sábado, 21 de novembro de 2009

O "Compromisso de Verdade" do programa eleitoral do PSD foi traído pelo próprio partido, ao não propor a suspensão da avaliação dos professores

O projecto de resolução do PSD sobre a avaliação dos professores e sobre o estatuto da carreira docente foi, como se previa, viabilizado ontem no Parlamento, bastando para isso a abstenção do PS. Os diplomas da restante Oposição foram obviamente chumbados, com os votos contra do PS e a abstenção do PSD. É uma vergonha a atitude do PSD, ao trair o seu "Compromisso de Verdade", do programa eleitoral que há poucas semanas apresentou aos portugueses. Fazer tábua raza de "garantias" recentes é uma falta de ética política, que não há palavras que o justifiquem. Até Pacheco Pereira percebeu o escândalo... Claro que a surpresa foi para os "ingénuos"(ou nem tanto), pois a verdade é que há um "centrão" para aprovar as resoluções que os "mandantes" impõem. E negociatas e artimanhas é com eles... Mas que é uma vergonha, lá isso é! Rasgar compromissos desta forma, e quando até se quis passar uma imagem de ética e de verdade, é chocante. Esperemos que os professores percebam isso... que não chega o discurso e que o mais importante são os actos. De qualquer forma, as lutas que travaram deram-lhes ganhos relevantes. Já nada é como era. E o Governo, nesta altura, está à defesa: quer é salvar a face, esconder a derrota da política anterior. Veremos daqui a trinta dias o que vai acontecer. Mas nunca fiar!


9 comentários:

  1. Já agora era os professores não ser avaliados trabalhei 40 anos e fui sempre avaliado e não tive medo só os medriocres é que não querem ser

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  2. antónio fagundes23/11/09 1:24 da tarde

    Sou professor e só nas últimas eleições não votei no PS. Não sei se voltarei a votar, pois indignou-me a maneira como o partido tratou os professores. Não é verdade que não queiramos ser avaliados - aliás avaliados somos sempre, através dos alunos e dos seus resultados. O que não aceitamos é que nos imponham processos de avaliação sem que sejamos ouvidos, e que tais processos tenham mais a ver com o economicismo do que com a Escola, no seu todo, essa sim a necessitar de reformas e de apoios, que os governos(e o meu partido) têm sucessivamente recusado. Por isso, protestamos e, como se vê, o nosso protesto resultou. Lá veio o primeiro-ministro admitir erros e mandar às "favas" a ministra Lurdes Rodrigues. E agora, sim, irão decorrer negociações com os sindicatos dos professores; o processo de avaliação da MLR já teve atestado de óbito, e virá agora um processo que será, assim se espera, objectivo e justo, e formatado com a nossa intervenção. Quanto ao PSD, nós já sabemos como é a sua prática política, pouco estranhamos que fosse por aqui que iniciasse o papel que está reservado ao "bloco central", ainda que com muitas vozes discordantes no interior do próprio partido. Ou o Senhor "Anónimo" não anda a par dos acontecimentos? E sendo assim, o que insinuou é uma falácia, uma distorção da verdade, que não fica bem a quem se afirma com "talentos" e virtudes de trabalho de muitos anos, sempre avaliados. Mas terão mesmo sido avaliados? Para ter verdadeira credibilidade, seria melhor não se esconder no anonimato, dar a cara ao que "pensa" e dizer onde trabalhou e como foi avaliado. Não dizendo, pode ser um embuste,como tantos que andam por aí, e disso andamos nós cheios. Podemos prosseguir o debate, mas antes mostre-se. Tanto mais que, seguidor como é destas políticas autoritárias, nada tem a recear. É que com "fantasmas" não há diálogo possível.

