segunda-feira, 15 de março de 2010

Homenagem a Manuel Cunha

sexta-feira, 19 de Fevereiro de 2010

IN O BLOG PORTUGAL______ a Descobrir
Há árvores que morrem de pé! - Homenagem a Manuel Cunha

No outro lado das palavras vejo as coisas que não vêssinto o mundo que não vejo abro portas e janelas memórias antigas de casas vazias e sós respiro os instantes que passados vivi que oiço zunir dentro de minhas paredes ecoando martírios sofridos. Onde está a alma de seres já partidos nos milénios esgotados? Onde estão as dores das mães que pariram dos soldados que pereceram? Onde está a humanidade do ser feito humano?
(Carlos d'Estrufe - in "Poemas 5 e Inquietações")

"Repasso aqui um um texto de 2005, num panorama sempre actual - escrito pela mão de um Homem que sempre lutou pelo seu País - com uma visão clara do que é ser Português."

As árvores já não morrem de pé
As Tílias centenárias de Riba de Ave acabaram por ser abatidas pelas mãos criminosas dos homens, num processo nebuloso em que os interesses privados se sobrepuseram ao interesse público. Árvores que aprendemos a plantar e não a destruir, pois até nos ensinaram que quando se abatem as árvores os rios deixam de correr...
De muitas pessoas ouvimos dizer que sentiam vergonha pela ousadia do corte e uma emigrante disse mesmo que era um dos dias mais tristes da sua vida, ela que nascera com as árvores e ali vivera largos anos e que vinha de um país estrangeiro em que é crime o derrube de qualquer árvore.
Qual é a idade de uma árvore? Na serra da Estrela, noticiaram os jornais, arderam algumas com mais de 1.500 anos...
É preciso lembrar que Tortoreli, acariciando as milenares araucárias no bosque de murta da Patagónia, dizia: “pensem por um momento que quando surgiu o império Romano e quando este foi derrubado, quando os gregos e os troianos combatiam por Helena, estas árvores já estavam aqui, e aqui continuavam quando Rómulo e Remo fundaram Roma e quando Cristo nasceu. Quando Roma chegou a dominar o mundo e quando caiu. Passaram impérios, guerras intermináveis, cruzadas, o Renascimento e toda a história do Ocidente até hoje. E aqui as têm ainda...”
O que concluir? É que do que mais temos falta é de educação ambiental, civismo e responsabilidade pessoal e respeito pelo património colectivo, pois que enquanto esse défice de educação e de carácter não for superado, Portugal não pode deixar de ser aquilo que continua a ser: um país feio, sujo e desordenado, pelas mãos de autarcas sem a menor capacidade para gerir a coisa pública.
Riba de Ave precisa de escolher os homens certos, de mãos limpas e transparentes, dialogantes e com cultura indispensável para entender toda a dimensão do poder local.
Estes anos passados foram anos perdidos!...

Manuel Cunha
Riba D´Ave

(Textos extraídos do blogue de Lucília Ramos)

Sérgio Ribeiro disse...
Os leitores que queiram ver a proveniência desta Homenagem
a Manuel Cunha
devem clicar em: http://lucy-natureza.blogspot.com/search/label/Riba%20D%27Ave
Vão ser agradavelmente surpreendidos como eu fui com este e outro blogue da mesma autoria.
Um abraço a todos,
Sérgio Ribeiro

1 comentário:

  1. Sérgio Ribeiro15/3/10 9:59 da tarde

    Os leitores que queiram ver a proveniência desta Homenagem a Manuel Cunha devem clicar em: http://lucy-natureza.blogspot.com/search/label/Riba%20D%27Ave

    Vão ser agradavelmente surpreendidos como eu fui com este e outro blogue da mesma autoria.

    Um abraço a todos,

    Sérgio Ribeiro

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