sexta-feira, 9 de julho de 2010

POEMA DA AUTORIA DE MANUEL CUNHA - 1º PRÉMIO

14º ANIVERSÁRIO da CGTP-IN

C...ATORZE ANOS - VIDA CURTA
G...ERANDO VIDA COMPRIDA!
T...AMBÉM DÁ VIDA QUEM LUTA
P...OR LIBERDADE DA VIDA!..
1º PRÉMIO Outubro fora já bandeira triunfante
que de rubro tingira a luta universal...
E foi de novo Outubro quando agonizante
a besta do fascismo tremeu em Portugal.

Passados iam quarenta e tantos anos
de ditadura fascista e grande repressão...
não se vergara o povo ao terror dos tiranos
e na frente sindical multiplicava a acção.

Corporizando o sonho, organizando a luta
- da História colhendo a lição do essencial -
Ergueu-se determinada, coesa e robusta
a força avassaladora da INTERSINDICAL.

Era Outubro de novo. Com alma renovada
forjava a liberdade um povo inteiro...
Se densa fora a noite rompia a madrugada
nesse mês rubro, no seu dia primeiro.

Foram duras as lutas, nas masmorras o frio!
Ao longo da jornada tombaram cem ou mil...
Mas já nada susteve o caudaloso rio
que rompeu as grilhetas numa manhã de Abril.

Cada povo faz a sua própria História,
para nós Abril é também experiência...
Passemos à frente a fase transitória,
reforçando a unidade, elevando a consciência.

Mantêm-se de Abril conquistas importantes
pela luta tenaz do povo obreiro...
Muito se transformou. Já nada é como dantes,
e não se rende mais um povo inteiro.

Mais fortes e unidos, mais organizados,
Somos Abril sobre chão ainda duro.
Braços bem erguidos, caminhos desbravados,
marchamos firmes rumo ao Futuro.




MANUEL FERREIRA DA CUNHA (MAFERCA)

SINDICATO DOS TRABALHADORES DE TERRA DA MARINHA MERCANTE

1 comentário:

  1. Sérgio Ribeiro14/7/10 11:59 da tarde

    Conhecia a força da verve da tua prosa. Foi uma lembrança grata e uma manifestação de contentamento quando li a força do teu poema.

    Pensamos saber tudo dos amigos e somos cada dia invadidos por um sentimento agradável de extraordinária admiração porque descobrimos algo novo sobre eles.

    Obrigada Maria Augusta por este presente. É com saudade que recordo o amigo ausente mas quotidianamente na minha lembrança.

    SR

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