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  3. O que se passou na Assembleia da República na passada 6a feira foi a prova provada da convergência de interesses entre os dois partidos de alternância no poder. Podem dizer o que disserem, podem "matar-se" um ao outro, mas na hora da verdade, no momento de tomar decisões, eles aí estão juntinhos para impedir que os interesses dos trabalhadores prevaleçam. A cara de Manuela Ferreira Leite, durante o debate na A.R., não escondia o seu mal-estar, por mais argumentos que os seus acólitos apresentassem. E, a ausência da nova Ministra da Educação num debate de tal relevância para o futuro da Escola Pública foi um passo atrás na imagem "dialogante" que, desde início, tentou mostrar, e permite retirar ilações diversas, nomeadamente sobre o seu desconhecimento da realidade actual das escolas portuguesas e, como tal, sobre a consequente incapacidade para enfrentar em sede de discussão um conjunto de problemas para os quais não está preparada. Seja como for, e por muito ódio que o Primeiro ministro e o novo ministério tenham ao verbo suspender, a realidade é que nada vai continuar como dantes. A prova disso está na marcha atrás que fizeram em relação aos professores que se recusaram a entregar objectivos. Ao contrário do que Lurdes Rodrigues sempre afirmou, esses colegas serão avaliados apenas pela ficha de auto-avaliação. E,foi posto um ponto final à postura autoritária e atávica da anterior equipa ministerial que, do alto da sua cátedra, que pensava eterna, impunha as regras, esvaziando toda a negociação sindical. Neste momento está já calendarizado um conjunto de reuniões com os sindicatos (todas as 4ªs feiras até 30 de Dezembro), cujos pontos de discussão passam pela negociação de um novo Estatuto da Carreira Docente: fim da divisão da carreira, quota; idade de reforma e até o modelo de gestão.
    Os partidos do Bloco Central não assentam em linhas programáticas diferentes naquilo que é fundamental. Não merecem a confiança que os eleitores, alternadamente,lhes têm dado. Mas, como tudo na vida, isto terá um fim.
    No caso concreto dos professores, espero bem que se não deixem enganar e que mantenham a disposição para reivindicar os seus direitos.

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  4. fUI OPERARIO NA ANTIGA FÁBRICA DE OLIVEIRA FERREIRA E FUI TECELÃO E TAMBEM HAVIA COLEGAS QUE NÃO OS QUERIA PARA TRABALHAR NEM QUE ME PAGA-SE ENTRAVAM ÁS 22
    HORAS MAS SÓ COMEÇAVAM A TRABALHAR ÁS 22,30 TINHAM DE POR PRIMEIRO A CONVERSA EM DIA ÁS 23 HORAS IAM Á CASA DE BANHO PARA CONVERSSAR AGUNS PROFESSORES TAMBÉM SÃO ASSIM JÁ FUI ALUNO,E SOU AGORA NOVAMENTE E TENHO FILHOS QUE AINDA SÃO PORTANTO SEI DUQE FALO EIXEM DE QUERER SER OS PREVILIGIADOS DESTE PAIS.

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  5. Que dizer deste comentário de autoria de um "anónimo". O "vai trabalhar malandro" foi há anos muito usada pelos "patrões" para acusar os trabalhadores. Ser usada por operários contra colegas, é coisa "estranha". Em "Oliveira Ferreira" forjaram-se muitas lutas, que foram grandes exemplos de uma verdadeira consciência operária, numa sociedade em que de um lado estão uns, e do outro lado estão os "outros". O senhor anónimo sabe disso, ou só sabe dos colegas que "trabalhavam pouco"? Não vá por aí, se de facto é ainda trabalhador...

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  6. De facto, Anselmo Ribeiro, que se pode dizer sobre o comentário desse "fantasma" que se apresenta debaixo do anonimato? E nem valeria a pena perder muito tempo com ele se não tivesse a ousadia de se referir a colegas seus, também operários, sem os nomear, não lhe dando hipóteses de se defenderem. A consciência de classe passou ao lado deste anónimo e, sinceramente, perante, comentários desta estirpe, não me repugna concluir que quer no Portugal de Abril quer no remoto Portugal de Maio, sempre esteve do lado errado.
    Quanto aos professores, o "senhor sem nome" não deve falar do que não sabe. Aliás, deve andar muito distraído... caso contrário já teria percebido que algumas das reivindicações da classe docente estão a ser contempladas pela nova eqipa ministerial... É que agora, os aprendizes de ditadores do anterior governo de maioria absoluta têm que "voar mais baixo" e ouvir os restantes partidos representados na Assembleia da Republica. Acabou-se a arrogância, conforme prova a votação do novo código contributivo. na passada 6ª feira e que deixou o Primeiro Ministro à beira de um ataque de nervos.

