Aconteça o que acontecer, a história que originou a famigerada placa da sede da PIDE está bem documentada. Não há meio de apagar a memória do último acto daquela criminosa polícia política, perpetrado no próprio dia da conquista da Liberdade.
O registo sonoro da manifestação popular na rua António Maria Cardoso e da tomada das instalações da PIDE pelo MFA aí está para memória futura. O assassinato dos quatro manifestantes e o grito uníssono de “Morte à PIDE!” não deixam dúvidas do que foi aquela polícia e do legítimo ódio que gerou na população.
Brevemente, vamos comemorar o 36º aniversário do 25 de Abril e o que se tem feito pela memória da ditadura é incomparavelmente menos do pouco que se tem prometido. Como de costume, os bons exemplos estrangeiros não sensibilizam os nossos governantes. Quando será que o Ministério da Cultura assume a memória dos crimes da ditadura e da pertinaz resistência antifascista? Será politicamente incorrecto recordar o nosso passado negro? Será que se contenta com umas encomiásticas comemorações do centenário da República?
E o Ministério da Educação, o que tem feito? Substancialmente, nada mais do que o Ministério da Cultura. Já não bastava a pouca importância que se dá ao estudo da ditadura nos nossos programas escolares de História do ensino básico e secundário, como nos confrontamos com o alheamento face à opinião pública sobre as últimas questões relacionadas com a memória da ditadura: a desonrosa transformação do edifício da PIDE num condomínio de luxo, em vez de um museu da PIDE e da resistência; o silêncio e a inércia quanto à construção de uma pousada na Fortaleza de Peniche, em vez da edificação de um exemplar espaço de memória das prisões do regime; o desinteresse por qualquer iniciativa em relação aos Tribunais Plenários.
Aconteça o que acontecer à placa da sede da PIDE, aqui fica o registo sonoro dos acontecimentos ocorridos na rua António Maria Cardoso no dia 25 de Abril de 1974. E para que não se apague a memória da PIDE, afixem a vossa placa na blogosfera, porque, como cantava Francisco Fanhais: “É preciso avisar toda a gente!”.
O registo sonoro da manifestação popular na rua António Maria Cardoso e da tomada das instalações da PIDE pelo MFA aí está para memória futura. O assassinato dos quatro manifestantes e o grito uníssono de “Morte à PIDE!” não deixam dúvidas do que foi aquela polícia e do legítimo ódio que gerou na população.
Brevemente, vamos comemorar o 36º aniversário do 25 de Abril e o que se tem feito pela memória da ditadura é incomparavelmente menos do pouco que se tem prometido. Como de costume, os bons exemplos estrangeiros não sensibilizam os nossos governantes. Quando será que o Ministério da Cultura assume a memória dos crimes da ditadura e da pertinaz resistência antifascista? Será politicamente incorrecto recordar o nosso passado negro? Será que se contenta com umas encomiásticas comemorações do centenário da República?
E o Ministério da Educação, o que tem feito? Substancialmente, nada mais do que o Ministério da Cultura. Já não bastava a pouca importância que se dá ao estudo da ditadura nos nossos programas escolares de História do ensino básico e secundário, como nos confrontamos com o alheamento face à opinião pública sobre as últimas questões relacionadas com a memória da ditadura: a desonrosa transformação do edifício da PIDE num condomínio de luxo, em vez de um museu da PIDE e da resistência; o silêncio e a inércia quanto à construção de uma pousada na Fortaleza de Peniche, em vez da edificação de um exemplar espaço de memória das prisões do regime; o desinteresse por qualquer iniciativa em relação aos Tribunais Plenários.
Aconteça o que acontecer à placa da sede da PIDE, aqui fica o registo sonoro dos acontecimentos ocorridos na rua António Maria Cardoso no dia 25 de Abril de 1974. E para que não se apague a memória da PIDE, afixem a vossa placa na blogosfera, porque, como cantava Francisco Fanhais: “É preciso avisar toda a gente!”.
Fonte: Caminhos da Memória - Jorge Martins
Ó Cunha: falta o som. Põe lá isso a ouvir-se, pois alguns ouvidos são duros como rochas e só a martelo ouvem as verdades...
ResponderEliminarÉ verdade. Estou de acordo com o José Rodrigues. Os dias que muitos de nós vivemos imediatamente a seguir ao 25 de Abril fazem parte da nossa memória colectiva e o Canto de Intervenção é absolutamente indissociável desses momentos. Por isso, "Sr. Cunha", faça o favor de pôr o texto a mexer, associando-lhe uma das cantigas que, como outras artes, foram uma arma contra a ditadura e a sua famigerada polícia política - PIDE.
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