumentar a sua qualidade de vida". E por isso, faz questão de acompanhá-los nesta mega excursão a Fátima. Não é novo este processo de tentar "arrebanhar" votos. Da Monarquia à primeira República, e mesmo durante o Estado fascista, o povo tem sido arregimentado. E hoje, os idosos são uma reserva disputada, por representarem um sector importante do universo eleitoral. A oito dias das eleições legislativas e a pouco mais de vinte dias das eleições autárquicas, esta "mobilização" toca as raias do desaforo. Seja dito, porém, que não foi o actual presidente da Càmara a iniciar este passeio oferecido aos idosos, e que o seu iniciador foi Agostinho Fernandes, ex-presidente da Câmara pelo partido socialista, que não tem, portanto, qualquer autoridade para criticar a Câmara do PSD/CDS. Só outros têm essa moral. Para que a dignidade dos idosos não seja desrespeitada, servimo-nos de uma reflexão de Leonardo Boff, publicada no jornal "Fraternizar", dirigido pelo padre Mário, da Lixa: "o ser velho não deve ser entendido apenas na óptica da biologia. A velhice é muito mais que a sua dimensão biológica. É a oportunidade última de dar o toque final à estátua que fomos talhando de nós mesmos, nos vários papeis que somos chamados a representar. E, como velhos, temos agora o direito e o privilégio de livrar-nos das máscaras, para sermos nós próprios e sairmos do palco em que outros actores passam a vestir as suas máscaras e a representar os seus papéis. A vida na velhice impõe esta exigência: que nos confrontemos, com temor e tremor, com questões inadiáveis. É, então, que de facto, podemos amadurecer, ganhar gravidade e acabar de nascer. É a oportunidade de virarmos sábios." Portanto, retiremnos os velhos das obscenidades dos interesses mesquinhos!

"Se for eleita, tudo farei para travar a Cidade Desportiva"


Ana Marcelina, candidata do BE à Câmara Municipal de Famalicão, concorre para inovar a política local. Em entrevista ao jornal "Opinião Pública" de hoje, a candidata diz que o BE, na vereação, poderá ter um papel inovador no sentido em que transporta um projecto nacional autárquico, que tem como objectivo reforçar a transparência e a participação pública nas autarquias. E transporta, também, um conjunto de ideias e apoios aos mais carenciados, de combate às desigualdades sociais, que será um contributo positivo para o desenvolvimento de Famalicão. A Câmara do PSD/CDS tem tido como prioridades as obras de fachada, de política do betão. Precisamos de ultrapassar essa fase, até porque essa construção desenfreada tem dado lugar a que surjam novos focos de especulação fundiária e imobiliária. Tem havido passividade no que respeita à recuperação e requalificação do centro da cidade e nas vilas do concelho, que têm vindo a degradar-se. É preciso coragem para impor um limite à cidade, que não pode continuar a invadir as áreas rurais, descaracterizando-as e roubando-lhes qualidade de vida. Nas relações com as freguesias, a Câmara tem-se pautado por critérios políticos, e isso é extremamente negativo. É preciso olhar para todas da mesma maneira, independentemente das bandeiras partidárias. Aliás, os mesmos critérios existem no recrutamento e tratamento de funcionários, que não têm em conta a competência, mantendo a Câmara largas dezenas de funcionários como contratados, que se encontram reféns das suas posições políticas. Por último, na vereação, se lá chegarmos, tudo faremos para anular o concurso milionário que a Câmara estabeleceu para uma parceria público-privada, no valor de 50 milhões de euros, para construir a dita "cidade desportiva", o que mostra que esta Câmara nada aprendeu com os elefantes brancos dos vários campos de futebol construídos pelo país, com enormes custos de manutenção e pouquíssima utilização, sem esquecer que o empreendimento projectado fica em pleno leito de cheias do rio Pelhe, o que provocará enorme impacto ambiental e consequências que todos teremos de pagar.

Fonte: Jornal "Opinião Pública"

Grande Comício da CDU em Évora


Sob o lema "Ruptura e mudança. Sim, é possível uma vida melhor", milhares de pessoas participaram em Évora num grande comício da CDU, junto ao templo de Diana. Esta poderosa acção de massas, contou com a actuação de Luísa Bastos e de Samuel Quedas, e foi um espelho da grande campanha que a CDU está a fazer.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Armindo Costa foge à discussão dos problemas


