sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sindicatos e professores chegam a acordo


Os dois principais sindicatos representativos dos professores, Fenprof e FNE, com outros sindicatos, assinaram a noite passada, depois de 15 horas de negociações, o acordo de revisão do Estatuto da Carreira Docente e da Avaliação dos Professores. O acordo a que chegaram os sindicatos com o Ministério da Educação, constitui uma importante vitória da unidade e da determinação dos professores e educadores que ao longo dos últimos três anos estiveram em luta pela dignificação da carreira docente. O acordo alcançado contempla as bases para a solução de um conjunto de problemas que estiveram na origem do conflito, que opôs os professores ao anterior Governo do PS. Questões como o fim da divisão da carreira, o fim das barreiras administrativas, por razões economicistas, à progressão nela ou, a antecipação do concurso nacional para o ingresso nos quadros e mobilidade aberto a todos os professores, são alguns dos exemplos de como lutando é possível ultrapassar impasses e arrogâncias. A Fenprof e FNE, dizem que se trata de um acordo importante para os professores, sendo, embora, em alguns aspectos, um acordo que fica aquém do que defendem, pelo que continuarão a agir e a lutar no sentido obterem as condições que exigem.

LEMMA, que sempre esteve ao lado dos professores e dos educadores, não pode deixar de manifestar a sua satisfação pelo acordo firmado(que revela as vantagens de o PS não ter hoje uma maioria absoluta), esperando que os professores e educadores se mantenham unidos e determinados a levar até ao fim a luta pelos seus objectivos.

1 comentário:

  1. E como de repente, já pela noite dentro, um fumo branco/acinzentado saiu das instalações do Ministério da Educação. Finalmente, depois de quase 4 anos de posições ditatoriais e arrogantes de Lurdes Rodrigues e seus comparsas,próprias de tempos passados,a nova equipa ministerial não teve outra saída senão a de contemplar parte das reivindicações propostas pelos representantes da classe docente, nomeadamente a FRENPROF e a FNE.
    Na verdade, embora mantendo,estou certa, por imposição do M.das Finanças, a existência de quotas para as classificações de Excelente e Muito Bom, Isabel Alçada foi percebendo que a realidade que se vive nas escolas não é a "realidade" que ela ficciona nas suas narrativas juvenis. Não, a realidade do terreno é bem mais complexa e as personagens são mesmo seres humanos, alunos, professores, funcionários, pais...que diariamente se debatem com problemas gravíssimos que deveriam ser tratados a montante da Escola, e que transferidos para o espaço escolar, implicam um trabalho e um conjunto de preocupações redobrados que, só por desconhecimento ou má-fé, não são reconhecidos.
    Ser professor não é tarefa fácil. E, se as regras- nomeadamente o facilitismo que está contemplado no novo estatuto do aluno e nos cursos ditos "CEF" e "EFA" - não mudarem, o País "vai-se dar mal". As póximas gerações vão ser constituídas por gente praticamente analfabeta e completamente incapaz, apesar de "certificada" com diplomas dos 9º ou 12º anos... e com as portas abertas para a Universidade.
    Consciente desta situação e ultrapassados, em certa medida, o impasse do Estatuto da Carreira Docente e o da Avaliação, espero que, a partir do dia 21 de Janeiro se avance definitivamente nas questões que continuam em cima da mesa, nomeadamente os horários dos professores e a definição clara do que é componente lectiva e não lectiva.
    E de repente, pode ser que A SERENIDADE REGRESSE ÀS ESCOLAS... PARA BEM DE TODOS NÓS.

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