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  7. antiga camarada LUA então o governo já serve por ceder. E se quer ir por o novo código contributivo diga-me de que lado está do lado dos mais pobres ou daqueles quem teêm dinheiro e que fogem ao fisco agora já podem ter carros em nome das firmas para a mulher filhos e netos e as despesas metem-nas em nome das empresas e os trabalhadores pagam com o seu suor e encentivam os grandes patróes aos recibos verdes náo descontando para a segurança social com respeito á consiência de classe posso lhe dizer que travamos muitas lutas mas em Oliveira Ferreira e fomos sempre traídos pelos falsos "camaradas" do P"C"se quer saber também não concordo com muitas coisas do ps mas neste momento estou mais próximo dele e diga-me lá o que diz actuamente da China e da Albania o povo parece que já esqueceu o regime de HENVER HOCHA e como aparece Ibramovishs na antiga URSS será que lá também havia gente séria nos governos

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  8. Como se esperava, o Ministério da Educação apresentou (2/12/2009) à FENPROF a sua proposta de estrutura da carreira (8 escalões de quatro anos, um de dois e um total de 34 anos para atingir o de topo - 10.º escalão - que garante a paridade com a carreira técnica superior) e de avaliação de desempenho.
    A FENPROF regista o facto de o ME propor uma avaliação centrada na escola, realizada entre pares e da responsabilidade do conselho pedagógico que, para o efeito, constitui uma comissão específica. Porém, tanto a avaliação de desempenho, como a estrutura de carreira, que são propostas, continuam amarradas a mecanismos administrativos que, no caso da avaliação de desempenho, são as quotas para atribuição de Muito Bom e Excelente, e no que respeita à estrutura da carreira é a contingentação por vagas para progressão a alguns escalões.

    Como a FENPROF tem afirmado e fez questão de recordar na reunião, a existência desse tipo de estrangulamentos administrativos (quer ao reconhecimento do mérito em sede de avaliação, quer à progressão na carreira) condicionará fortemente a possibilidade de se chegar a consenso, requisito indispensável à existência de acordo.

    Todavia, a FENPROF não deixa de registar a posição manifestada pelo ME de, perante as posições e contrapropostas sindicais, que serão enviadas na próxima segunda-feira, poder evoluir para propostas que se aproximem das que, há muito, são defendidas pelos professores e educadores e assumidas pela FENPROF nesta negociação.

    O Secretariado Nacional da FENPROF
    2/12/2009

    Pelo que se vê, os professores não recusam ser avaliados. Querem é ser tratados com o respeito que merecem e o seu trabalho justifica. Com menos arrogância do governo - e para isso serviu a derrota eleitoral nas legislativas - as coisas são agora outras, menos para quem tem "makas" contra os professores, por razões que não têm a ver com a escola. Era bom que aqueles que correram a subscrever a política da ex-ministra dissessem agora o que pensam das alterações em curso. Ou será que não estão a dar por isso?

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  9. NÓS SABEMOS QUE OS PREVELIGIADOS DESTE PAIS VENCEM SEMPRE PORQUE OS MINISTROS TAMBÉM TEM FAMILIARES PROFESSORES OS POBRES É QUE NUMCA VENCEM TEM UM SALARIO DE MIÉRIA E SE FAZEM GREVE SÃO MALANDROS NÃO QUEREM TRABALHAR OS QUE GANHAM BONS SALARIOS FAZÉM GREVE E TEM RAZÃO É O PAIS QUE TEMOS.

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