sábado, 5 de setembro de 2009

A "paz" americana no Afeganistão - bombardeamento da NATO mata dezenas de civis


Não é possível calar a barbárie. Num ataque aéreo lançado ontem de manhã, no Afeganistão, pelas forças da coligação EUA-NATO, foram assassinadas pelo menos 90 pessoas, aldeões em que se incluiam mulheres, crianças e velhos que estavam a receber combustível distribuído por milícias talibãs. Verdadeiro e chocante massacre, que diz bem da crueldade de uma guerra brutal, que mata todos os dias inúmeros civis, e que se desenvolve por interesses sujos, que aproveitam aos grandes patrões do narco-tráfico. A força da NATO no Afeganistão, liderada pelos americanos, conta com 108 mil homens no terreno. Portugal está envolvido nesta guerra, e vai enviar 80 militares nos próximos dias para o Afeganistão. Partidos políticos nacionais de esquerda têm reclamado que Portugal abandone os compromissos com a NATO, para não ter que envolver-se em conflitos que não servem nenhum dos seus interesses de relações internacionais, já que só uma política de paz está em conformidade com o seu papel no mundo. Este massacre revela que apesar da presidência de Obama, este ainda não consegue opor-se ao poderio do complexo industrial-militar que domina a política americana. Não são de estranhar, pois, algumas vozes de descrença que começam a ouvir-se. É que se Obama falhar, o mundo irá pagar um preço imensurável.

1 comentário:

  1. Bush deixou uma trágica herança, que Obama vai ter muitas dificuldades em recuperar. Os "falcões" são poderosos. Esperemos que o povo americano recuse novas aventuras, para que a Humanidade seja poupada a novos holocaustos.

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