Conforme a opinião maioritária dos partidos(só divergia o PSD), as Eleições Legislativas e Autárquicas foram marcadas para datas diferenciadas: as primeiras, para o dia 27 de Setembro; as segundas, para o dia 11 de Outubro. Após as Eleições Europeias do passado dia sete, em que o PS sofreu uma rotunda derrota, obtendo um dos seus piores resultados de sempre, os próximos actos eleitorais revestem-se de relevância decisiva para o povo português, pois os seus resultados pesarão na vida nacional por vários anos. Nas Legislativas, está em jogo derrotar as políticas de direita de Sócrates, responsáveis pelos graves problemas que afectam a vida da enorme maioria dos portugueses, que nas Europeias expressaram vigorosamente o seu protesto e descontentamento, na continuidade de muitas e grandiosas manifestações que tinham trazido à rua centenas de milhar de trabalhadores de praticamente todos os sectores do mundo do trabalho. Depois da inapelável derrota infligida pelos eleitores ao partido Socialista nas Europeias, o que se espera é que os portugueses rejeitem agora a nova imagem que já estão a querer impingir-lhes de um novo rosto de Sócrates, de falinhas mansas e novas promessas, e não esqueçam as que fez e não cumpriu no mandato que está a terminar, e durante o qual, arrogantemente, provocou o rol de dificuldades, desemprego, fome e insegurança em que o país se encontra mergulhado, e em que se assiste ao cúmulo de ver o seu governo dar milhões e milhões de Euros aos banqueiros e ordenados, mordomias e reformas chorudas a uma meia dúzia de fieis servidores, enquanto nega aos desempregados, aos pobres e às pequenas empresas qualquer apoio. Só a confirmação da derrota do PS nestas eleições legislativas abrirá caminhos de uma vida melhor...
Nas eleições autárquicas jogam-se interesses mais localizados, mas nem por isso menos importantes. As populações continuam ainda carecidas de desenvolvimento básico, que só órgãos locais verdadeiramente democráticos lhes poderão assegurar. Conhecem-se os inúmeros casos de corrupção com a envolvência de autarcas, as situações de compadrio e favorecimento, o saque dos interesses públicos em favor de interesses privados, os escândalos e as aberrações ambientais e ecológicas que têm sido cometidas para servir clientelas e interesses ilícitos que afectam profundamente as populações e a sua qualidade de vida. Esperamos que os eleitores compreendam de uma vez por todas que o voto é a sua única arma para lutar pelos interesses colectivos, contra os abusos e a arrogância dos poderosos, que usam todos os meios para chegarem ao poder e a partir desse pedestal tratar apenas dos seus interesses e do das suas clentelas.
O povo tem hoje uma maior consciência do que vale o seu voto, e por isso não se deixará enganar...
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