Dez dias depois do terramoto que arrasou o Haiti, ainda não se sabe quantas pessoas morreram, a ajuda chega apenas a conta-gotas, os riscos de epidemias são cada vez maiores. O povo haitiano continua a morrer por causa do terramoto, mas também em consequência de séculos de exploração colonial.Começamos este dossier recordando a Revolução haitiana (1791-1803) que levou à eliminação da escravatura e ao estabelecimento do Haiti como a primeira república governada por um descendente africano. Em seguida, Bill Quigley afirma que os EUA devem milhares de milhões ao Haiti. E Peter Hallward afirma que se quisermos ajudar seriamente este devastado país, temos de desistir de controlá-lo e de explorá-lo. Já Greg Palast denuncia que para Robert Gates, secretário da Defesa de Obama, trata-se da segurança em primeiro lugar. Blackwater antes da água potável.
E Gustavo Toshiaki escreve sobre A Economia Política do desastre no Haiti. É preciso defender a democracia no Haiti, lembra Mark Weisbrot. O deposto presidente Aristide quer retornar ao seu país, algo reivindicado pela maioria dos haitianos, mas os EUA não o querem ali. E politicamente, o que acontecerá ao Haiti? Pode parecer preocupação excessiva pensar isso agora, mas não é, defende Werner Garbers.Terminamos o dossier com a tão falada questão da segurança: Jeremy Scahill denuncia que as empresas de segurança privada dos EUA já se apressam a oferecer "serviços" e Francisco Peregil mostra como o director da principal companhia de segurança privada do Haiti justifica as execuções de delinquentes em plena rua face à inoperância policial.
E Gustavo Toshiaki escreve sobre A Economia Política do desastre no Haiti. É preciso defender a democracia no Haiti, lembra Mark Weisbrot. O deposto presidente Aristide quer retornar ao seu país, algo reivindicado pela maioria dos haitianos, mas os EUA não o querem ali. E politicamente, o que acontecerá ao Haiti? Pode parecer preocupação excessiva pensar isso agora, mas não é, defende Werner Garbers.Terminamos o dossier com a tão falada questão da segurança: Jeremy Scahill denuncia que as empresas de segurança privada dos EUA já se apressam a oferecer "serviços" e Francisco Peregil mostra como o director da principal companhia de segurança privada do Haiti justifica as execuções de delinquentes em plena rua face à inoperância policial.
Fonte: esquerda.net
É!... infelizmente vivemos num mundo cada vez mais desconcertado. Tão desconcertado que se aproveita a desgraça e a tragédia alheia para, em nome de uma solidariedade internacional, se tentar "ocupar" um país soberano por todos os meios e feitios. De tudo se fala... menos da responsabilidade da potência colonial europeia - França -, que, durante anos e anos de ocupação, nada fez para proporcinar condições dignas de vida à população haitiana. Os resultados desta tragédia nunca serão verdadeiramente conhecidos. Os "media", como sempre,lutam entre si para ver quem apresenta as peças mais trágicas, num total desrespeito pela dignidade daquelas gentes que, essas sim, estão a viver um verdadeiro inferno, cujo último balanço oficial aponta para cerca de 200.000 mil mortos e para uma destruição dantesca.
ResponderEliminarOs resultados nunca se conhecerão na sua verdadeira dimensão. Mas, mais cedo do que podemos imaginar, os canibais lá estarão para reconstruir o país... Mas disso, não rezará a História.
E, é bom não esquecermos a situação geográfica do Haiti... próximo de Cuba, faz jeito como força de pressão.
Resta-me louvar o trabalho de algumas ONG, da AMI e a acção individual de muitos voluntários que, solidariamente, dedicam as suas vidas à ajuda dos que precisam.