quarta-feira, 1 de julho de 2009

EUROPA à Direita


No jornal "Fraternizar" que acabamos de receber, dirigido pelo Padre Mário de Oliveira, da Lixa, pode ler-se um artigo de Frei Betto, teólogo brasileiro, em que o autor analisa o resultado das últimas Eleições Europeias para afirmar que entre as várias razões por que a Esquerda faliu na Europa reside o facto dela não reconhecer nem manter vínculos com os novos sujeitos históricos: imigrantes, desempregados, "minorias" excluidas e amplos sectores da classe média desamparados pelo fim do Estado de bem-estar social e o advento do neoliberalismo. Segundo Frei Betto, o que justifica a esquerda é a "existência de 4 mil milhões de seres humanos sobrevivendo abaixo da linha de pobreza", e essa realidade não tem sido tomada em conta pelos governos dos partidos socialistas ocupantes do poder durante vários anos na Europa. É por isso que milhões de eleitores buscam outros caminhos, um outro mundo possível, e que "O Capital", de Marx é hoje um dos livros mais vendidos na Europa.

2 comentários:

  1. Para analisarmos o caso português da vitória do PSD, temos de deitar contas à democracia que temos. De mais de 9 milhões e meio de eleitores inscritos nos cadernos, 63% entenderam não votar; dpois, 4,63% votaram em branco, e houve 2% de votos nulos. Quer dizer: os portugueses que ainda confiam nos partidos são já menos de um terço(30%). Vê-se assim que o PSD, partido mais votado, tem a confiança de apenas 9,5% dos portugueses, e o PS somente de aproximadamente 8%, enquanto que todos os outros partidos cerca de 9% no conjunto. O que levou a tal divórcio dos portugueses, que nas primeiras eleições após o 25 de Abril acorriam em massa esperançados e entusiásticamente às urnas? Teremos de mudar de povo? De políticos? Ou devemos continuar a fazer de conta?

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  2. A Europa se transformou em um bastião do conservadorismo no mundo, substituindo a tradicional postura de esquerda no pós-guerra, pelo egoismo consumista de agora. Virou mais ainda um continente fortaleza, fechado sobre si mesmo. Mas hoje não são Sarkozi, Berlusconi, Merkel quem são donos do mundo. Outro mundo possível está em marcha...

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