sábado, 9 de janeiro de 2010

Agenda política marcada pelas presidenciais, com Alegre a posicionar-se



Ultrapassadas as questões dos professores e do casamento entre pessoas do mesmo sexo, com maior ou menor satisfação para todas as partes(salvo se o PR vier a por alguma areia na engrenagem), e estando ao que parece assegurada a aprovação do OE, com os votos do PSD e CDS ou apenas com um deles(um novo bloco central?) apesar do discurso que se vai ouvindo, para embalar a malta, a agenda política nacional está agora marcada pelas eleições presidenciais, a pouco mais de um ano de distância da sua realização. Manuel Alegre vai assumindo a sua recandidatura, de forma a evitar os erros de 2006, convocando apoios. Em entrevista ao semanário "Expresso", Alegre - fugindo embora a dar uma resposta categórica - deixou subentendido que a sua candidatura está na forja. Aliás, são já muitas as iniciativas de apoio em marcha no terreno político, como jantares, encontros e declarações de personalidades, a que se junta agora uma página aberta no facebook e twitter, sob o título "Manuel Alegre para presidente da República em 2011", que conta já com cerca de 1000 inscritos. Nas declarações feitas na entrevista ao "Expresso", Alegre disse que a decisão tem de ser bem ponderada, pois "se fosse apenas pelo desafio já era candidato", acrescentando que "o país precisa de um presidente com uma visão histórica e cultural, que o actual PR não tem". Ninguém pode deixar de ler nestas declarações de Alegre e noutras que fez durante a entrevista, um ensaio do lançamento da sua recandidatura. Aliás, perguntado sobre o que dela pensava, José Sócrates lá foi dizendo que "gostou, embora não seja ainda o tempo de decidir". Pormenor da entrevista de Alegre também a merecer atenção, é a "convicção" de contar com o apoio dos partidos à esquerda do PS, afirmando mesmo, no caso do PCP, que "os comunistas nunca derrotaram as eleições de esquerda". Enquanto isto, o PSD vai navegando com problemas evidentes e incontornáveis, entre os que querem eleições directas e os que defendem um novo congresso. Nos dois campos, postam-se figuras importantes do partido, que lhe retiram coesão.
Sendo de aguardar que o actual presidente da República não descarte também os trunfos que tem para se recandidatar, certo é que Manuel Alegre começa a dar os pontapés de saída para uma candidatura forte, que conta já com grandes apoios.

2 comentários:

  1. Tendo lido a entrevista que Manuel Alegre deu ao Semanário Expresso,não me restam grandes dúvidas de que este está a enformar a sua candidatura para a Presidência da República.
    Nunca fui simpatizante do PS, mas para salvaguardar o "do mal o menos", encravei alguns espinhos na garganta, votando em Mário Soares contra Freitas do Amaral (como o destino nos prega partidas!...
    Nas últimas eleições presidenciais, de acordo com a minha consciência, votei em Manuel Alegre, na convicção de que este seria o voto certo para contrariar uma pesadíssima votação em Cavaco Silva, proposto pela Direita e, estou certa, apoiado em silêncio por José SÓcrates. A entrada de Mário Soares na corrida(terá sido ingénuo ou demasiado ambicioso?...)foi uma jogada suja do aparelho do PS comandado pelo seu arrogante secretário geral com o objectivo de dividir o eleitorado socialista para dar a vitória a Cavaco. Com um governo de maioria absoluta e enterrando todas as promessas eleitorais, Cavaco Silva seria o comparsa ideal para que Sócrates levasse a cabo toda uma política ao serviço dos grandes interesses económicos e financeiros. Para isso, nada melhor do que dividir o seu próprio eleitorado... e conseguiu.
    No meio de toda esta falácia, ficou contudo claro que os portugueses pensam. Pensaram e foram capazes de criar uma dinâmica à volta do candidato poeta, dando-lhe uma votação inesperada. É esta dinâmica que tem de ser criada de novo e com a qual o próprio Manuel Alegre se tem de compremeter definitivamente, assumindo-se de uma vez por todas como um homem em que a Esquerda pode confiar e demarcando-se sem peias da política de direita que o governo do seu partido tem concretizado. Como ele próprio disse na entrevista ao Expresso, o PCP nunca deu a vitória à direita. Não deu nem nunca dará. Mas quem dá, também precisa de receber. E aqui precisa de receber a confiança de que a CANDIDATURA DE ALEGRE SE CONSTITUIRÁ COMO PASSO EM FRENTE NA DEFESA DOS DESFAVORECIDOS.

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  2. Afonso Guimarães15/1/10 11:07 da tarde

    Parece que o Manel Alegre já se decidiu. Acabei de ouvir a notícia na televisão. E agora que virá dizer o Sócrates? Por mim, acho bem a decisão do MA. Só o PS poderá afectar a sua candidatura, não o apoiando ou fazendo que apoia, naquele nin em que é vezeiro. Bravo Manel, lá estarei a apoiar-te, trazendo mais cinco...

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