Armindo Costa, o candidato do PSD à Câmara de VN de Famalicão, não quer debater os problemas da política concelhia e recusa participar nos vários debates com os outros partidos, planeados pela imprensa local, nomeadamente os quatro debates a dois agendados pela Rádio Digital, e o debate a quatro organizado pelo jornal "O Povo Famalicense". O Bloco de Esquerda já manifestou o seu repúdio relativamente a esta postura do candidato da coligação PSD/CDS, a qual, diz o BE, releva um desrespeito inaceitável pelos eleitores famalicenses e pela democracia, já que o debate de ideias é o seu caldo de cultura e sem o qual não há exercício pleno dos direitos de cidadania. Esta atitude de Armindo Costa, que em declarações recentes disse que se recandidatava devido a pressões de muitos presidentes de Junta e por ter confiança no juízo que os famalicenses fazem dos seus oito anos de governação - aliás requintadamente promovidos no já criticado Boletim Municipal de Julho(em que se contam 53 fotos do autarca), e em que uma cidade verde, quase exótica, mas virtual, é apresentada como meta final da sua presidência - não se coaduna com as acusações repetidas à inexistência de uma Oposição sem uma estratégia política e incapaz de se confrontar com a sua obra.
Afinal, de que tem medo Armindo Costa?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Louçã: "É tempo de decisão"


O Bloco de Esquerda realizou ontem aquela que foi a sua iniciativa mais participada desde sempre. Mais de 2.500 pessoas encheram a trasbordar o Pavilhão Atlântico, em Lisboa, para o comício de abertura de campanha do BE. Na sua intervenção, Francisco Louçã dirigiu-se ao eleitorado socialista, que deu a Sócrates a maioria absoluta, para dizer que o BE é o único que "enfrenta" o PS e que combate políticas como o Código do Trabalho ou a perseguição aos professores". Louçã defendeu o fim da lei sobre o enriquecimento ilícito e acusou o governo de branquear a corrupção. Prometeu recuperar a Educação contra o Estatuto da Carreira Docente e contra a avaliação dos professores, revogar o Código do Trabalho e avançar com o imposto sobre as grandes fortunas. Por fim, Louçã aconselhou a que os eleitores leiam o programa do BE que José Sócrates odeia, afirmando que "é tempo de decisão", pois quem votar PS vai acordar no dia seguinte com uma grande ressaca.

Fonte: Esquerda net

Benefícios fiscais em Portugal - Quem é mais beneficiado?


Uma questão que gera polémica acesa e confronto entre os partidos de esquerda e o governo de Sócrates, é a matéria dos benefícios fiscais. Dados divulgados nos Relatórios dos Orçamentos do Estado de 2005-2009, mostram o quadro em que os mesmos se têm processado. O custo para o Estado, em termos de receitas fiscais perdidas, é o seguinte ao longo destes cinco anos: em 2005, 2.335,6 milhões de euros; em 2006, 2.261,9 milhões de euros; em 2007, 2.741,0 milhões de euros; em 2008, 3.248,7 milhões de euros, e em 2009, 3.151,9 milhões de euros, tendo cabido ao IRS uma percentagem de 16,8% na média dos cinco anos, e ao IRC a percentagem de 71,8%. No mesmo período, ou seja, com este governo, prevê-se que o Estado perca 13.739,1 milhões de euros de receitas fiscais devido aos benefícios fiscais que são concedidos e que, como se vê, são-no em larga medida ao nível do IRC, isto é, às empresas(71,8%), e apenas 16,8% ao nível do IRS, portanto às pessoas, sendo que 84,5% da receita fiscal perdida a nível do IRC, tem como origem benefícios fiscais concedidos a empresas localizadas no "paraíso fiscal" da Madeira. Saliente-se que o já referido valor de 13.739,1 milhões de euros de receitas fiscais perdidas, daria para pagar a todos os reformados durante um ano. Esta realidade, que mostra os critérios da política fiscal do governo de Sócrates, tem vindo a ser escamoteada, por ser o contrário do que o Primeiro-Ministro tem afirmado. Portanto, quem beneficia quem?

Fonte: Eugénio Rosa, Economista

domingo, 13 de setembro de 2009

Carlos Repente recandidata-se em São Mateus


Carlos Repente, actual presidente da Junta de Oliveira S.Mateus, recandidata-se ao cargo, apresentando-se de novo à frente de uma lista de independentes, apoiada pelo PSD. Carlos Repente é um autarca que tem o apoio de uma grande parte da população da freguesia de São Mateus, tendo abandonado há anos a militância no partido socialista, que devido a essa cisão perdeu claramente influência na freguesia. No mandato agora a terminar, realizou um trabalho que muitos eleitores consideram de considerável valia para a freguesia, e que se pensa garantir-lhe a recandidatura. De salientar, o acordo do movimento de Carlos Repente com a CDU, que tem assegurado a esta coligação uma presença significativa no executivo da freguesia, acordo que tudo leva a crer se irá manter após o próximo acto eleitoral. Numa carta dirigida à população de São Mateus, Carlos Repente diz que se recandidata para dar continuidade a um projecto que pouco falta para concluir, na área social, Ensino, Desporto e Cultura e outras valências já implementadas.