Ana Marcelina, candidata do BE à Câmara Municipal de Famalicão, concorre para inovar a política local. Em entrevista ao jornal "Opinião Pública" de hoje, a candidata diz que o BE, na vereação, poderá ter um papel inovador no sentido em que transporta um projecto nacional autárquico, que tem como objectivo reforçar a transparência e a participação pública nas autarquias. E transporta, também, um conjunto de ideias e apoios aos mais carenciados, de combate às desigualdades sociais, que será um contributo positivo para o desenvolvimento de Famalicão. A Câmara do PSD/CDS tem tido como prioridades as obras de fachada, de política do betão. Precisamos de ultrapassar essa fase, até porque essa construção desenfreada tem dado lugar a que surjam novos focos de especulação fundiária e imobiliária. Tem havido passividade no que respeita à recuperação e requalificação do centro da cidade e nas vilas do concelho, que têm vindo a degradar-se. É preciso coragem para impor um limite à cidade, que não pode continuar a invadir as áreas rurais, descaracterizando-as e roubando-lhes qualidade de vida. Nas relações com as freguesias, a Câmara tem-se pautado por critérios políticos, e isso é extremamente negativo. É preciso olhar para todas da mesma maneira, independentemente das bandeiras partidárias. Aliás, os mesmos critérios existem no recrutamento e tratamento de funcionários, que não têm em conta a competência, mantendo a Câmara largas dezenas de funcionários como contratados, que se encontram reféns das suas posições políticas. Por último, na vereação, se lá chegarmos, tudo faremos para anular o concurso milionário que a Câmara estabeleceu para uma parceria público-privada, no valor de 50 milhões de euros, para construir a dita "cidade desportiva", o que mostra que esta Câmara nada aprendeu com os elefantes brancos dos vários campos de futebol construídos pelo país, com enormes custos de manutenção e pouquíssima utilização, sem esquecer que o empreendimento projectado fica em pleno leito de cheias do rio Pelhe, o que provocará enorme impacto ambiental e consequências que todos teremos de pagar.
Fonte: Jornal "Opinião Pública"
Não roube esse protagonismo ao Tavares Bastos,que já disse que não vai deixar que nos "lixem" a zona escolar e desportiva da cidade, embora o TB vá dando uma no cravo e outra na ferradura.
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