Foi um falhanço histórico a Cimeira de Copenhaga. Encontro ao mais alto nível entre chefes de Estado e de Governo, saldou-se por um fracasso que coloca grandes interrogações, avolumando pessimismos e divisões. Estaremos a caminhar para a irrelevância da ONU, tal como a conhecemos? A incapacidade de entendimento revelada pelos governos mais responsáveis pelas emissões de poluentes atmosféricos revelou-se preocupante. Ficou muito distante a fixação de um tratado substitutivo do Protocolo de Quioto, continuando assim o planeta à beira de um desastre de consequências incalculáveis. O peso das multinacionais, que produzem poluição e dela vivem, continua a ditar os seus interesses. E sendo verdade que a questão ambiental entrou já no discurso público e na agenda política e que os movimentos ecológicos têm vindo a ganhar credibilidade, o certo é que esta cimeira foi apenas um grande baile de máscaras, não afastando os riscos da catástrofe climática, denunciados pela "Verdade Incómoda", de Al Gore. Nas ruas de Copenhaga, os movimentos ambientalistas marcaram o seu vigoroso protesto contra as lideranças políticas mundiais, que se mostraram incapazes de lançar as bases para a celebração de um tratado que fixasse concretamente metas de redução das emissões de CO2, aliviando a emergência ambiental universal.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
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