Segundo noticia o jornal i, a venda da rede básica de telecomunicações à Portugal Telecom(PT) por 365 milhões de euros, quando o valor contabilístico da mesma era, à altura, de mais de 2 mil milhões, foi fechado em 2002, no governo de Durão Barroso e quando era ministra das Finanças a actual lider do PSD Manuela Ferreira Leite. O negócio da PT serviu para a ministra controlar o défice português naquele ano, à imagem do que viria a acontecer no ano seguinte com a venda de créditos fiscais ao Citigroup por cerca de apenas 10% do seu valor, o que mostra que tais negócios foram ruinosos para os cofres públicos, sendo que a privatização da rede básica de telecomunicações custou a cada português cerca de 190 euros. Tais negócios voltaram agora à ordem do dia, com as acusações proferidas na Assembleia da República pelo PS. A líder do PSD ripostou, dizendo que a decisão política já estava tomada pelo governo anterior de António Guterres, quando chegou ao Ministério das Finanças, o que mesmo a ser verdade, diga-se, não impediria que a operação fosse cancelada ou renegociada sem custos para o Estado. Mas o que acontece é que a questão é outra. É a de que, como diz João Rodrigues, "estradas, prisões, aeroportos, matas nacionais, rede eléctrica, património histórico, hospitais, áreas protegidas e outras da esfera pública, sofrem uma progressiva canibalização pela via de engenharias políticas, envolvendo opacas parcerias público-privadas e complexas subcontratações ou dispendiosos subsídios fiscais, assim se entregando o controlo de equipamentos e infra-estruturas públicas à voragem de interesses capitalistas cada vez mais predadores". E nisso, têm sido iguais os partidos da alternância do poder, PS e PSD.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
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