sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Suspenso o "Jornal Nacional", de Manuela Moura Guedes


O noticiário de hoje prometia novas revelações sobre o caso Freeport, com Manuela Moura Guedes já à frente do programa. A quota de audiência do jornal era elevada, e a pivô vinha sentindo pressões desde há tempos, devido à incomodidade que provocava no seio do governo, nomeadamente a José Sócrates. A suspensão do "Jornal Nacional" de sexta-feira da TVI, coordenado por Moura Guedes, caiu como uma bomba. Todos os partidos da Oposição condenam a suspensão e foram unânimes em associar eventuais pressões do Governo socialista sobre a Administração do grupo espanhol Prisa. Aguiar Branco, do PSD, fez mesmo declarações graves ao afirmar que "temos um primeiro-ministro e um Governo que convivem mal com as liberdades, e que não olham a meios enquanto não conseguem controlar ou silenciar quem os critica". Por sua vez, o presidente da República, a propósito do assunto, disse que "a liberdade de expressão deve ser preservada", o que não pode deixar de ser entendido como uma aproximação às críticas feitas por todos os partidos da oposição, e muitas individualidades que se pronunciaram sobre o facto. José Eduardo Moniz, ex-director da TVI, diz que há um "cerco à liberdade". A vinte dias das eleições, aí está mais um retrato das políticas do governo de Sócrates.

2 comentários:

  1. Pode o Sócrates negar, como aliás nega tudo,mas que por ali andou a sua mãozinha parece que ninguém tem dúvidas. Basta ouvir a "raiva" que qualquer socialista manifesta em relação à Moura Guedes. Censura, claro... Calar tudo e todos, é o que quer o Sócrates. Mas os portugueses já o conhecem e não se deixarão enganar outra vez.

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  2. Leia-se Mário Crespo: "35 anos depois da ditadura, digam lá o que disserem, não volta a haver o jornal de sexta-feira da TVI e os seus responsáveis foram afastados à força. No fim da legislatura, em plena campanha eleitoral, conseguiram acabar com um bloco noticioso que divulgou peças fundamentais do processo Freeport". Oram digam lá se não andou por ali a mãozinha do PS, de Sócrates?

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