Em entrevista ao semanário Expresso de ontem, o antigo líder socialista Ferro Rodrigues, defende a formação de um governo à esquerda, com o PCP e o BE, se o PS não alcançar a maioria absoluta. Questionado sobre se acredita que o PS obtenha a maioria absoluta, admitiu que "tal resultado é muito dificil", e que a não se verificar, o PS deve convidar o PCP e o BE, já que um governo minoritário só deverá acontecer em último recurso. Apesar desta opinião, não exclui a hipótese de um Bloco Central, em que não participe o CDS-PP. A sugestão de Ferro Rodrigues de uma coligação à esquerda, já foi recusada pelo PCP e BE, que evidentemente não podem dar cobertura às políticas do PS, em troca de lugares no Governo. Jerónimo de Sousa disse que "sem discussão e sem a correcção de "entorses" e "injustiças", o PCP não vai aceitar uma negociação de lugares, exigindo que o PS mude de políticas. Fernando Rosas, do Bloco de Esquerda, garantiu também que o seu partido não aceitará qualquer tipo de acordo pré ou pós-eleitoral com o PS, de José Sócrates. Assinale-se, também, que Mário Soares e o líder parlamentar do PS, Alberto Martins, rejeitaram a hipótese do Bloco Central.
Fonte: semanário "Expresso"
Enquanto o PS fizer uma política de direita, com ataques violentos aos trabalhadores e outros sectores da sociedade portuguesa, não há hipótese nenhuma de cativar convergências à esquerda, e com o Sócrates como líder não há mesmo condições para essa alternativa. Era óbvio que o PC e o BE não estavam disponíveis para essa "jogada". Desavergonhada é a proposta do PS para a nova legislatura. Volta a prometer tudo aquilo que não fez nestes 4 anos. Com tanta mentira,só um "não" muito forte nas eleições serve os interesses dos trabalhadores.
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