O Partido "fantasma" do presidente da Junta Armando Carvalho

Num vistoso prospecto da sua campanha eleitoral, Armando Carvalho(AC), que se recandidata à Junta de Freguesia de Riba de Ave pelo PSD/CDS-PP, publica uma carta-aberta dirigida aos "caros ribadavenses", que para além da lengalenga habitual e das sempre repetidas (e nunca cumpridas) promessinhas, fala no investimento dos últimos 8 anos em Riba de Ave - que são os anos de AC na gestão da autarquia - para fazer afirmações mirabolantes. Uma, é que tal investimento é de "montante superior a todo o valor das obras realizadas em Riba de Ave desde o 25 de Abril". Só paleio, claro, e isto de paleio, e sobretudo quando vem de "criaturinhas" que mal sabem do que falam, já não merece que se perca muito tempo com ele. Mesmo assim, o AC, responsável que é pela autarquia local, deveria concretizar o que afirma, ou seja: deveria demonstrar, claramente, sem recorrer a generalizações e "frases feitas", qual o investimento promovido em Riba de Ave nos 8 anos do seu exercício como presidente da Junta. É que, do que se fala em Riba de Ave e se critica severamente, é da falta de investimento na terra, sendo essa uma queixa generalizada de toda a população, que diz mesmo que Riba de Ave não passa de um dormitório, sem quaisquer atractivos que ajudem a fixar cá as pessoas, do que vai resultando o atraso da vida sócio-cultural e a morte lenta do pequeno comércio local. A segunda nota interessante da "cartinha" de AC, é que ele refere como partidos que passaram pelo poder, em Riba de Ave, o PSD - com os seus 8 anos de governação - e, com ar de distanciamento e amesquinhamento, "um partido que se opõe a esta Coligação(a dele) nestas eleições, e que - continuamos a citar - "nos parece sempre se ter oposto a Riba de Ave, pois nunca investiu na nossa freguesia". Do nome desse partido não falou. A que partido quer referir-se? Sem, rosto, portanto, esse partido fantasma deverá tratar-se de um qualquer pesadelo, dos muitos que devem ensombrar a "mente" de AC. Viu-se ao espelho o AC, e não se reviu na imagem que o espelho lhe reflectiu. Não é de estranhar. Normalmente, os homens pequenos só sabem mirar-se no próprio umbigo. É que, pegando na história das eleições locais desde o 25 de Abril de 1974, vê-se que o PSD é que andou escondido até 1989 - durante 15 anos - pois só nesse ano se apresentou a sufrágio com a sua sigla. Até aí, foi sempre o "inimigo de estimação" do PS, a sua bengala, por ter dificuldade em mostrar-se a um eleitorado que o fundia com o regime anterior. Pois é! AC mirou-se ao espelho, e o fantasma de um(?) partido de que não "sabe" o nome era o do seu próprio partido e o do seu próprio rosto. Há regras na Democracia que até um autarca como AC é obrigado a respeitar. Os adversários não são "sombras", e a mentira não é uma postura ética. Mas o povo tem razão: "não vale a pena gastar cera com fraco defunto". AC é um pequeno "acidente de percurso", que a história local se encarregará de apagará!