Não abranda a escalada vertiginosa do desemprego no distrito de Braga, afectando já 50 mil, mas os sindicatos temem que a este ritmo chegue aos 60 mil em Setembro ou Outubro. Depois do encerramento da "Sampaio Ferreira" e "Oliveira Ferreira", há outras grandes empresas em processo de redução de postos de trabalho, como a "Riopele", que despediu 400 trabalhadores em Julho, e outras que se preparam para seguir o mesmo processo. Não falamos de falências ou insolvências, mas do "emagrecimento" de efectivos. Segundo os sindicatos, o que se avizinha não é nada encorajador. O número de desempregados no distrito aproximou-se dos 50 mil, segundo dados revelados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional(IEFP), tendo o desemprego subido em nove dos 14 concelhos do distrito. Para discutir a gravidade do problema, criou-se recentemente no Minho uma plataforma, envolvendo a Universidade, a Igreja, a Associação Industrial e Comercial e os Sindicatos. Mas o Primeiro Ministro do Governo, Sócrates, ainda nem sequer se dignou responder ao pedido de reunião feito pela plataforma, como referiu o Arcebispo de Braga, em entrevista a um jornal.
Os dados do INE,publicados na passada 6ª.feira, dia 14/08, confirmam que o Norte é a região com mais pessoas à procura de emprego,totalizando 222.000 registos, mais 28,6% do que em igual mês de 2008.Os licenciados à procura de emprego também aumentaram 14,1% em relação há um ano, e mais 11,0% em comparação com Junho,havendo hoje 48.818 inscritos. Desta realidade não fala o Primeiro-Ministro, ele que prometeu 150.000 empregos mas que se confronta com um diferencial líquido de desempregados de muitos milhares de trabalhadores, a provarem as políticas erráticas que o Governo tem seguido. Acreditar em meras promessas em tempo de eleições, nunca mais. É preciso dizer NÃO a este caminho para o abismo...
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