quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

António Barbosa é o novo presidente do Centro Hospitalar do Alto Ave, em Guimarães



















O jornal "Opinião Pública" dá hoje a notícia. O famalicense António Barbosa, economista e vereador do PS na Câmara Municipal de Famalicão, é o novo presidente do Centro Hospitalar do Alto Ave, substituindo António Pinheiro, anterior director, que se aposentou. A posse aconteceu na passada sexta-feira, na Administração Regional do Norte. Da sua equipa fazem parte Emanuel José Magalhães e Gabriel Pontes, sendo o novo director clínico o urulogista Carlos Guimarães. Público, privado, o que é um sistema de saúde saudável? Pouco mais de trinta anos passados sobre a criação do SNS em Portugal, e apesar de todos os ataques de que é alvo, são inegáveis os ganhos que trouxe à população. Confrontado com inúmeros problemas e com desafios a que precisa de responder, o SNS tem dado passos importantes, que reforçam a sua eficácia para garantir o bem-estar das populações. Opostamente, os serviços privados de saúde não têm obtido as credenciais que se afirmava terem, como se reconhece em instâncias internacionais e nos países que levaram ao limite a sua utilização, como nos Estados Unidos. Em Portugal, os interesses privados continuam a tentar reconfigurar os sistemas de saúde, sendo esse objectivo central ao próprio projecto neoliberal. São conhecidos contornos da operação. Anima-se a degradação dos serviços nacionais de saúde, repete-se na comunicação que o sistema social público é insustentável e ineficaz, enaltece-se a alternativa privada e abrem-se-lhe as portas, de vários modos, ainda que alguns sejam reprovados pelo Tribunal de Contas, denunciados como lesivos do interesse público. A entrevista dada pelo juíz jubilado do TC, Carlos Moreno(Jornal de Negócios, 22 de Janeiro de 2010), mostra bem como o Estado negoceia com situações de fraqueza. É preciso valorizar as verdadeiras vantagens do SNS, a ética dos serviços públicos, que devem dispor de condições à altura de cumprirem o seu papel. Nada obsta a que os grupos privados desenvolvam os seus projectos na área da saúde, mas a sua intervenção não pode registar-se nos moldes em que tem vindo a fazer-se. Ainda recentemente foi conhecido que em 2009 os quatro principais grupos privados facturaram 694 milhões de euros, mais 42,5% do negócio relativamente ao ano anterior. Ora, tratando-se para mais de um ano de crise, tal montante é revelador das motivações que animam os privados a actuar neste campo.

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